Eric

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A dias rondava o apartamento onde Evellyn estava hospedada, um maldito segurança não saia de lá e isso impedia a minha aproximação, até que finalmente Evellyn havia ficado sozinha.

Dei meu jeito de entrar no prédio sem ser anunciado, inventando que havia perdido as chaves, uma vizinha abriu e eu entrei.

Como andava investigando a vida de Joshua, sabia qual era o andar em que ele tinha o apartamento, sem contar que aquele era um dos locais mais luxuosos de São Francisco.

Parei diante da porta e bati, esperando que ela mesa viesse abrir a porta.

A sorte estava ao meu lado e pude ver a expressão de surpresa em seu rosto quando ela abriu a porta

— O que você quer aqui, seu abutre?

— Evellyn! — me fiz de chocado. — Estou aqui como um amigo... alguém que também tinha um sentimento pelo Josh. Vim prestar minha solidariedade e condolências.

— Vocês se odiavam. Não seja hipócrita!

— Não neste momento. Cresci com Joshua... por mais que tivemos desavenças, tenho que admitir que gostava dele. — segurei a porta. — Por favor, Evellyn! Só quero conversar com você e prestar minhas condolências.

Eve se afastou da porta e me deu passagem

— Obrigado. — entrei e fechei a porta.

Ela se sentou parecendo arrasada, me aproximei e sentei perto dela.

— Sinto muito, Eve! — a olhei chateado. — Como você está?

— O que você acha? Meu marido está desaparecido!

— Sabe exatamente o que aconteceu?

— Não! O que sabemos é que houve uma explosão e o helicóptero desapareceu. Não sabemos se a aeronave explodiu totalmente, se foi o motor, a turbina... — ela deu de ombros

— Meu marido está perdido desde então

— Sinto muito, Evellyn! — peguei em sua mão. — Se tiver algo que eu possa fazer por você... É só me dizer.

— Não há nada! — ela recolheu depressa a mão — Olha Eric, eu realmente não entendo o que você quer aqui. Volta pra sua casa, pra sua esposa... Eu tô bem!

— Eu não tenho mais casa e esposa. — baixei as vistas. — Descobri algumas coisas e... — sacudi a cabeça querendo afastar os pensamentos. — deixa para lá! — sorri triste para ela. — Meus problemas são pequenos perto do que está passando.

— Ela ficou pobre?— Eve indagou irônica

— Não! mas... Billy não é meu filho. — passei a mão no rosto. — tentamos engravidar... fui fazer exames e descobri que sou totalmente estéreo.

— Desculpe se não estou com pena de você. Pra mim você é um escroto!

— Vou relevar porque está sofrendo. — ri do que estava acontecendo. — Bem! eu estou inteiramente a sua disposição caso precise de alguma coisa. Conte comigo, Eve! eu não sou seu inimigo.

—Também não é meu amigo, sejamos francos! Eu não te odeio, Eric! Mas não espere que eu goste de você e me torne sua amiga!

— Gostaria de me aproximar de você. — me recostei no sofá. — Eu sei que errei e jamais deveria ter te deixado. Fui burro, Eve! Me arrependo. Muito mesmo.

— Já acabou o teatro, Eric?  Eu realmente gostaria de ficar sozinha

Me calei diante de sua posição rígida. E outra hora me aproximaria de Evellyn. Levante—me e a encarei.

— Ao menos posso dar um abraço? — Abri os braços.

—Claro!— ela forçou um sorriso mas não me afastou

A abracei envolvendo em meus braços, beijei seus cabelos demoradamente sentindo aquele perfume tão característico de Evellyn.

— Fique bem, garota! — disse baixo e a porta se abriu.

Thomas ficou ali parado olhando para nós dois como se estivesse em choque. Soltei Eve lentamente e a olhei, sorri e a deixei caminhando até a porta.

— O que faz aqui?— ele questionou antes que eu pudesse ir embora

— Vim saber de Joshua e de sua irmã. — tentei passar e ele não me deu passagem, encarei Thomas. — Me de licença, sim!

— Você não é amigo do Joshua, tampouco da Evellyn. Então, faça o favor de ficar longe

Encarei Thomas que sempre foi meu calcanhar de Aquiles no meu relacionamento com Evellyn, olhei para ela que estava de pé e braços cruzados não dando a mínima para que seu irmão falava.

— Tudo bem. — passei por ele praticamente empurrando para poder sair daquele lugar.

Uma coisa percebi. Joshua HAVIA ALCANÇADO UMA FORTUNA IMENSURÁVEL, POIS AQUELE APARTAMENTO era a coisa mais linda e luxuosa que já tinha visto, imaginava a de Nova York, morar de frente para a Central Park não era para qualquer um.

FINO TRATO 2Onde histórias criam vida. Descubra agora