Hestan

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Hestan

Que mês era aquele! Eu estava ficando velho e agora entendia quando Joshua dizia que estava cansado de tanto viajar.

O aeroporto estava passando por algumas mudanças assim que pousei em Nova York, praticamente estava sendo a sombra de Evellyn nas empresas da GRANT, então ela cuidava de tudo em NY e eu viajava para resolver as pendencias das outras empresas como de São Francisco, Seattle e Boston.

Estava frio demais, estavamos a uma semana do natal e Joshua continuava a dormir.

Antes de atravessar as portas giratórias vi que a neve caia fraca lá fora, resolvi por as luvas e o cachecol, depois de arrumado passei pelas portas e fui em busca de um táxi para me levar ao apartamento onde Evellyn e Joshua moravam, ela tinha alguns papeis para assinar e precisava saber do meu amigo.

Abanei o braço, o táxi parou e desceu para por a minha mala no porta malas.

— Não precisa, é pequena. — sorri e agradeci ao rapaz.

Abri a porta para entrar e uma jovem praticamente pulou para dentro dele como se eu tivesse aberto para ela.

— Ei!? — chamei a sua atenção.

—Desculpa aí, parceiro, mas estou com muita pressa!— ela afirmou na maior cara de pau

Aquilo me revoltou e entrei no táxi colocando a minha pequena mala entre nós.

— Também tenho pressa... Então vamso dividir esse táxi. — Bati no ombro do taxista. — Me deixe em Na 57 St. por favor.

—Viu? Não foi tão ruim assim, estamos indo pro mesmo lugar.

Encarei aquela mulher.

— Mora... na 57?

—Não! Eu acabei de chegar da Rússia, eu morava lá. Estou voltando pra Nova York e nesse momento vou tentar a sorte pra rever uma velha amiga. Não sei se vou conseguir, ela é uma grande empresária! E eu não marquei nada. Simplesmente vim!

— Quem sabe eu a conheça. — sorri de lado. — Por acaso o nome dela é Evellyn Kavanaugh...

 —Como sabe?— ela indagou com um sorriso.

— Trabalhamos juntos.

—Que mundo pequeno! Desculpa roubar o seu Táxi.

— Até que foi proveitoso. vamos para o mesmo lugar. — dei risada. — Hestan Jones. muito prazer! — estendi a mão para ela sobre a minha mala.

—Paige Collins!— ela apertou minha mão

— Pensei que era Russa! — brinquei.

— Sou Nova Iorquina! Fui pra Rússia estudar balé, me formei, e construí uma vida lá, mas deu saudades de casa.

— Isso quer dizer que se aposentou ou... apenas mudou de país?

— Sofri uma lesão no joelho, mas eu já planejava voltar há um tempo, Moscou é um lugar bom, mas não minha casa. Pretendo montar uma escola de dança aqui.

— Hum! Já prevejo uma professora para a filha de Evellyn se for menina.

— Minha amiga está grávida? Eu não acredito! Ela tá namorando? Ela vivia fugindo dos homens depois do que o cretino do Eric fez a ela.

— Não vou contar mais nada. — Encarei aquele rosto angelical. — Pelo jeito você não tem visto as notícias.

— Eu não leio muito jornal, tampouco vejo TV. E faz uns anos que não falo com a Eve. Nem sei se ela vai querer me receber

FINO TRATO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora