Capítulo 44

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*Esse capítulo contém cenas de sexo do início ao fim. Caso seja menor de idade, pule para o próximo.

          Danielle

      O que pode existir de mais puro do que dois adolescentes se descobrindo enquanto se tocam? Não posso aceitar que isso seja errado, que isso escandalize tanta gente que vê o sexo feito sem amor como maldade ou perversão. 

      Uma garota que transa com um homem, sem querer construir um projeto de vida com ele, não é suja e vulgar, não é justo que a gente se sinta assim. Nunca liguei pra romantismo. Eu só queria transar e dar prazer, sem assumir um compromisso que eu sabia não estar preparada para assumir.

      Meus olhos insistiam em ficar fixos nos de Vítor Hugo enquanto suas mãos seguravam minhas pernas bem abertas e seu pênis entrava e saía da minha boceta molhada. Pedi através deles que ele não parasse e fizesse comigo o que bem quisesse.

      Eu não me sentia em condições de negar nada àquele garoto. Não podia existir tabus, nem regras, entre nós. Não naquele momento. Que podia ser o último.

      Sorríamos um para o outro cheios de desejo e prazer, e algumas lágrimas rolavam pelo meu rosto. As enfiadas doíam, porém eu era forte e podia suportar, no fundo eu confiava que Vítor Hugo me conhecia bem o suficiente para me penetrar sem que ferisse meu sexo. Era uma dor gostosa, que eu queria sentir.

        A sensação que eu tinha era de que meu corpo pegava fogo à medida que o pênis do Vitor Hugo chegava mais e mais fundo na minha intimidade, e meu coração batia como louco na parede do meu peito querendo saltar pra fora.

      Eu estava presa num delicioso sonho erótico do qual não queria mais acordar. Junto com a excitante sensação de perigo de que seu Inácio escutasse meus gemidos altos e abrisse a cozinha do refeitório, e nos visse transando, outras sensações perpassavam pela minha mente fragmentada.

      Eu me sentia mais viva do que nunca. Me sentia preenchida. Me sentia gostosa.

      O tempo havia parado, a contagem de tempo não queria dizer mais nada pra mim, só existia aquela sensação tão boa de ser desejada e preenchida.

      Às vezes mantínhamos contato visual enquanto eu era penetrada. O sorriso dele em meio à seus gemidos de homem, algo viril, confundiam meus sentidos. Me faziam querer mais e me davam certeza de que eu era importante pra ele.

      Noutras vezes eu fechava os olhos e só curtia o momento sozinha, imersa em meus devaneios.

      A impressão de estarmos suspensos no espaço às vezes me assustava, porque um trânsito passava lá fora em frente à escola, e por mais ridículo que parecesse, tirando os sons dos nossos gemidos, só ouvia o som dos testículos do bailarino se chocando contra minha boceta e parando na entrada úmida.

      Senti que ele estava chegando ao clímax, então o puxei pelo pescoço e o beijei, forçando-o a parar um pouco.

      — Ainda não — murmurei ao sorrir.

      Vítor Hugo retribuiu ao meu sorriso, suas mãos afrouxando a pegada nos meus quadris e galgando delicadamente pela minha cintura. Meus seios de bicos rosados ganharam uma carícia especial, enquanto a boca dele encurtava bem devagar a distância com a minha, até se tocarem.

      Dei uma chave de coxa nos quadris dele aproveitando muito bem minha força de bailarina, subjugando-o sobre mim. Ele fez cara de quem não entendeu nada, e eu, dando um sorriso carinhoso, comecei a quicar em seu pênis, fazendo minha boceta descer e subir usando o gingado dos meus quadris.

      Eu não tinha nada contra ficar por baixo de um homem durante o sexo, mas ser só passiva não era uma coisa que eu curtia. Eu queria impôr meu ritmo também. Todo homem para quem eu desse tinha que se acostumar com meu jeito indômito.

      Não sei como eram as mulheres com quem ele se relacionou, se eram fogosas ou retraídas, mas com certeza eu não era como elas. Eu tinha algo mais.

      Todas as coisas tem um momento certo para acontecer na vida da gente. Minhas colegas de balé, uma boa parte delas, não era virgem. A Pilar era nosso modelo. A melhor bailarina da Letícia Ballet já tinha dezenove anos, e todo mês trocava de namorado, e isso fazia crescer em torno de si uma aura de empoderamento, de uma garota empoderada e de atitude que podia ter o namorado que quisesse. Nicole, Duda e eu queríamos um dia ser como ela.

      Eu tive uma experiência de quase sexo com um garoto da minha escola, com cara chamado Dante. Mas tudo o que rolou entre nós nem se comparava com o que eu estava vivendo com Vítor Hugo. Valeu super a pena eu ter esperado.

      Valeu super a pena eu ter sido convencida por Letícia a vir participar deste Curso da Promoarte.

      Um dia a Duda me convidou para assistir um DVD na casa dela. Eu podia assistir qualquer filme em casa, já que tínhamos Netflix e Prime vídeo, e pouca gente tem aparelho de DVD. Mas eu sentia um carinho muito grande pela minha amiga e fui à casa dela.

DanielleWhere stories live. Discover now