Evellyn K. Grant

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Evellyn

Era estranho pensar nas mudanças que nossas vidas vinham passando nos últimos tempos e eu tinha de admitir que estava muito confusa com aquela situação. Principalmente por descobrir que o marido da minha mãe era meu pai biológico.

Joshua era o único ali que estava adorando essa novidade, se dando muito bem com Maison. Mamãe mesmo com gesso foi para a cozinha e fez o nosso risoto de camarão que adorávamos, e no Deck ao lado da piscina Maison assava lagostins, camarões, e filés de peixe para acompanhar com o Risoto.

 - Faz tempo que não como da sua comida, mãe! - comentei, enquanto devorava um pote de figos em conserva

- Eu nunca mais fiz esse risoto. - ela sorriu para mim. - Quando soube que vinham eu pedi a Maison para comprar todos os ingredientes. Espero que fique bom.

- Não precisava ter tanto trabalho. Mas, tenho certeza que o Tom vai adorar, ele é louco por camarão

- A mesa já está posta no jardim. - Christina entrou trazendo a bandeja.

- Obrigada, querida! você é um anjo. - Mamãe sorriu para ela agradecida pela ajuda.

- Tem certeza que vai conseguir comer o risoto e tudo mais que estão preparando? - Christina puxou a lata de figo de minhas mãos. - Vamos parar de comer isso...

- Ah qual é, estraga prazeres? - eu ri. - Olha só, mãe! A esposa do Tom é uma marrenta.

- Não sou não! - Chris balançou a cabeça. - Estou evitando de que engorde mais do que o necessário.

- Vai estragar seu almoço. - mamãe deu razão a Christina.

- Pense nos camarões assados e o lagostim regado no limão... bem cozindinho! - Chris chegou a fechar os olhos só de pensar.

- Isso mais parece desejo de uma grávida! - mamãe brincou e Chris abriu os olhos imediatamente e deixou o sorriso de lado.

- Há! caramba! - ela levou a mão a barriga.

-Não?! - eu ri. - A menstruação tá atrasada?

- Não sei... - ela disse ainda em choque. - Mas esqueci de tomar a injeção. - ela apanhou o celular rapidamente e mamãe se juntou a nós. - Deus! como pude esquecer isso... Fazem 17 dias que se passaram.

- Pode ser que não esteja. Mas é bom fazer um teste. - mamãe advertiu e apanhou o telefone. - Vou pedir um teste na farmácia, eles entregam rapidamente.

- Talvez você não tenha esquecido. - dei de ombros. - Todos esses anos solteira, quantas vezes você esqueceu de tomar a injeção?

- Algumas vezes. - ela disse fazendo uma careta. - Nem comente com seu irmão. Vamos esperar o teste, fazer e ver se realmente estou ou não.

Ela abriu a lata de figo e apanhou um com o garfo e o enfiou todo na boca, completamente frustrada.

- Em vinte minutos o entregador vai estar aqui. - mamãe acariciou os nossos cabelos. - A família está aumentando. isso é ótimo.

- Não fique tão frustrada, Chris! Meu irmão vai adorar colocar mais alguém no time, Sra Kavanaugh!

- É sedo demais para ter um bebê... nos casamos a um mês praticamente. - ela disse chateada. - Claro que quero e será muito bem vindo.

- Você e o Tom se amam. Por que não perpetuar a espécie? -gargalhei- O Tom não vai mais poder implicar com o Josh por ser apressado.

Christina concordou rindo e me abraçou.

- O bom que Hellena vai ter alguém para brincar.

- Viu só, agora fiquei animada com a possibilidade de ter mais um sobrinho.

- Ou sobrinha! - Comentou mamãe. - Creio que August terá muito trabalho para manter irmã e prima sobre seus olhares.

- August será um bom irmão. Ele é um menino protetor e amável. - Chris comentou.

- Tenho certeza que sim. E como gosta do pai! - ela apontou para a janela.

August levava espetinhos de camarão para Thomas e Josh que estavam sentados conversando e tomando suas cervejas

- Ele é um garoto fora de série.

A campainha tocou e Maison entrou.

- Pode deixar que atendo... ela saiu de trás da ilha acenando para ele. - Eu fiz um pedido.

- Tudo bem. - ele disse para ela e nos olhou. - Tem camarões prontos, porque não se juntam a nós aqui fora?

- Daqui a pouco. Estamos resolvendo uma questão.- afirmei rindo.

Chris apenas sorriu e assim que ele deu as costas voltando para fora ela agarrou a minha mão e seguimos para a sala.

Mamãe voltava com o pacote em mãos e nos entregou.

- Podem ir ao quarto de hospedes, assim terão mais privacidade. - ela sorriu.

- Obrigada! - Chris deu um beijo em mamãe e subimos a escada.

- Você sabe que o Tom jamais abandonaria ou rejeitaria um filho, ne?

- Claro que sei. Ele quer um filho, e, sei que quer para logo. Respeitando a minha vontade, claro!

Entramos no quarto e ela respirou fundo. - Vamos lá!

- Xixi no potinho! - eu ri solto

- Xixi... - ela seguiu para o banheiro e fechou a porta.

-E aí? -bati na porta depois de alguns minutos. - Bebê a caminho?

- Azul!!! - ela gritou lá de dentro e abriu a porta. - Azul! Azul! - ela repetiu e começou a rir e a chorar.

-Azul quer dizer que vamos ter um menino? - provoquei

- Não... Que estou grávida... - ela me deu a bula e lá estava escrito que se ficasse azul era positivo.

Abracei Christina, contente com a novidade.

FINO TRATO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora