NARA. (M)

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Nara: que isso, Eduardo? -eu disse encarando o anel sem acreditar-
Edu: é teu, pô!
Nara: que meu, Eduardo? Vou aceitar isso não.
Edu: na moral, Nara, comprei pra tu no dia da parada la, tava todo animado pra te dá, pô! Aceita, faz desfeita não, pô! Comprei de coração mesmo.
Nara: mesmo assim, Eduardo! Não tem lógica.
Edu: não tem lógica essa porra que tu fazendo com a gente também, e eu tô aceitando contragosto.
Nara: é diferente, Eduardo! Nem da pra comparar! Qual a lógica de tu da um anel pra tua ex?
Edu: E qual a lógica de tu virar minha ex se a gente se ama? Porra, Nara! Esquece essa parada aí, vamo tentar mais uma vez.
Nara: Eduardo, a gente já conversou! Não adianta a gente continuar como estamos agora sem amadurecer, já disse que não quero tá num relacionamento assim, e você sabe que eu tô certa, só que seu ego é grande de mais pra aceitar. Toma! -dei o anel pra ele que exitou em pegar, mas segurou quando soltei em seus peitos-
Edu: olha merda que tu tá fazendo com a gente, garota!
Nara: a merda quem fez foi você quando não me ouviu. Não vem me culpar de algo que eu não tenho culpa! Eu te procurei e não foi só uma vez! Olha, Eduardo. Já chega desse papo, não temos mais o que conversar, como eu disse, se for pra ser, vai ser.
Edu: eu não vou aceitar ver tu com outro não, tô dando meu papo. -ele disse virando pro lado, respirando fundo e passando a mão no cabelo-
Nara: você não tem que aceitar nada, Eduardo!
Edu: então tenta, Nara! Só fica com algum maluco na minha frente, vou responder por mim não, tô te dando meu papo, abraça! -ele disse apontando pra mim- porra, garota! Tu sabe que eu te amo, já pedi desculpa, não sei pra que isso, pô!
Nara: eu não vou entrar em discussão nenhuma contigo! Já falei o que eu tinha pra falar, já ouvir o que eu tinha pra ouvir também. Tô indo, Eduardo. -eu disse e fui virado, tentando o máximo me permanecer forte, mas por dentro eu tava um caco.
Muito difícil ser apaixonada por alguém e tomar uma decisão dessa, eu estava literalmente péssima, nunca achei fosse doer tanto ter que me afastar de alguém.-
Edu: ou, garota! Espera aí, não vou deixar tu descer sozinha uma hora dessa, tá maluca?  -ele disse vindo atrás de mim-
Nara: não precisa, Eduardo!
Edu: que não precisa, Nara? Eu disse que ia te levar, deixa desse orgulho, pô! Tu não tá na mente de ninguém, nego tá aí doido pra fazer maldade, vou deixar tu ir só não. -eu respirei fundo e aceitei, infelizmente ele tinha razão, seria muita loucura da minha parte descer sozinha uma hora dessas, em visto que o Eduardo mora um pouquinho longe da minha casa.

Nara: obrigada, Eduardo! Se cuida. -eu disse assim que desci da moto e ele segurou minha mão-
Edu: tu tem certeza disso aí, preta? -ele disse olhando nos meus olhos, e eu já estava querendo chorar. E foda ser apaixonada, viu?!- Se tu quiser a gente apaga essas paradas ruins aí que aconteceram, e voltamos a ficar como estava. Nós tava tão de boa, pô! Curtindo um ao outro mesmo, nunca me apeguei a mulher nenhuma igual a tu, porra Nara! Tá maneiro isso não.
Nara: Eduardo, não torna tudo mais difícil, por favor.
Edu: beleza, vou te deixar em paz! Se cuida tu também, sabe que qualquer coisa tô aqui, né?
Nara: obrigada, Eduardo. -eu respirei fundo- vou entrando, tá?! -ele assentiu, soltando minha mão e eu virei pra entrar-
Edu: porra, Nara! Queria fazer isso não, mas tu me obrigada, tá ligado? -ele falou e puxou num ato rápido e inesperado eu já estava encostada na parede de casa e o Eduardo me beijando.
Até tentei lutar contra aquilo, mas meu corpo me traiu se entregando totalmente a ele.

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