NARA. (M)

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NARA 💭

Edu: Tem certeza? O que tu achar melhor, nós faz, tem estresse não. -tinhamos acabado de acordar e eu havia falado sobre irmos embora, tava me sentindo cansada e sem vontade nenhuma de estar mais aqui, no mínimo ia acabar zoando o rolê do pessoal.-

Nara: Acho melhor, Edu. As meninas vão nem querer sair se eu não quiser, não quero estragar o rolê de ninguém. -ele assentiu-

Edu: arruma tuas paradas aí então, quando o pessoal chegar nós mete o pé. -eu assenti e fui ajeitar minhas coisas e já arrumei as do Eduardo também.

Eu poderia ficar, já já íamos embora mesmo, mas perdi real a vontade e senti que nem o Eduardo queria estar mais aqui, era como se tivesse incomodado com algo.

Quem diria, que logo eu inimiga do fim tô querendo partir? Isso mesmo, ninguém diria, mas tô com uma sensação tão estranha, que prefiro me retirar-

(...)

Edu: Acorda aí, ohhh! -Acordei com o Eduardo me chamando, estávamos num posto de gasolina, e eu já tava dormindo, não sei onde tô achando tanto sono- Tá com fome não? comeu nada, pô! -ele perguntou e eu neguei- Débito, irmão! -disse pro frentista- Que não, o que, Nara? Mal comeu, toma pelo menos um suco, alguma coisa aí.

Nara: É sério, Eduardo! não tô com fome, tô enjoada por conta dos remédios. -ele me olhou estranho- Chegar em casa eu como alguma coisa.

Edu: Vou nem falar nada pra tu, pô! Fica aí sem se alimentar...

Nara: Se me der fome a gente compra algo no caminho. -ele assentiu e voltamos pra estrada, não estava muito longe, então fomos conversando assuntos aleatórios-

Edu: Aí, quero conversar contigo, vou te levar lá pra casa, tá bom?

Nara: Sério? Ah não, Edu! Quero ir pra casa, se quiser dorme lá também. O que você quer conversar, por que não adianta logo, Eduardo?

Edu: Amor, quero conversar uma parada séria, na estrada não é o lugar.

Nara: Ai, Eduardo, o que houve? Tá me assustando, não sei pra que começou se não vai falar agora.

Edu: Calma, Nara! Chegar lá a gente conversa, relaxa.

Nara: tu quer terminar comigo, né Eduardo? Já adianta, nem precisa me levar pra tua casa, me deixa logo na minha.

Edu: que terminar, garota? Tá maluca? -ele me olhou rápido e riu- relaxa aí, po! Chegar lá a gente troca essa ideia.

Não sei pra que o Eduardo começou com isso, se queria me deixar curiosa, conseguiu! odeio isso, me mate mas não diga que precisa conversar comigo, fui o caminho todo tentando descobrir o que era, e pelo jeito era algo sério mesmo, ele tava tenso demais.

Nara: Vai Eduardo, começa! -eu disse assim que chegamos no quarto dele-

Edu: Calma, Nara! -ele passou as mãos no rosto e se sentou na cama- Porra, tô nervosão, cara.

Nara: E tá me deixando, né Eduardo! -ele levantou, pegou um papel na mochila e me entregou- Que isso, Eduardo? -eu disse lendo aquilo sem acreditar- Não sei que zoeira é que você tá fazendo, mas pode parar, Eduardo, não tem graça.

Edu: Não é zoeira, Nara! É séria essa parada aí, tu acha que eu ia brincar com uma porra dessas? Nunca, cara.

Nara: Eduardo... Não, não pode ser, Eduardo -eu disse andando de um lado pro outro, já querendo chorar, mesmo sabendo que isso poderia ser uma brincadeira dele.- Eduardo, sério! Não brinca assim.

Edu: Não tô brincando, Nara! Tu tá grávida mesmo! -ele disse e eu me sentei na cama segurando o exame, olha a merda que eu fui fazer, estava sentindo uma sensação indescritível, não conseguia falar nada- Não chora, Nara! Na moral. -ele disse me encarando- Nós dois vacilamo aí, mas tu sabe que eu sou homem pra caralho, já aconteceu, agora é criar nosso filho, pô! Se tu quiser, amanhã eu arrumo um canto pra nós dois e nós cria esse menor aí.

Ele continuou falando, mas eu nem conseguia prestar atenção em nada mais, só olhava pra quer papel, tentando entender quais os planos de Deus, tanta gente querendo ter filho e não consegue e aí logo eu engravido? A maternidade nunca foi um sonho meu, nunca tive vontade alguma, não tava feliz com isso.

Nara: Eduardo... -eu disse chorando-

Edu: Não! Na moral, Nara. Nem sei o que tu tá pensando aí, mas pode ir tirando da mente. Tô ligado que não foi planejado, mas veio e nós vamo assumir essa bronca aí. -ele se levantou e ficou rodando pelo quarto e logo se abaixou na minha frente- Fui pego de surpresa também pô, tava esperando filho agora não, mas veio, não sei quais os planos de Deus, mas uma hora a gente entende, nós dois já damo errado demais aí, vai ver que ser menor é nosso acerto, pô!

perdoem o cap meio fraco, foi só o que minha imaginação tinha pra hoje 🥺