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EDUARDO

Fiquei o dia todo pensando na parada lá, tanto da Mariana quanto da Nara.
Acabei falando o bagulho sem nem pensar, quando vi a mina já tinha saído igual um furacão, a consciência pesou pra caralho, pensei em ir atrás, mas não ia adiantar nada nós dois cabeça quente com certeza não daria o que preste.

Passei a porra do dia todo de cabeça quente, mais tarde, fui numa loja no pé do morro comprar uma parada pra minha nega, tem que amansar fera né?

Ia comprar uma correntinha, mas a atendente apertou tanto a mente do sujeito dizendo que ela iria gostar mais da aliança, que qualquer mulher gostaria mais, essas porras, acabei levando né?! Mulher é um diabo que não existe pô, até sem conhecer a mina lá ficou do lado da Nara, falei por alto que tive um desentendimento com a nega, tava querendo algo pra impressionar, e a filha da puta me vem com a parada cara pra caralho.

Paguei e fui direto pra casa da Nara, se eu ligasse chamando ela pra ir em algum lugar eu duvido que ela iria, conheço minha peça.

Cheguei lá e a dona Ana já me abraçou sorrindo, os coroas se amarram na minha pô.

Ana: como você está, meu filho?
Edu: tô bem dona Ana, e a senhora?
Ana: estou muito bem também. A Nara tá lá no quarto com a sua irmã, chegou nesse instante.
Edu: com a Mariana? -eu perguntei surpresão e ela assentiu, entendi porra nenhuma, as duas nunca se deram bem, e agora Mariana tá aqui? Fiquei com essa parada na mente, as duas teriam que me explicar direitinho essa porra.

Nara: o Eduardo descobriu? -eu ouvi a Nara perguntando, assim que ia entrando, mas fiquei parado na porta, e acabei ouvindo a parada toda.
A Mariana grávida e a Nara escondendo essa parada séria pô, ainda com aqueles papos torto dela de aborto, fiquei cegão de ódio, e me sentindo traído, pô, se me escondeu uma parada seria dessa, poderia esconder qualquer outra coisa.
Entrei no quarto furioso, e elas me olharam assustadas.

Nara: Eduardo!
Edu: meu papo contigo vai ser depois, vamo embora Mariana!
Mariana: Edu... -ela disse chorando-
Edu: cala a tua boca, Mariana. -eu disse baixo aprontando o dedo pra ela, tentando o máximo manter o autocontrole e não saí gritando na casa dos outros, porque minha vontade era da uma surra na Mariana.- quero nem ouvir tua voz, na moral. Vamo, Mariana! Em casa a gente conversa.
Nara: Eduardo, calma! Depois vocês conversam, não vai adiantar nada agora, você tá com a cabeça quente.
Edu: não tem depois nenhum nesse caralho! Qual foi, pô! Bagulho mandadão, e tu ainda acolvitando essa porra, Nara, papo de aborto! Na moral, postura feiona essa tua.

NARA. (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora