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Caralho, eu tava em êxtase, desnorteadão com a notícia, tive nem coragem de entrar logo no quarto que a Nara tava.

Minha cabeça começou a doer, porra nunca passei por essa situação, nem quando descobrir a gravidez da Patrícia e olha que foi um choque, mas essa aí, caralho...

Me sentei na cadeira ainda sem acreditar, minha mente tava a milhão, uma sensação estranha da porra, nem parece que é a segunda vez, vacilo grandão esse nosso e do jeito que eu conheço a Nara, ainda vai querer me culpar por essa parada aí

Thaysa: Eduardo, tá fazendo o que aí? Chegou agora? -a prima dela chegou despertando, ainda demorei uns segundos calado, tava nem sabendo o que falar.- tá tudo bem?

Edu: Nara tá grávida! -falei de uma vez e passei a mão no cabelo, ela me olhou assustada-

Thaysa: Que? como assim, Eduardo? Quem te falou isso? Tu tem certeza, cara?

Edu: O médico acabou de me falar essa parada aí, porra, tô perdidão. Sei nem como falar essa parada pra Nara, tu ta ligada que ela vai surtar.

Thaysa: Nara nem cogita a ideia de ter filho, meu Deus!

Edu: Mas oh, tu nem conta isso agora a ela. Deixa que eu vou contar, vou esperar a gente voltar, se não é capaz dela querer ir embora hoje e estragar o rolê da galera aí.

Thaysa: Tá, tudo bem. Gente, tô passada! Não quero nem ver a reação dela.

Edu: Imagina eu, pô! Se bem conheço a peça, vai jogar a culpa todinha pra cima de mim, tu vai ver só. -eu disse balançando a cabeça e ela riu-

Thaysa: Oh, melhora essa cara aí! Já já ela vai sair.

Edu: vou tentar, cara! Oh. -entreguei a roupa que tinha trazido pra Nara a ela- Vou esperar aqui fora mesmo. -ela assentiu e foi pegar um copo de água pra Nara.

Pra falar a verdade não tô triste pela notícia, já tenho uma filha pô e sei a sensação maravilhosa que é ter um filho. A parada é que eu sei como a Nara é e tenho consciência que talvez esteja muito cedo pra gente ter um filho, mesmo por mim estando tranquilo, a Maria veio sem planejar também, e hoje é o meu amor incondicional, imagina esse aí, que eu amo a maluca da mãe? Porra, mesmo no meio dessa loucura toda aí, eu tô felizão por ter algo que nos liga pra sempre.
Por mim, pegava ela amanhã mesmo e colocava numa casa pô, eu, ela e esse menor aí, sem leme, viro pai de família, marido, a porra que ele quiser, sou sujeito homem, pô!

Ter esse bebê aí era de longe o menor dos problemas, maior problema mesmo nesse momento, é contar pra Nara, porque já sei que será confusão na certa, sem falar que tô ligado que ela vai pensar naquelas paradas lá que ela fala, não vai querer ter o bebê, mas eu não vou compactuar com essa doideira não, se nós dois vacilamos, nós dois que assuma esse b.o aí.

Avistei ela e a prima vindo na minha direção e me levantei, tava nervosão, sabia nem o que falar, então me permaneci calado.

Nara: Aconteceu alguma coisa, Eduardo? Tá sério assim... -ela disse enquanto caminhávamos pro carro-

Edu: não, pô! -olhei pra ela- to com uma dor na cabeça, deve ser ressaca.

Thaysa: Falta de sono, também tô... Perdemos a noite né. -ela respondeu primeiro, sacou logo o desconforto.

(...)

Quando a gente chegou lá na casa, Nara ficou com o pessoal na sala e eu guiei logo pro quarto e fui tomar banho, quando voltei ela estava deitada na cama.

Edu: tá sentindo alguma coisa?

Nara: só sono.

Edu: Deve ser o remédio, vamo dormir. -me deitei do lado dela e ela se encostou logo no meu braço- tô mortão também, mó trabalhão tu me deu, sua maluca. -ela riu e eu beijei sua testa- eu te amo pra caralho, Nara! Sei mais viver sem tu não. -ela me sorrindo e me deu um selinho.-

Nara: Eu também te amo, Edu! Não quero nunca mais viver sem você.

Edu: vacilona! -eu apertei ela mais ainda em meus braços e ficamos conversando, mas nem demorou muito, já tava dormindo.

Fiquei pensando na parada lá, sensação maluca da porra saber que a Nara vai me dá um filho, pô! Minha vontade era de gritar pro mundo que essa mulher vai me dá um filho, mas primeiro eu teria que enfrentar uns sete leões na minha conversa com ela.

NARA. (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora