JOSHUA GRANT

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Joshua Grant

Já estava cansado de andar dentro daquele túnel que não saia em lugar nenhum, aquela luz parecia cada vez mais distante e quando me aproximava dela, escutava a voz de minha mãe ou de Evellyn, então eu dava meia volta para tentar acha—las.

Me sentei apoiando os braços nas minhas pernas, estava cansado demais para continuar a procurar uma saída, encarei aquela luz e depois a escuridão do outro lado do túnel, respirei fundo exausto e sem forças para continuar.

— Mãe! — disse quase em prantos. — Mãe! por favor, me tira daqui... — tapei o rosto com as mãos e chorei como uma criança.

— Vem com a mamãe! — escutei sua voz e olhei para a luz.

— Não consigo... estou cansado. — disse secando os olhos.

— Vem meu amor. Você consegue! — ela disse com aquela voz doce.

Me levantei cansado, minha cabeça doía e então criei coragem de ir até a sua voz. De repente tinha sido sugado pela luz e um jardim lindo foi me revelado, mamãe estava do outro lado com os braços abertos e sorria.

— Mãe! — caí em seus braços e chorei sentindo aquele acolhimento tão bom de quando ela era viva.

O calor de seu corpo era palpável e parecia tão viva. Nos olhamos e ela acariciou meu rosto, notei também que eu estava mais baixo que ela e já não conservava a minha voz máscula de homem, eu era a criança de 12 anos, o período mais tranquilo da minha vida, onde eu ainda não sabia o que era ser um homem de verdade.

— Onde estamos? — perguntei abraçando a sua cintura.

— Estamos num jardim entre o céu e a terra. — ela acariciou meu rosto. — Você adorava vir a este jardim quando era criança.

— Posso ficar aqui com você? — a abracei forte. — Sinto tanto a sua falta.

— Eu sei. Eu escuto você sempre me chamando. — Ela segurou o meu rosto e se abaixou para ficar da minha altura, sorriu amável. Deus! como ela era linda e como eu a amava.

— Terá que ser forte, meu anjo! Tem que voltar e terminar o que começou. Você e sua esposa esperam um filho. Tem que ser o pai para ela. — ela me deu um beijo na testa.

— Mas eu quero ficar aqui com você. — a abracei com medo de perde—la. — por favor, mãe!

— Eu amo você, meu filho! — ela acariciou meus cabelos. — Me prometa que será um ótimo pai e que vai cuidar da sua família?

Me afastei segurando suas mãos, agora eu era o homem que havia me tornado, sorri entre lágrimas para ela.

— Eu prometo! Ela terá o seu nome. — sorrimos um para o outro.

— Não deixem fazer sua cabeça contra as pessoas que verdadeiramente te amam. Você terá que tomar cuidado com velhos amigos que te traíram. — ela disse sério. — Bateram forte na sua cabeça. Tem que se cuidar está bem?

— Sim! Eu prometo que vou me cuidar e cuidar da minha família. — nos abraçamos novamente.

Aquele abraço me fez adormecer novamente, agora eu estava novamente aprisionado em meu corpo, escutava e sentia tudo que acontecia a minha volta, só não reconhecia quem eram aquelas pessoas. Algumas soavam familiares, mas quem eram? E novamente caia num sono profundo.

FINO TRATO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora