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E se eu falar que hoje o meu filho teve alta? Eu quero gritar pro mundo ouvir!
Estou extremamente feliz e grata, tô nem acreditando que meu bebê vem pra casa hoje.

Quando chegamos no hospital, a médica conversou algumas coisas com a gente, assinei alguns documentos, e pude enfim ter o bebê comigo.

A sensação de tê-lo aqui, nos meus braços é indescritível, surreal de tão boa.
Edu ficava o tempo todo nos encarando com um sorriso bobo, e eu cada vez mais apaixonada.

Nara: Eu tô tão feliz. -disse sorrindo alisando o rostinho do Bernardo- Ele é tão perfeito, Edu!

Edu: Perfeito mesmo, só faço filho bonito, da nem pra acreditar que sairam do meu saco. -ele disse e eu ri-

Nara: Ai Eduardo, ridículo! -ele me olhou rindo e botou a prestar atenção na no trânsito.-

Edu: Tu se incomoda se eu passar lá na Patrícia pra pegar a Maria? Quero ficar com eles dois hoje, mas se tu não quiser, eu te levo lá e volto pra pegar ela.

Nara: Para que eu não vou te dá esse trabalho, Eduardo. Eu tô tão feliz, que nem a mau amada da Patrícia tira meu ânimo hoje, né meu bebezinho? -fiz voz de bebê no final e ele riu-

Edu: Coisa rápida, só pegar a Maria mesmo. -eu assenti e voltei a olhar pro meu bebê!

A casa da outra lá era pertinho de onde a gente tava, Eduardo parou lá e eu continuei no carro com o meu bebê, que dormia perfeitamente e eu não me cansava de admirar, não sei como consegue ser tão lindo assim, se eu soubesse que teria um filho tão lindo tinha engravidado antes.

Eduardo nem demorou muito, desceu com a Maria no colo, graças a Deus a outra não inventou de vim atrás, quero é distância, Maria tava babando no Bernardo, doida pra pegar, sou louca nessa menina, gosto tanto dela, sei nem porque.

Se fosse outra, certeza que não ia nem querer proximidade com a menina por causa da mãe, talvez, se fosse em outros tempos, eu faria isso, mas ela nem tem culpa, e eu sinto que ela gosta de mim do mesmo jeito que eu gosto dela.

Fomos direto pra minha casa, assim que chagamos lá, Eduardo ligou pra mãe avisando que havíamos chegado e ela disse que vinha aqui.

Minha relação com a dona Marta mudou muito, no início gostei dela, de verdade, mas depois, não sei, tem também o lance da Mariana, ela não sabe, mas sabe que eu e a Mariana não se gosta, desde então, passou a ser mais fria comigo, como se eu ligasse, quero é distância, minha gravidez toda nunca ligou pra saber se eu tava bem, agora que as coisas tão se ajeitando ela vem pagar de boa vó, 0 paciência.

Maria: Tia, quelo pegar irmãozinho. -ela disse com um bicão e eu ri-

Nara: Senta aí pra eu botar ele no seu colo. -ela se sentou no sofá e eu ajeitei o Bernardo no colinho dela e fiquei ao lado segurando, Edu tava encostado na porta de braços cruzados olhando com uma carinha apaixonada, eu me sentia tão completa, esperei tanto por esse momento.

O Bernardo começou a resmungar no colinho da Maria e logo ela se assustou e quis me devolver, eu ri e fiquei ninando ele.

Ouvi a dona Marta chamar lá na frente, e o Eduardo foi abrir a porta, logo ela atravessou com a Mariana e a bebê dela, noção? Não tem, né?!

Fiquei na minha, Eduardo é irmão dela e eu não posso priva-la de participar da vida dele, contanto que ela não venha de gracinha pro meu lado, tá tranquilo.

Marta: Como ele é lindo, Nara! A cara do Edu quando pequeno. -ela disse sorrindo e se aproximou pra pegá-lo-

Edu: Lindão mesmo, fala tu, só faço filho bonitão né não? -ele abraçou a irmã de lado, queria revirar os olhos fortes-

Mariana: Lindão mesmo, Edu, sua cara. -ela disse olhando pro meu filho, nessa hora não conseguir segurar e revirei meus olhos fortes mesmo, não se manca, inferno! É cada coisa que eu tenho que passar, que sinceramente...-

Nara: Dona Marta, fica a vontade, tá? Vou lá em cima só tomar um banho rápido, chegamos da rua quase agora, já volto.

Marta: Tá bom, vai lá! -eu peguei minha bolsa que estava no sofá e me saí, queria entender qual é a da Mariana, perdeu porra nenhuma aqui, tem nada que vim na porra da minha casa, sem noção.

Entrei no quarto e fui tirando a roupa, a marca da minha cesariana ainda tá lá, e te falar? Sou apaixonada, saber que meu bebê saiu dali, é surreal, quem diria, né? Eu sempre me preocupei com meu corpo, vaidosa ao extremo, e agora boiolinha numa cicatriz, uo.

Eduardo entrou no quarto e se encostou na porta me encarando, sabia que ele queria falar algo, mas ele continuou calado.

Nara: Fala, Eduardo! -eu disse encarando ele que abriu a boca várias vezes, mas nada falou-

Edu: Qual foi, tu tá assim toda estranha? Tava felizona nesse instante...

Nara: Você ainda pergunta? -botei minha maior cara de cu mesmo- Tô feliz, é o meu momento, nosso na verdade -me corrigi- Mas eu só quero ao meu lado pessoas que eu gosto, e que gostem de mim, sua irmã não se manca, nada ver ela vim pra cá, Eduardo.

Edu: Porra, Nara, tu acha que eu também não quero quem eu gosto ao meu lado? É minha irmã, porra! Mesma coisa que tu passou, eu passei junto, sei que vocês tem as diferenças aí, mas é óbvio que eu vou querer ela comigo, né? Entende meu lado também, pô, se coloca no meu lugar. -ele disse bolado, e eu, preferi nem falar nada.

Sabia que se eu falasse não daria bom, então, prefiro evitar.

Deixei ele lá e entrei no banheiro, deixei a água quentinha escorrer sobre meu corpo, incrível que como a gente não pode ficar bem, sempre acontece algo pra atrapalhar.

Eu até tento entender o Eduardo, mas porra, ela não me desce mesmo, não quero ela aqui, não na minha casa.

Óbvio que não vou privar meu filho de ter contato com a família dele, mas lá na casa deles, na minha casa eu só quero quem eu me sinto bem.

Não queria ser amiga dela nem nada, mas depois daquela porra toda que ela me meteu, o mínimo que ela me devia era um pedido de desculpas, agradecimento, qualquer coisa, mas tudo que ela fez, foi ser cuzona, então eu tô no meu direito sim.

-

Meninas vou dá uma adiantada aqui, o final tá mais perto do que nunca, vamos terminar aqui logo pra eu me dedicar somente a química,  né não? comentem aí o que acharam, bjs 💓

NARA. (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora