Hary Smith

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Cheguei em São Francisco e segui diretamente para o apartamento de Joshua, tinha as chaves e podia ficar lá o tempo que fosse necessário.

Deixei minha bagagem, fiz algumas ligações para alguns hotéis e descobri onde o investigador estava. Apanhei minha carteira e o celular e segui para o hotel, achando o homem sentado na lanchonete ao ar livre. Puxei a cadeira e me sentei.

- Bom dia, Stan! - desejei olhando a nossa volta. - Aproveitando a aposentadoria?

- Eu conheço você? - ele perguntou parecendo preocupado.

- Há! me desculpe... - me ajeitei na cadeira. - Hary, motorista de Joshua Grant.

- Há! claro! - ele sorriu amarelo, não gostando da minha presença. - Veio cobrar respostas?

- É! Seria basicamente isso. a Sra. Grant não está satisfeita com o desfecho... Acho que você pode me adiantar o que aconteceu para largar o caso.

- Não larguei o caso... apenas pedi um tempo.

Entendo. - coloquei o óculos escuros. - Pode me contar o que descobriu e até onde chegou?

Stan respirou fundo torcendo a boca deixando claro que não estava feliz com aquela abordagem, então sorri em uma linha de que não iria desistir.

- Tudo bem. - ele se ajeitou na cadeira largando o jornal no banco ao lado. - O filho de Simon foi internado dois dias depois da explosão do helicóptero. Eu e o delegado fomos atrás dele na clinica e Simon entrou com uma liminar para que o rapaz não recebesse visitas ou fosse interrogado no período de tratamento. Sendo assim fui atrás do fuzileiro naval que se encontrou com Eric... Antigo amigo de Grant que o traiu.

- E o que descobriu?

- Que os dois eram amigos de infância e que se encontraram para bater um papo. SE reverem.

- E o Que o Eric estava fazendo em São Francisco? - estranhei aquela coincidência.

- Eu não sei... Só sei que ele chegou a ir falar com a Sra. Grant. - comentou Stan. - Voltando ao Filho de Simon. Entrei na clinica sem ser notado, vesti...

Respirei fundo entendendo o que estava acontecendo, Stan queria ir pelo caminho certo e não passar barreiras a força. Sorri para ele e me levantei.

- Vai ficar na cidade?

- Não. Logo vou embora. Apenas aproveitando o calor. - ele sorriu.

- Muito bem. - Dei as costas acenando para ele em despedida.

De volta ao apartamento liguei o notebook e fiz compras de equipamentos de vigilância como Câmeras espiãs, escutas telefônicas e outros equipamentos. Tudo pelo mercado negro, usando alguns dólares que tinha no cofre no quarto de Joshua.

Aguardei por dois dias até que tudo foi-me entregue. Agora era hora de agir.

Durante os dois dias que esperava, segui algumas pessoas que trabalhavam com telefonia ou TV a cabo, durante a noite tive que roubar seus uniformes para poder colocar meu trabalho em funcionamento.

Agora as escutas e câmeras espiãs estavam instalados na casa de Simon, no apartamento de Simon Junior e na empresa onde ainda tinha muitos funcionários antigos, amigos ou conhecidos do rapaz e parti para a delegacia. Falaria em nome dos GRANT's para conseguir colocar a escuta.

O investigador não acrescentou muita coisa, Simon Junior iria ser julgado pela tentativa da morte de Joshua Grant, estavam terminando o relatório para isso. E não soube explicar porque o helicóptero explodiu, não foi achado evidencias, pois não acharam todas as partes da aeronave.

FINO TRATO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora