Gruntar estava ficando entediado. Na realidade a luta não lhe dava muita pressão. Sua magia de campo cobriu uma grande área, mesmo o ar estava queimando vitalidade de quem se aproximava, além dessa magia o exército de mortos vivos de Gria continuou a crescer de forma constante. Nesse momento Gria já comandava mais de 100 mortos. Era fácil pra Gria comandar os mortos vivos, na realidade cada morto vivo deste nasceu com o proposito de devorar os vivos, era um ritual complicado pois seu efeito não diferenciava amigos de inimigos, mas Gruntar e Gria estavam protegidos pela magia de campo que Gruntar conjurou, quando aqueles mortos vivos deixavam de atacar os animais para atacar Gria e Gruntar a vitalidade mágica que os mantinha vivos simplesmente era devorada e eles voltavam a ser cadáveres, isso poderia acontecer até 4 vezes, depois disso o cadaver da criatura não suportaria e viraria pó. Gria e Gruntar estavam avançando a passos largos pela floresta, os dois eram imparáveis.
- Então Gruntar, essa magia não consome muito do seu poder ?
Gria perguntou com curiosidade, Gruntar já estava mantendo essa magia por muitos minutos, manter tal magia deveria ser muito custoso.
- Na realidade não. Essa magia se abastece toda vez que vitalidade é queimada. Essa pequena chama aqui no báculo toma para si a vitalidade absorvida e alimenta a magia. Assim enquanto existir vitalidade pra queimar essa magia continuará. Lógico que exige bastante controle, se não a chama se apaga ou eu posso acabar queimando aliados ou essas árvores. Eu devo sempre controlar.
Gria entendeu. Lógico que ela sabia o quanto era complicado manter magias ativas. Esse era o maior motivo dela preferir feitiços e rituais. A diferença entre magias e feitiços era que eles precisavam ser preparados com antecedência e depois de prontos poderiam ser ativados instantaneamente com palavras de comandos ou simples infusão de energia. A diferença entre magias e rituais era que assim como os feitiços os rituais eram preparados e depois usando os encantamentos ou procedimentos o ritual seria ativado, além de serem difíceis e demorados de se preparar, depois disso tanto os rituais quanto os feitiços não precisavam ser mantidos pelo conjurador, ele só usaria sua energia ou concentração no momento da preparação depois não tinham mais responsabilidades com eles, já as magias ativas, elas precisavam de concentração e muitas deveriam ser mantidas, lógico elas tinham a vantagem de ser de conjuracao rápida ou até instantânea. Gria entendia que existiam muitas classificações de "poderes", entre todas as classificações ela preferia aqueles que eram chamados de "habilidades" pois esses não necessitavam de conjuração ou encantamento e eram criados instantaneamente usando sua energia, eram simples e em sua grande maioria eram inerentes ao corpo, usar uma habilidade era como usar um membro do corpo. Gria ganhou algumas habilidades depois de começar a treinar do jeito que Will mandou e se tornar uma bruxa de sangue, a maioria era passiva e era sobre energia mágica, porém ela tinha uma ativa, era muito especial pra ela e estava no Rank comum, mas poderia crescer muito, o nome dessa habilidade era "devorar", ela nunca tinha visto tal habilidade em toda a sua vida. Essa habilidade passivamente lhe dava uma baixa probabilidade de absorver características vindas dos seres devorados por ela, e ainda existia o uso ativo, de forma ativa ela podia, depois de devorar ou beber o sangue de uma criatura, ganhar temporariamente as habilidades daquele ser, no momento ela só podeira usar as habilidades por 1 minutos, depois seu corpo teria de esperar um tempo para usar a habilidade de novo. Isso contecia pois ao usar a forma ativa todo os eu corpo era forçado a "absorver" temporariamente e de forma mecânica, as características da criatura,não era um processo orgânico e por isso causava um grande estresse as células, por esse motivo seria necessário um tempo de "resfriamento" para que o corpo pudesse mais uma vez usar a habilidade. O tempo era muito relativo mas normalmente era entre 10 a 20 minutos, outro ponto importante a se levar em consideração era que o corpo ficava cansado após o uso da habilidade, por isso usar a forma ativa poderia ser uma faca de dois gumes. Gria estava pensando nisso enquanto caminhava com Gruntar, ela sentiu que estava extremamente segura com seu neto e decidiu experimentar a habilidade. Ela procurou pelo campo de batalha por um animal que tinha visto antes, o besouro elétrico. Esse era um dos poucos animais que tinha um ataque de médio alcance ali, e consequentemente era um dos poucos que estavam causando problemas. Depois de procurar por algum tempo ela encontrou um, ele estava entre os muitos animais que começaram a pegar fogo. Rapidamente Gria correu e segurou aquele besouro, ele tinha um tamanho de mais de 80cm, e em sua cabeça um chifre que lembrava o pokemon Heracros, era desse chifre que saiam as faíscas. Gria segurou esse grande inseto e com cuidado para não levar um choque, cortou seu corpo. Grande quantidade de líquido verde saiu assim como órgãos, a mulher não teve problemas em começar a comer aquilo. Era uma visão horripilante mas ela sem nojo algum devorou cada parte possível. Gria já tinha sido obrigada a comer coisa muito mais nojenta para sobreviver, aquele inseto pra ela era quase um banquete de luxo se comparado. Depois de colocar quilo na boca ela ativou sua habilidade. Rapidamente um calor imenso percorreu seu corpo e dores como milharea de agulhas perfurando cada parte sua, ela sentiu por alguns milésimos de segundos o mundo girar, a tontura foi forte, mas assim como a dor foi imediata em aparecer ela também sumiu rapidamente. Sua aparência agora era um pouco diferente, seu corpo estava com um tipo de carapaça grossa mas maleável e suas mãos emitiam faíscas, ela sentia os órgãos responsáveis pela eletricidade dentro de suas mãos, e ela sabia como usá-los. Em sua interface alguns avisos foram dados e ela podia ver a duração da habilidade. Ali também existia uma lista de habilidades possíveis para serem usadas, como choque, faísca, sobrecarga, e raio. Cada uma dessas habilidades era temporária e estava ali organizada tornando mais fácil seu uso. Ela não perdeu tempo e começou a usar sem parar, essas habilidades usavam sua vitalidade e usando o poder do sangue ela podia transformar seu poder em vitalidade física assim sendo ela tinha um suprimento bem grande de energia para gastar, ela adorou a sensação de poder.
Nesse mesmo momento em outro lugar Core2 olhava para os dados sendo obtidos.
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Sangue suor e Morte: Livro 1 Despertar
FantasyUm órfão do crime, deixado em um orfanato quando criança por sua tia Lena, que por falta de recursos não poderia cria-lo, vê sua vida virar uma luta pela sobrevivência. acompanhe William através do sangue suor e morte. Artes e desenhos de personag...