1° interlúdio : Tambores da guerra

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Em uma grande nave espacial em um mundo distante.

- Capitão, tenho uma informação a relatar.

O 1° imediato estava ansioso para dizer algo que descobriu no "templo da ciência".

- Jhon, pode falar, pela forma desajeitada que você correu até aqui algo grande aconteceu.-

O imediato segurava um cristal de informação, era uma tecnologia de armazenamento em quartzo, esse simples cristal do tamanho de uma moeda poderia conter mais informção que um servidor inteiro da terra atualmente. O capitão pegou o cristal e o colocou no meio de suas mãos. Ele usava uma armadura completa em estilo tecnológico sem o capacete, a aparência era bem semelhante ao de um certo "Chief" presente em um famoso jogo de vídeo game. O cristal foi ativado por um mecanismo presente na manopla da armadura, toda a informação contida foi armazenada pelo sistema da armadura. Ela era conectada a pontos no corpo do usuário. Todos os indivíduos tinham pelo menos um implante tecnológico em si, normalmente era um chip neural ou algo do tipo, esse capitão de fragata era poderoso, por conta disso tinha essa bioarmadura e vários implantes em seu corpo, ele era um ciborgue, na realidade quem não era ? Até mesmo na terra existiam maquinas que quase faziam "parte do corpo" quem dirá nesse lugar, onde a tecnologia da terra atual já está ultrapassada em pelo menos 1000 anos.

- Então os campos de batalha serão abertos mais uma vez. Quem será que desencadeou essa provação específica? Temos alguma informação sobre os "defensores"? Por que não parece que você estaria tão animado se fosse apenas "mais uma" provação obrigatória do sistema.-

Jhon sorriu e disse de forma orgulhosa:

.- É claro que recebemos algumas informações privilegiadas do templo da ciência. Aparentemente a ativação veio de um mundo em outra galáxia. Sua população é de bípedes bem semelhantes a nós, é provável que transcendentes de nossa galáxia tenham criado seu mundo. Muitos que transcendem aqui se tornam "deuses baseados em divindade" e por não acharem adoração por aqui, onde a tecnologia reina, procuram locais mais remotos. Bem de qualquer forma o computador central emitiu algumas informações e a quantidade de seres possíveis para ingressar na provação é de 6, infelizmente somente ranks 2 e a baixo podem entrar devido a barreira energetica do campo.

Jhon não parou, ele apenas estava respirando um pouco antes de voltar ao ponto.

- Senhor, acredito que esse planeta seja uma semente... E se estivermos certos o campo de batalha será baseado no antigo "povo primordial". A semente deve ter influenciado de alguma forma o campo, por isso a missão será ligada ao "povo primordial". Dependendo de como for pode ser que um dos "pilares do fim" apareça lá. Ninguém sabe ao certo.-

O capitão arregalou os olhos, e tremeu de forma perceptível. Ele sabia, o universo conhecido e outros universos ligados ao núcleo ... Todos eles... Irão tremer.

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- Eu lhes ordeno em nome de nosso Deus. Lutem entre si até a morte, e que o campeão seja enviado para o sagrado campo de batalha para que Deus nos abençoe com a graça da chuva mais uma vez.

Era um coliseu em estilo romano, milhares de indivíduos de etinias diferentes desta espécie estavam reunidos lá, sua aparência era quase completamente humana, as diferenças estavam em seus grandes caninos, ouvidos um pouco pontudos e os narizes meio achatados, se Marcos visse diria imediatamente que eles eram Orcs.
No púlpito um orc mais gordo falava apaixonadamente para as dezenas de milhares de indivíduos presentes ali, enquanto no meio da arena um grupo com 100 Orcs ouvia o discurso deste líder religioso. No meio do grupo um jovem meio orc estava assustado, para sua infelicidade os líderes da igreja descobriram que ele desenvolveu uma habilidade, e por conta disso obrigaram-no a participar dessa triagem. 1 vez por ano todos os Orcs jovens com habilidades deviam participar do torneio de sangue, um torneio que tinha como objetivo decidir o jovem orc mais forte, e manda-lo para os campos de batalha. Segundo a tradição somente 6 podem entrar por vez nós campos, e por conta disso as 6 arenas hoje tinham sua própria cota de 100 jovens cada, para embarcar nessa luta frenética.
As portas da arena estavam abertas, qualquer orc poderia fugir para fora do lugar, mas fugir da batalha seria uma desonra pior que a morte na sociedade Orc. Seus país com certeza teriam mais orgulho de seu filho que morreu na batalha da arena do que de um covarde que fugiu da luta.
O nome deste orc era Gruntar e seu tipo de habilidade não era considerada honrada pelos seus pares. Ele tinha uma habilidade do tipo mágico, mais especificamente na área de maldições. Gruntar poderia usar magia de sangue para amaldiçoar seus inimigos, é claro que o custo em sangue era alto. Para Gruntar, um campo de batalha sangrento seria o ideal, isso se ele soubesse algum feitiço de sangue, infelizmente a única magia que ele possuía era a habilidade inata que todo usuário de maldições de sangue tem, o sangramento. Essa maldição faz com que os cortes não parem de sangrar. Ela parece muito simples, mas o grande problema das maldições de sangue é que elas geram uma coisa chamada vínculo de sangue, a maldição não pode ser desfeita enquanto o conjurador possuir sangue para mantê-la ativa desde que sua resistência mental seja de valor igual ou superior a do seu inimigo. Se a maldição for quebrada a força o conjurador pode morrer junto. Maldições de sangue tem um poder absurdo mas cobram muito daqueles que as usam. Gruntar sabia que um banho de sangue aconteceria, e que no fim o melhor seria se render depois de fingir lutar um pouco, desta forma não seria tão desonroso. O problema foi o que aconteceu logo depois do líder terminar de falar. O sol foi tapado por nuvens, e um vento forte soprou, uma aura de morte permeou toda a arena, um vento sinistro soprava e trouxe consigo uma voz fria:

