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EDUARDO

Deixei a Maria em casa e partir voado pra barbearia, bagulho hoje tá estreito, ainda botei dois menor pra começar a treinar la, papo de querer ampliar mesmo, eu sozinho tá foda.

Chegou nos meus ouvidos uns papos que a Mariana tá de caso com um mano da boca, tô de cantinho só avistando, quero saber qual foi dessa parada, tô de cara quente com isso, papo de tá estressado pra caralho, se for verdade, sei nem o que faço com aquela mandada, pprt.

Acionei logo o Juninho, menor anda nos meios, descobre essa parada rapidinho.
Mas se ela tiver mesmo, a diaba tá fazendo bem feito, porque tá bem escondido.

(...)

Cheguei na porta do trabalho da Nara e mandei mensagem, mandada pediu pra eu vim buscar ela, mandou logo o papo que ia dormir comigo, tive nem como negar.
Depois de uns cinco minutos ela apareceu já entrando no carro, toda arrumadona, mulher linda da porra, viu?!

Nara: que cara preocupada é essa?
Edu: umas paradas aí, mas esquenta não tu. Como foi o dia aí?
Nara: cansativo como sempre. -ela disse se espreguiçando-
Edu: cansada tu vai ficar mais tarde, nega.-eu disse e a olhei rápido sorrindo-
Nara: ai, Eduardo! Tu não vale nada.
Edu: e tu gosta que eu sei. -ela riu e eu voltei a prestar atenção da na pista.
Tava nessa com a Nara, mas a mente tava a milhão só pensando na parada da Mariana, papo de tá esquentando a cara mesmo, e a vontade de encher aquela filha da puta de porrada se essa fita aí for verídica.

NARA 💭

Eduardo me pegou no trabalho, mas tava meio estranho, tentou disfarçar mas conheço aquele ali demais pra saber que não tava tudo normal.
Fiquei logo com a consciência pesada, quando a gente deve a primeira coisa que pensa é isso, incrível.

Viemos direto pra casa dele, mal de namorados é se acostumar a dormir junto, não tem um dia que eu não queira dormir com ele, pior é que eu amo dormir agarradinha com esse vacilão.

Eduardo ficou na garagem falando no celular aparentemente com o Juninho e eu entrei logo, a Mariana tava na sala, só cumprimentei com um sorrisinho mesmo pra evitar qualquer papo e Eduardo ver, cismar, enfim.

E do nada ele ja apareceu lá na sala gritando com ela, não entendi nada, mas o Eduardo estava transtornado.

Edu: VOU TE MATAR, DESGRAÇADA! -ele gritou apontando o dedo pra Mariana que já estava com a cara de choro- QUAL A TUA, MARIANA? TANTO HOMEM E TU QUIS SE ENVOLVER LOGO COM AQUELE COMÉDIA? CARA É CASADO, PORRA! VOU ACABAR COM TU, NA MORAL.
Nara: Edu... -tentei falar mas ele me interrompeu-
Edu: Na moral, Mariana, tu não dá um dentro, porra! Só desgosto nesse caralho! Quero saber como é tu vai falar essa parada da mãe, porque tu vai contar.
Mariana: Edu... -ela disse chorando, e novamente eu estava lá com pena da cobrinha, ter o coração mole é foda, a gente só se fode nessa porra- por favor, não conta, eu imploro Eduardo! -ela disse se ajoelhando na frente do Edu chorando- eu prometo que acabo com isso, eu termino Edu! Mas não conta, por favor.
Edu: EU ACHO BOM TU TERMINAR NESSE CARALHO MESMO! -eduardo estava visivelmente alterado e eu nunca tinha o visto assim, sabia nem como reagir- Não vou sustentar esse bagulho de irmã minha ser amante de bandido não! Que caralho, Mariana! Tu acha que merece isso? Porra! Tá faladona aí, pô! Nego tudo falando que tu é marmita de bandido! Tu acha bonito, pô? Tá maneiro essa situação não. Minha vontade é de te encher de porrada, tu se superou dessa vez.
Nara: Edu, calma! É sua irmã, fica calmo.
Edu: tu não se envolve Nara, bagulho é entre eu e ela!
Nara: independente de ser entre vocês, você gritar aí não vai adiantar nada, vocês precisam sentar e conversar, ela é sua irmã e isso você não pode mudar.
Edu: tu quer da conselho sobre família mesmo? Na moral, Nara! Tu brigou com a tua mãe. -ele disse e segundos depois pareceu arrependido. Eu encarei ele séria, não acreditando no que ele havia acabado de falar-
Nara: É sério que tu usou isso contra mim? Na moral, Eduardo! Vai se foder! -eu disse pegando minha bolsa do sofá e indo em direção a porta-
Edu: Nara... -ele gritou, mas nem olhei pra trás! Já tava com os olhos cheio de lágrimas e não queria da essa ousadia ao Eduardo.
Incrível como as pessoas ouvem suas dores e depois usam elas contra você.
Eu chorei nos braços dele na noite anterior, falei da saudade que venho sentindo, do quanto isso tem me feito mal e o que eu recebo? Que raiva do Eduardo!
Entrei em casa e pela sorte não tinha ninguém pela sala, me joguei na cama ligando para o meu pai, não tinha ninguém que eu queria falar nesse momento a não ser ele.

NARA. (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora