NARA. (M)

49 - Maratona 1/?

(...)

Acordei assustada e era 5h da manhã.
Acabei dormindo aqui com o Eduardo e sonhei que tava atrasada, psicólogico é uma merdinha, acordei até sem despertador.

Nara: Acorda, Eduardo! -balancei mas ele nem se mexeu- Eduardo, Eduardo porra, acorda!
Eduardo: ih, sem esculacho, sem esculacho porra. -acordou todo assustado e me olhou sério- que caralho, Nara!!! Tá doidona, filha de puta? Cedão anda.
Nara: que cedão?! Não mandei tu me tirar da minha casa, preciso ir trabalhar meu filho, sou tua irmã que é o dia todo coçando, cheirando e arrumando briga não. -falei e o bofe me deu um olhadão, meu mal é que não sei segurar a língua, as pérolas saem que eu nem percebo.-
Eduardo: vou nem te falar nada, po. Quero sair da lógica com tu não. -ele se levantou e foi pro banheiro, depois de uns minutos voltou com a camisa no ombro, 5h da manhã e esse garoto sem camisa, doido mesmo, fui no banheiro também rapidinho, fiz xixi, joguei uma água no rosto e saí encontrando o Eduardo na cama, ele se levantou e saímos do quarto- porra, esqueci a chave. Marca aí que já volto. -eu revirei os olhos e ele subiu correndo, Eduardo é lindo, mas as vezes o que tem de lindo, tem de lerdo.

Do nada vi uma moça entrando com uma bebê, vou matar o Eduardo.

Marta: oi. -ela me olhou como se tentasse se lembrar- você é a neta da Ana, né? -droga, lembrou! Ela me olhava sem entender, e não é pra menos né? Eu sabia nem o que falar, do nada deu uma secura na garganta.-
Nara: o-oi. Sou eu sim. -pensa numa pessoa sem graça, era eu.-
Eduardo: bora, Na... ih, coroa! Já acordada? -ele chegou e se aproximou dela pegando a bebê e a mãe dele me olhou como se tivesse entendido- é tu né pivetinha? Dando trabalho pra tua vó, pô. -riu beijando ela- já conheceu minha dona, mãe? Vou casar ela, mas ela me maltrata, coroa. -disse rindo e a mãe dele riu me olhando e eu só queria um buraco pra enfiar minha cara.-
Marta: até que fim tu tá tomando jeito, em Eduardo?! Mas porque já tá indo? Fica, toma café com a gente, deixei um pão crescendo ontem, só assar rapidinho.
Nara: ah, eu ficaria sim, mas ainda vou trabalhar.
Marta: Tudo bem, minha filha. Mas vê se volta, em? Se Eduardo não te trazer, pode vim sozinha mesmo.
Nara: claro que eu venho, qualquer dia desse venho comer esse pão -eu ri-
Eduardo: ih, mãe! Nem da corda.
Marta: para Edu. -ela riu- vem mesmo.
Eduardo: vamo logo po, daqui a pouco se junta com minha mãe pra falar de mim aí. -ela riu, ele deu a bebê pra mãe e saímos, ainda bem que só pego trabalho as 8h.-

(...)

Eduardo: vai nem se despedir, pô? -disse e me puxou pra ele- se liga tu, em -me deu um selinho- quer que eu te leve lá?
Nara: não precisa, vou de ônibus mesmo.
Eduardo: tem certeza? Se liga pra não chegar atrasada no bagulho.
Nara: tá tranquilo, Edu. -dei mais um selinho nele e fui me arrumar.

O próximo solto quando esse bater 50 comentários! E não quero comentários de uma pessoa só. 😘