{{Sobre vocês está minha benção da batalha, aqueles que batalharam nesta arena crescerão em nível diretamente depois de matar seus inimigos, hoje apenas um pode deixar esse lugar.}}

As portas da arena se fecharam com um baque forte.
Depois de ouvir a voz o sacerdote líder quase em transe gritou alto:

- Este é o desejo de nosso Deus Malock. Nosso pai quer o nascimento de um campeão, forjado no sangue da batalha. Os níveis serão elevados sem necessitar de um ritual de conversão. Agradeço ao grande senhor por toda essa bondade. Então jovens corajosos e sortudos, famílias dos escolhidos, todos os que aqui estão hoje, alegrai-vos pois nosso Deus respondeu ao nosso chamado e veio em nosso auxílio.

Neste momento uma chuva fria deveu sobre toda a terra era a benção de Malock e também foi nesse momento que Gruntar percebeu uma coisa... Ele morreria hoje.
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Em uma floresta eterna, onde a natureza era sagrada, 2 seres de aparência etérea caminhavam juntos, eles eram tão belos que olhando não se podia dizer se eram homens ou mulheres, sua aparência era no mínimo "imaculada".

- Silvanus, você deve entender, a árvore da vida nos alertou, chegou o dia de mais um chamado para nossa floresta, nós teremos de ir aos campos, lembre-se que podemos acabar sendo o "próximo campo de batalha" se não aceitarmos o chamado.

Outra criatura que Marcos identificaria de primeira, esses até Will seria capaz de dizer quem eram, eles eram elfos.

- Silfe, não precisa se alarmar, nós enviaremos campeões mais uma vez, não acredito que será uma provação muito difícil.-

Neste momento algo que não acontecia há séculos aconteceu, todos os elfos foram convocados pela árvore do mundo. Aquela situação deixou os dois com um pressentimento ruim. Afinal de contas o que será que estava pra acontecer.
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- Will não me deixe pra trás, Marcos por favor...... me esperem..... Eu não quero ficar aqui sozinha.-

Carla gritava para a figura dos dois meninos que se afastavam dela enquanto riam.

- Você vai morrer sozinha neste lugar.

Disse Marcos.

- Como você achou que eu poderia gostar de você? No máximo você é boa pra comer.-

Disse Will lambendo os lábios.

Nesse momento o ódio dormindo dentro de Carla explodiu, e uma labareda de fogo se projetou do corpo dela.

O calor transbordante a acordou, ela estava em um apartamento num prédio na cidade de Cabo Frio, esse era o local que ela ia sempre que sumia da base. Mais uma vez ela teve um pesadelo, e por conta dele botou fogo no quarto todo. Sim , essa era uma das habilidades que Carla escondia, o Fogo da ira. Infelizmente ela não tinha muito controle sobre ele, e quando dormia perdia completamente o controle, por isso decidiu dormir sempre fora do refúgio o outro motivo era ela também estava caçando ...
A garota lavou o rosto no banheiro do apartamento, depois pegou um pouco de comida da pochete e comeu, era carne seca crua, mas ela já estava acostumada agora, já fazia 1 mês que ela vivia assim.
Hoje ela estava indo na direção de uma favela da cidade, logo que lá chegou ela pretendia começar sua caçada, mas antes resolveu olhar as mensagens que estavam se acumulando, vindas de Marcos e Will.

- Então uma guerra ..... Isso pode ser interessante-

Depois de ler ela dizia isso com um sorriso neste momento sobre um telhado enquanto puxava a corda do arco, longe 300 metros dela, um homem de aparência grosseira mantinha 2 meninas presas em coleiras, dentro de uma casa como se fossem animais. A flecha voou fazendo um som, um assovio baixo, 2 segundos depois o homem caiu com a cabeça perfurada, uma energia poderosa foi para Carla e ela sorriu.

- Na guerra devem existir muitos assassinos não é?-

Sangue suor e Morte: Livro 1 DespertarOnde histórias criam vida. Descubra agora