Thomas

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Thomas

O acidente que Josh sofreu me fez repensar a minha vida e as minhas decisões. Um dia você está vivo e no outro pode não estar, então de que adianta fazer planos se você não puder concretiza—los?

Naquela tarde depois de uma reunião passei diante de uma loja de alta costura e um vestido chamou a minha atenção o que me ajudou na decisão que tomei a seguir, adentrei a loja e comprei o vestido, era branco com detalhes em renda e um leve grau de transparência, além de uma fenda na perna. Eu podia ver Chris desfilando com aquela peça na nossa festa de noivado no jardim da mansão dos seus pais.

Deixei a loja e segui para uma joalheria onde comprei um anel com um lindo solitário, fui buscar August na escola e depois Christina no trabalho. Ela se aproximou do meu carro com aquele sorriso lindo que ela sempre tinha no rosto.

— Garotão, a sua mãe é linda! — afirmei sorrindo e desci do carro para abrir a porta do carona pra ela

— Olá, moça bonita!— a cumprimentei a medida que ela se aproximava.

— Olá, Moço bonito! — ela tocou o meu rosto e me beijou. — É bom te ver mais relaxado.

— Eu já estava preparado pra organizar um enterro e agora... Meu cunhado está vivo! Eu estava sofrendo, aprendi a amar ao Josh como a um irmão.

— Quem é que não consegue ama—lo. Josh é um ser humano intrigante. — ela concluiu rindo. — Vamos para casa. Preciso de um banho gostoso e algumas horinhas de frente a tv com meu namorado e filho.

—Tenho um presente pra você! — afirmei e tomei o caminho de casa. — Como foi na escola hoje, Campeão?

— Tivemos prova de inglês. — ele respondeu animado. — tirei 9,5.

— olha só! meus parabéns. — Chris o cumprimentou.

— Você é muito inteligente, meu garoto! — emendei rindo. — Que profissão pretende seguir quando crescer?

— Quero ser engenheiro.

— Ele adora os caminhões escavadeiras que ele tem. — Ela apoiou a mão no meu ombro enquanto dirigia. — Temos que ir buscar os caminhões... apesar que acho que já tem muitos brinquedos naquele quarto.

— Vamos visitar seus pais no fim de semana e assim o August pode pegar os seus caminhões. Podemos montar uma estrada pra eles.

Christina gargalhou.

— Você é o padrasto mais maravilhoso que um menino poderia ter. e eu te amo!

Sorri e busquei sua mão, fomos conversando pelo caminho e quando chegamos em casa pedi comida mexicana. Eu tinha liberado Tessa pra auxiliar Eve em seu apartamento e, logo ela estaria voltando de São Francisco e em meio a toda a pressão que ela estava sofrendo ultimamente, eu achava justo que ela não tivesse mais essa preocupação.

Depois do jantar, ajudei August com as atividades escolares e assistimos um pouco de TV, até que ele pegou no sono e eu o levei no colo até a sua cama.

— O August está bem pesado.— afirmei rindo, enquanto descia as escadas— Ou vai ver eu estou ficando velho!

— Ele já tem um horário para dormir... Vai se acostumar. — Ela abriu os braços para eu me sentar pertinho dela. — Ele te ama muito.

— E eu a ele— sentei ao seu lado e a puxei pra mim, beijando sua boca— Me dá um minuto! Eu preciso pegar uma coisa no carro, me espera no quarto!

— está bem! — ela se mostrou curiosa e se levantou comigo indo para a escada e eu para a garagem.

Apanhei a caixa com o vestido que eu havia comprado da mala do carro e voltei para dentro de casa, subi para o nosso quarto ela me aguardava sentada na cama.

FINO TRATO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora