Nara: porra, Eduardo! Tu não podia gozar fora?
Edu: tu não tá tomando o remédio, pô? Qual foi?
Nara: mesmo assim né, nunca se sabe, tenho medo.
Edu: relaxa Nara, vou te engravidar não, e se eu te engravidar eu assumo.
Nara: eu não quero filho, Eduardo. -encarei ele séria- pensei que você já tivesse ciente disso.-
Edu: que pavor é esse de ter um filho meu, tô nem te entendendo.
Nara: não é pavor, só não tenho vontade. Não está nos meus sonhos ser mãe.
Edu: então tu nunca pensa nisso? -balancei a cabeça em negativa- porra Nara, não fode. Tu não pensa em ter uma família comigo? Tá namorando pra que se não pensa no futuro?
Nara: e pra ser família precisa ter filho? Eduardo, eu não tenho vontade, não me vejo sendo mãe.
Edu: porra, Nara. -ele se sentou na cama e apoiou as mãos no rosto, em seguida levantou indo pro banheiro e eu respeitei fundo-
Nara: Edu! -me encostei no box o observando de costas- não vamos ficar assim, por favor. -ele desligou o chuveiro e virou-se pra mim.-
Edu: porra, Nara! Tu não entende.
Nara: olha, vamos deixar isso pra lá, se for pra ser, um dia vai ser.
Edu: não vai ser se tu não quiser, pô! A real é isso é uma parada complicada, tu não tem os mesmos sonhos que eu, as mesmas vontades nem eu os mesmo que você.
Nara: nós temos que saber lidar com isso, Eduardo. Sentar e conversar, chegar num consenso
Edu: e adianta conversar com você? Tu é cabeça dura demais.
Nara: quem fala!
Edu: tu acha que eu queria ser pai, Nara? Ainda mais cedo, a mulher nem era nada minha. Tu acha mesmo que eu queria? Queria nada! Nem pensava nisso. Hoje eu me sinto realizado, pô! Amo minha filha mais que tudo nessa vida, faço meus corres aí, penso em crescer, é tudo por causa dela. E porra, tu não imagina felicidade que me dá quando ela me olha com maior sorrisão, pô. Me dá a certeza que nosso amor é infinito, de que sempre vamos ter uns aos outros.
Nara: Edu... -ele me interrompeu-
Edu: eu nunca tive meu pai presente, nem lembro como ele era. Sabia nada sobre ser pai, eu nunca tive uma figura paterna, pô. Mas eu tento ser o máximo pra ela, tento ser o que eu o pai que eu queria ter. Olha, não vou te forçar nada, não tô pedindo pra gente ter filho amanhã. Mas eu penso na gente, no futuro ter a nossa família. -eu juro que não sabia o que falar, então fiquei calada, Eduardo saiu do banheiro e eu fui pra debaixo do chuveiro, onde deixei alguma lágrimas escaparem, a vontade dele não é a minha, e se quisermos mesmo ficar juntos, mais pra frente um de nós teremos que abdicar de uma vontade.
Eu não quero ser egoísta, mas o desejo de ser mãe nunca esteve implícito em mim.
Desde sempre a maternidade não me pareceu em nada vantajosa. Tomaria meu tempo, custaria meu corpo, meu dinheiro, minha atenção.
E nenhum argumento de "ah é gratificante” nunca me convenceu do contrário. Obviamente isso me torna quase que um monstro ególatra, pro Eduardo porque mulher decidir viver pra si é quase que crime hediondo.Mais um pq nosso casal sem tretinha, não é nosso casal hahahaha
Comentem o que estão achando, podem da opinião/sujestão, são todas bem vindas
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NARA. (M)
RandomSe vier, venha com cem por cento de certeza. Porque dúvidas, já bastam as minhas. 🦋 Nara e Eduardo! 🔥♥️ +18