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Edu: tu tá com aquele maluco? -ele perguntou me encarando assim que parei em sua frente, ele estava encostado na parede da minha casa-
Nara: Eduardo, você não tá bem, vai pra casa cara.
Edu: porra, Nara! Tá foda viver sem tu pô! -ele disse baixo- Tu pediu pra terminar aí, dei teu tempo aí, mas eu te avisei que não ia dá pra ver tu com outro, tá maneiro isso não pô! Tô aí pagando de quem não liga, mas eu ligo muito pô, tô me importando com essa parada pra caralho. -ele disse e eu respirei fundo-!
Nara: Eduardo, cadê o Juninho? Tu não tá bem, tá bêbado pra caralho aí, se arriscando porra.
Edu: sei lá do Juninho, porra! Quem eu quero é tu, e tô aqui atrás mais uma vez, tu fez o que comigo garota? -ele disse passando as mãos no rosto-
Nara: Eduardo, eu preciso que você vá embora! Tu não tá em condição nenhuma de conversar agora. -ele ficou em silêncio por um tempo e depois assentiu, mas quando exitou em andar quase cai e eu o segurei!- posso ligar pro Juninho? Tu não tem condição nenhuma de montar nessa moto, sei nem como tu chegou aqui.
Edu: precisa não, pô! Tô de boa. -fiquei parada só olhando, ele tava meio desnorteado, tava nem sabendo ligar a moto, no mínimo ia bater no primeiro poste.-
Nara: Eduardo! Deixa eu ligar pro Juninho. Tu deixa a moto aqui, amanhã vem buscar e a gente conversa. -falei tentando convencer, não ia me perdoar se acontecesse alguma coisa com esse babaca.- pode ser? -ele fez sinal de positivo com a cabeça e imediatamente liguei pro Juninho, que disse que já já chegava aqui, sorte que ele não tava dormindo, se não a última opção seria levar esse filho da puta pra dentro de casa.

Depois de uns cinco minutos Juninho chegou lá na porta, já chegou reclamando com o Eduardo, que não tava nem aí, permaneceu calado o tempo todo sentado lá na calçada.-

Nara: põe a moto dele aqui na varanda. -juninho fez o que eu mandei-
Juninho: valeu aí, Nara! Se fosse outra deixava esse vacilão aí na mão. Mas oh, quero nem me meter nessa parada de vocês aí, tô ligado que o Eduardo vacila como respira, mas gosta de tu pra caralho, duvido que ele faria isso por outra mina. -ele falou só pra mim, e deu um beijo na minha testa- fica bem aí, pô! Qualquer coisa aciona, tu sabe que é nossa.
Nara: valeu, Juninho.
Juninho: deixa eu ir, Juliana deve tá querendo me matar, saí uma hora dessa e nem disse pra onde ia. -ele disse rindo-
Nara: pode deixar que vou falar com ela.
Juninho: vamo oh, vacilão do caralho! -ele levantou o Eduardo e saiu com ele!
Voltei para o meu quarto e me deitei pensando nessa merda toda que o Eduardo causa na minha vida, desde que ele chegou minha vida teve uma reviravolta total, e ele me causa sensações que jamais senti alguma vez, pior que quando penso que consigo viver bem longe dele, ele aparece pra confundir tudo novamente.

NARA. (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora