Joshua Grant

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Joshua

Fomos para o carro em silêncio, apanhei as chaves da mão de Eve, pois não a deixaria dirigir naquele estado emocional. Ajeitamos Hellena na cadeirinha e Joshua ao lado da menina, apertei o seu cinto de segurança, sorri para ele quando nos olhamos e dei um beijo no topo da sua cabeça.

- Quero ver todos esses jogos que comprou quando chegarmos em casa. Já vai escolhendo qual quer jogar. - fechei a porta e dei a volta no carro e me sentei no banco do motorista. Olhei no retrovisor para ver se todos estavam atrás de nós, saí com calma do Shopping até ganhar as ruas.

- Você está bem? ele te fez alguma coisa? - perguntei baixo para Willian não escutar.

-Não! Ele só apareceu do nada e... abraçou o William. Agiu como se tudo estivesse na maior normalidade.

Pisquei várias vezes não entendendo aquela súbita aparição.

- Estou confuso... Porque ele apareceria se não quisesse levar o menino com ele.

-Eu não sei!- suspirei- Talvez pra mostrar que tem o controle... Deus, o William tava tão bem!

- Ele vai ficar bem. - Segurei a mão de Eve. - um dia ele esquecerá.

-Eu vi a admiração e o amor no olhar dele, Josh! Ele tem que saber.

- Não... - balancei a cabeça. - Não é o momento... e quem deve contar isso a ele é o próprio... Eric. Assim que ele for preso vou resolver tudo isso.

-E se ele tentar se reaproximar?

- Vamos ficar atentos para que isso não aconteça. Apesar que acho que seria bom pega-lo desta forma.

-O que? Você vai usar a nossa família? Nosso filho como isca?-ela protestou baixo pra não chamar atenção de William e me surpreendi com o modo como ela falou dele

- O quê? Não! - disse achando que ela não tivesse entendido. - Disse que seria uma maneira de pega-lo e não que vou usar isso como isca.

Eve suspirou e apertou minha mão

-O instinto materno me faz desejar protegê-lo do mundo!

- Acontece o mesmo comigo, Eve! - beijei a sua mão. - Acho melhor levarmos ele ao psicólogo para ajudar entender tudo o que está acontecendo e o que Eric fez. não sei lidar com isso. eu não gostaria de escutar algo assim.

-Eu Concordo com você

- Isso é bom. Já posso transferir o meu psicólogo para alguém. - sorri arteiro para ela.

Eve sorriu amarelo e olhou pra trás, tendo a visão que eu tinha de William brincando com o pezinho de Hellena.

- Ei? não fica assim. Isso tudo vai acabar logo, você vai ver.

- Vai sim, meu amor! Nossa tarde tinha sido tão perfeita, compramos jogos novos, roupas e sapatos... Ele tava tão feliz!

- Ele está feliz. Foi só um momento... Logo ele esquece.

- É, vai passar!

-Compramos alguns jogos pra vocês dois e Skates elétricos que vamos praticar.

- Isso não é perigoso? comprou capacetes, joelheiras e cotoveleiras, certo? Eu devia ser um pouco mais confiante, mas era dificil.

-Ah meu Deus, Josh! O que é um joelho ralado diante da diversão?

- E o que é um braço quebrado e uma cabeça sangrando! - dei de ombros e rimos.

-As cotoveleiras, luvas, joelheiras e capacete acompanham o brinquedo, Amor! -ela me tranquilizou

- Você queria ver a minha cara de espanto não é!? - tive vontade de fazer cocegas nela, mas não podia por estarmos no transito caótico de Nova York.

-Não, eu só gosto do cuidado!

- Sei... - ri gostosamente. - O que acha de pedirmos pizza e fazermos uma cabana na sala de TV?

-É uma ideia ótima. Vamos acampar na sala.

- Vai ser uma loucura, mas podemos aproveitar a nossa ultima semana no apartamento antes de nos mudar, porque a casa já é nossa! - pisquei para ela.

- Que bom! Vou mandar fazer um minicampo de golfe pra nós e um pula-pula. E William quer um cachorro!- ela disse num tom audível pra ele.

- Crianças sempre querem um cachorro. Eu vejo que não é muito empolgado com a nossa bola de pelo dorminhoco.

- Talvez por isso. Pipoca é um gato roliço e dorminhoco. Crianças gostam de correr com seus bichinhos

Finalmente entramos na garagem do nosso edifício, estacionei desligando o carro, olhei para trás e Willian dormia com a cabeça apoiada no banco de Hellena.

- Acho que teremos que carregar dois bebes ao em vês de um.

- Eles são adoráveis juntos.

Olhei para Eve e a puxei para um beijo apaixonado, pois eu não via a hora de sentir seus lábios nos meus para desfazer todo aquele medo de perde-los.

- Eu te amo, Joshua!

- Amo você! - E a beijei novamente.

FINO TRATO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora