NARA. (M)

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Nara: não, Edu! Levanta vai, tenho que ir.
Eduardo: tem nada, pô! Mó sono, me deixa dormir, na moral Nara.
Nara: Não, já é quase noite, a gente já dormiu o dia todo.
Eduardo: tu é foda, na moral, já acorda atribulando o sujeito. -disse se levantando e eu ri- vamo tomar banho junto, vem. -ele disse com um sorrisinho sacana nos lábios.-
Nara: não, Eduardo! Já tô assada de noite toda, tu não vai querer banho só não, te conheço.
Eduardo: tu é chatona, na moral. -ele pegou a toalha e foi pro banheiro, e eu como não tenho um pingo de vergonha na minha cara, e sou amarradona nesse filho da puta, fui atrás.
Ele tava de costa, enquanto a água caia pelo seu corpo, admiraria aquela cena o dia todo sem problema, mas o corpo dele me chamava.
O abracei por trás depositando um beijo em suas costas e ele logo virou sorrindo me puxando pros seus braços.
Ficamos entre alguns beijos e mãos bobas, mas nem passou disso, tá um clima tão gostosinho, que tô até com medo, eu e o Eduardo nunca ficamos assim...

Eduardo: vai dormir comigo hoje? -ele disse após me deixar em frente a casa da minha tia, com um sorrisinho safado nos lábios-
Nara: ih, é todo dia agora? Se acostuma não, bofe. -ele me deu logo um olhadão, odeia ser chamado assim e eu amo zoar a cara dele.- vou dormir em casa, amanhã trabalho.
Eduardo: tu brinca muito, Nara! Na moral. -ele balançou a cabeça em negativa e me puxou pra perto dele dando um cheiro no meu pescoço- mais tarde falo com tu, se for brotar na pracinha me avisa.
Nara: tá bom. -dei um selinho nele e ele fez questão de prolongar, aff amo o beijo gostoso desse homem.-
Eduardo: se liga em, tchau. -ele me deu mais um selinho e saiu.
Fui logo entrando na casa da Mirele, a bonita tava só de calcinha e sutiã deitada no sofá.-
Nara: ai vai vestir uma roupa. -ela tomou um susto quase cai do sofá, coitada-
Mirele: tá doida, porra? Susto do caralho. -ela tava com a mão no peito-
Nara: oh, deixa a porta aberta pra qualquer um entrar.
Mirele: vai a merda. E aí, me dá detalhe do desfecho com o seu presente de Deus. -ela disse rindo, e eu fui contando tudinho, nos mínimos detalhes.-
Nara: mas tô com medo, sabe? Não sei se o Eduardo não vai aprontar comigo.
Mirele: relaxa, garota! Aproveita o momento, se ele aprontar, apronta igual.
Nara: ótimo conselho, Mirele. -eu revirei os olhos rindo e ela deu de ombros-

(...)

Edu: onde tu tá, pô? Te liguei mais cedo tu nem aí. -disse após eu atender a ligação-
Nara: oi, Edu! Sai do trabalho e passei no shopping, precisava comprar uma calça nova, tô por aqui ainda.
Edu: e tu nem da um sinal, em? Te falo nem nada.
Marca aí que vou passar pra te pegar.
Nara: não precisa, Eduardo.
Edu: que não, pô? Vou pegar tu aí, vou buscar a Maria e passo aí, marca daí, sem estresse. -eu revirei os olhos-
Nara: tá bom, Eduardo. Vou te esperar aqui, quando tu chegar me avisa

Acabou que eu fiquei rodando pelo shopping, aproveitei pra comer, que mal comi hoje, e eu não dispenso um bk por nada na vida.

Nara: oi, Edu! -eu disse atendendo o telefone e comendo uma barata-
Edu: tá comendo já, garota? -disse rindo- tô aqui já.
Nara: ai, sério? Comecei a comer agora Eduardo, espera aí.
Edu: tu me fode, em?! Tá onde? -eu ri e avisei que tava na praça, demorou nada nada ele brotar lá e ficar querendo comer meu lanche, levou logo uns tapas na mão toda hora que tentava pegar pra ficar esperto.

Eduardo ficou enchendo o saco pra adiantar, ainda íamos passar na casa da mãe da filha dele,  então logo saímos.

Nara: to tão cansada, só quero chegar em casa e cair na cama. -disse assim que entramos no carro-
Edu: cansada... -ele disse debochado- fica o dia todo sentadinha só pagando de patroa pô, cansa nada.
Nara: vai ficar um dia só no meu lugar, depois tu me diz.
Edu: não curto essas paradas, meu negócio é lançar os cortes brabos, tu sabe... Agora vem cá, po! Custa nada da uma moral, sumiu o dia todo, nem pra mandar um "oi cachorro." -me olhou rápido e voltou a prestar atenção na rua-
Nara: tu é dramático demais, cara! -eu ri e alisei seu rosto- o dia foi corrido mesmo! Mal almocei, tô mortinha, segunda feira é uo.
Edu: vou nem falar nada pra tu, pô! Vai dormir comigo hoje.
Nara: que nada, vou dormir em casa, Eduardo.
Edu: ih, qual foi pô? Da nem uma moral pro sujeito.
Nara: só quero dormir em casa hoje, eu em.
Edu: beleza, Nara. -ele ficou calado o resto do caminho, muito difícil de lidar, aguenta nem ouvir um não, nada que o contrarie, que fica putinho, talvez nós dois tenhamos problemas por isso, eu sempre fui independente, desde mais nova, sempre fiz as coisas do meu jeito, no meu tempo, e não aceito que mudem, eu sou assim.
Enfim, como ele preferiu ficar na dele, não era eu que ia falar né?! Fiquei mexendo no celular até ele parar no prédio lá, perguntou se eu queria subir, mas tu quis? Nem eu! Tô fora, a mona me viu uma vez no carro só faltou voar em mim, imagina se ver eu chegando lá com ele, Eduardo viaja.

EDUARDO 💭

Tava me sentindo esses moleques todo emocionadão, pprt, a mandada veio pra desgraçar a minha vida todinha pô.
Mandei o papo na pureza pra ela, tava amarradão mesmo, papo de querer ela como namorada, amiga, minha mulher mesmo, tá ligado?
Nunca me senti assim não, pô! Essa maluca aí me desmonta todo, quando ela mandou o papo de que ia me deixar mesmo, fiquei cismado.

Tava nesse bagulho de última forma, mas sabia que ela ainda se balançava com o pai, mas tô ligado que aquela ali é ruim feito o cão e orgulhosa pra caralho, se ela mandar o papo de que não quer mais, não vai querer e foda-se.

Voltei logo e atrás e te falar? Tô felizão, pô! Uma hora ou outra tô ligado que vamo dá uns choques, seria impossível não dá com o gênio forte daquela filha da puta. Mas fazer o que, pô? Me amarrei em tudo naquela mulher, e queria ficar nosso lance, na transparência mesmo, na lealdade, sendo justo um com o outro.

Pensei pra caralho, e tinha jeito não! A filha da puta me laçou de jeito, me deu um chá, e nesse tempo aí que ficamo longe, senti falta até das brigas, po, e daquele amorzinho gostoso que a gente sempre faz depois dos desentendimento, papo de já brigar pensando na foda depois, tesão puro.

(...)

Edu: cadê a Maria, pô? Te falei pra deixar a menina pronta que ia passar pra pegar ela. -eu disse assim que entrei no AP dela, a menina nem na sala tava-
Patrícia: boa noite Eduardo! Tô bem também, credo! Tá ficando mal educado agora? -dei só um olhadão pra ela, negócio de tá me dando lição de moral, quero nem me estressar- ela tá no quarto, dormiu. -disse e deu de ombros e eu saí indo em direção ao quarto e ela me seguiu-
Edu: tu nem arrumou a menina, pô! Te avisei que já tava vindo.
Patrícia: claro né, um calor desse! Ela tá de banho tomado já, vou só vestir ela! Por que, tá com pressa? -ela disse me encarando e chegando mas perto, mulher é um diabo mesmo-
Edu: ih, tá querendo entrar em minha semana agora? Arruma a menina aí, pô! Tenho que guiar. -eu me afastei e nem encarei a diaba, quero nem problema com essa aí, nem com a outra lá, tô sendo purão com ela, agindo na lealdade mesmo, espero que a mandada não venha me comediar de novo.-