Thomas Kavanaugh

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Apesar de atolado de trabalho, eu tinha de admitir que o rapaz que Eve mandara pra trabalhar comigo, tinha sido uma mão na roda. Eu queria tirar umas semanas de descanso, mas ainda não era possível, Christina e eu sequer tínhamos conseguido viajar em lua-de-mel. Ainda assim eu estava feliz!

Era noite de sexta-feira e nós íamos passar o fim de semana no Aras com August, o garoto simplesmente adorou a experiência de pescar comigo e eu sentia que estava construindo memórias com ele, então resolvi transformar aquilo numa tradição familiar.

Eu estava sentado no sofá da sala, zapeando pelos canais da TV, quando uma revista, sobre a mesa de centro, chamou minha atenção, a mesma que Chris tinha usado pra me confrontar, eu sabia como ela fôra parar ali e só conseguia pensar que eu tinha de resolver aquela situação, calcei os sapatos que estavam largados a minha frente e cruzei com o olhar de Chris quando me levantei.

- Vou sair um pouco, amor!

- Aonde você vai a essa hora? - ela me encarou surpresa.

- É que, eu preciso resolver uma coisa!

- Tudo bem. Volte logo, por favor! - ela sorriu e me deu um beijo.

- Eu vou falar com a Paige! - resolvi ser honesto.

Christina franziu o senho deixando o sorriso.

- Porque? - sua pergunta foi um tanto áspera.

- Vem comigo? - pedi. - A Hillary está na casa! - era a empregada que a mãe dela havia nos indicado. - E tenho certeza que o Elliot não vai deixar nada acontecer com o August.

- Eu prefiro ficar. Não me leve a mal, mas acho que o que tem que conversar é entre vocês.

- Não é algo que diz respeito a nós, se é o que imagina! Vem comigo, Amor! Passamos em um bistrô e tomamos um vinho na volta.

Christina torceu a boca e se levantou.

- Vou por causa do vinho! - ela disse calçando as sapatilhas tentando não rir.

Tomei minha esposa pela mão e fomos para o carro. Seguimos conversando trivialidades pelo caminho, e eu notava que havia uma certa curiosidade em seu tom de voz, ainda que ela não perguntasse o que estávamos indo fazer.

- Tem certeza que está fazendo o certo? - ela perguntou assim que estacionei o carro no endereço indicado pelo GPS do carro.

- Você vai perceber que sim! - afirmei e tomei sua mão, seguimos para a portaria e pedi para o porteiro anunciar que estávamos ali, e logo a nossa subida foi liberada

Tomamos o elevador e busquei a mão da minha esposa ciumenta, que parecia nervosa diante da situação.

- Sua mão está fria! - afirmei sorrindo

- Eu não sei se estou gostando desta visita. Mas respeito a sua vontade de vê-la. - ela me olhou de lado e desviou logo assim que a porta do elevador se abriu.

Paige nos aguardava com a porta aberta e uma expressão curiosa no rosto.

- Oi Tom, Christina! - ela nos cumprimentou. - A que devo a honra da visita?

- Eu precisava falar com você.

- Entrem! - ela abriu passagem pra nós. - Querem um café?

- Café seria bom. - Chris disse se acomodando num canto do sofá.]

- Pra mim também! - concordei.

- Ótimo! - ela foi para a cozinha e em pouco tempo o cheiro do café tomou a sala. - Acabei de passar. Eu ainda sou adepta do bom e velho café coado. - Paige riu

FINO TRATO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora