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Resolvi parar de da trela pro Eduardo!
Se ele quer continuar agindo dessa maneira, ok. Espero que depois ele não chore pelo leite derramado.
Tô cansada, de certas posturas dele, totalmente contraditórias do que ele prega e julga.

(...)

Alguns dias se passaram, quase uma semana para ser mais exata.
Tu veio me procurar? Nem o Eduardo!
E eu, pouquíssimo orgulhosa que sou, também não fui atrás não.
Já fui atrás do Eduardo, por erro de nós dois e não foi só uma vez, agora já deu. Se ainda tiver que rolar algo entre nós, que seja por iniciativa dele.
Como aparentemente estou solteirissima, acionei meu bondezinho que inclusive estou morrendo de saudades.
Combinei com a Thaysa e a Amanda pra passarem o fim de semana aqui, saudade de embrazar daquele jeito até esquecer o nome com as minhas garotas.

Antes de chegar em casa, passei na Juliana, saudades da minha pretinha também, que inclusive, continua casadissima.

Nara: JULIANAAAA -eu disse gritando na porta e ela apareceu na janela me olhando feio, e jogou mona não gosta que chegue gritando assim não, ata.-
Juliana: já faz pra pirraçar, folha da puta
Nara: aí mona, se toca. -me joguei no sofá- vamo sair esse final de semana, só a gente? -eu disse pedindo com as mãos- já acionei as Amanda e Thaysa, já já tão brotando, não aceito não como resposta tá? Pode ir avisando pro chato do teu marido que pelo menos um dia, tu é nossa.
Juliana: tu não chama meu marido de chato em? -ela disse rindo-
Nara: tu apaixonada é uo, Juliana! Credo. Ele é chato mesmo. Mas sério mona, vamos vai! Saudades de nós quatro juntas, temos que aproveitar.
Juliana: por mim tudo bem, vamo ficar por aqui mesmo? Mas a senhora está demais, né? Tá se achando solteira mesmo.
Nara: não só me achando como estou solteirissima. -eu falei rindo e tive meu sorriso desfeito no mesmo momento em que o Juninho entrou com o encosto, que me encarou sério provavelmente pelo que acabara de ouvir.
Desviei meu olhar imediatamente do dele e revirei os olhos quando o Juninho e a Juliana começaram a rir.-
Juninho: tu tá fodido demais, irmão. -ele disse rindo do Eduardo que só balançou a cabeça em negativa, com a cara extremamente séria.
Tu ligou? Nem eu! Ignorei o bonito e logo saíram da sala, me deixando soltar todo ar que tinha preso dentro do meu pulmão.-
Juliana: mana, pensei que tu ia ficar mais branca! -ela riu-
Nara: uo, esse encosto! Tu viu? Nem pra dizer que não, pois agora irei me comportar como solteira mesmo, quero saber não.
Juliana: tu olha lá a tua vida, em Nara? Depois tu fica chorando aí.
Nara: que merda, viu? A culpa é tua, se não fosse tu nem conhecia esse filho da puta. -ela riu escandalosamente-
Juliana: mana, me lembro como se fosse hoje, tu ficou cega quando viu esse bofe, ou pegava ou morria.
Nara: antes tivesse ficado com a segunda opção. -eu ri fazendo uma cara de triste, oh vida, viu? Nunca gosto de ninguém, quando começo a gostar, vem esse pacote de confusão- olha, eu vou até adiantar, se eu olhar de novo pra cara do traste eu vômito. -eu disse levantando e ela levantou sem seguida-
Juliana: tu me engana que eu gosto, tá com medo é de não resistir. -fomos caminhando pro lado de fora da casa- mas sério, mona! Tu também tá muito errada. Assumiu um b.o que não era seu, numa história que tu não tinha nada a ver, por uma pessoa que nem merecia. Agora me diz, valeu a pena? Tu tava toda feliz aí com teu namorado, e perdeu tudo por pouco. -ela disse e eu respirei fundo-
Nara: eu sei que eu errei, em ter me metido nessa merda toda, mas eu sou assim, vou fazer o que? Fiquei com pena da cobrinha. E infelizmente o Eduardo é muito difícil de lidar, poderíamos ter conversado, sabe? Mas ele simplesmente me ignorou, foi pra farra, fez sabe se lá o que...
Um erro não se justifica em cima de outro, talvez a gente não era pra ser. -dei de ombros tentando encerrar aquele assunto, que por mais que eu insista em dizer a todos a minha volta que estou bem, eu estou péssima.-

NARA. (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora