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Edu: Amor, me desculpa isso aí, juro que não queria tu passando por uma situação dessas, tô me sentindo um cuzão, tu não queria ir e eu forcei o bagulho. -ele disse quando já estávamos no quarto-

Nara: Eduardo, sério... Tá tudo bem! Ela tem as cicatrizes delas, dores que talvez eu não entenda! Fiquei mal, acho que porque tô sensível mesmo, mas não tem o que fazer. -eu disse e respirei fundo, tentando ao máximo controlar o misto de sensações que eu estava sentindo.- E se ela acha que a Maria não deve ter contato comigo, paciência! Eu também não vou deixar meu filho com quem não gosto ou confio. Gosto muito da sua filha, você sabe, mas não vou ficar competindo com a mãe da menina. -eu disse tentando transparecer calmaria, mas na verdade eu não estava nada calma, tava com uma vontade fodida de chorar, minha cabeça já querendo doer, uma náusea insuportável, mas eu tava tentando ficar calma pelo meu bebê, morro de medo de acontecer o mesmo da outra vez, desde então venho me cuidando bastante, só que hoje eu não esperava esse desgaste-

Edu: a questão não é essa, Nara! Tu é minha mulher, pô! Mãe do meu filho, como é que não vai ter contato com a minha filha? Patrícia tá atrás de guerra, ela vai achar guerra mano! Justiça tá aí, porra, tá pensando que eu sou otário. -eu respirei fundo e ele se sentou na cama passando a mão na cabeça visivelmente estressado-

Nara: calma, Eduardo! -me sentei ao seu lado e senti um incomodo na minha barriga-

Edu: não quero ver tu passando por essas coisas, cara! Tu não merece isso, me desculpa, amor, por favor! -ele me abraçou de lado e alisou meu cabelo- Sério, olha as coisas que tu passando, Nara! Eu fico me perguntando se eu te mereço, porra! Tô me sentindo insuficiente pra caralho.

Nara: Para Edu, para de se culpar. A culpa não foi sua. -eu disse alisando o rosto dele- Ai! -eu disse passando a mão na barriga após senti uma pontada próximo ao abdômen e ele me olhou assustado-

Edu: qual foi? -ele disse me encarando-

Nara: uma pontada aqui. -alisei o local- neném deve tá agitado com tudo que aconteceu, a médica disse que sente todas minhas emoções. -eu disse alisando a barriga tentando fazer aquilo aliviar e ele começou a fazer carinho também.-

Edu: vem cá! -ele beijou meu ombro e se deitou me puxando pra deitar em seu peito- Eu amo vocês! -ele disse e eu levantei meu rosto sorrindo fraco-

Nara: A gente também te ama, Edu! -alisei seu rosto- Sou tão apaixonada por você! -ele beijou minha mão-

Edu: eu que sou apaixonado por você, mulher! Tu é minha vida, tu e meus filhos são as coisas mais importantes da minha vida, papo reto. -ele disse e eu sorri encarando- É sério, não sei como eu vivi tanto tempo longe de ti, cada dia que passa eu sinto mais vontade de tá com você, sabe? Nunca na minha vida eu ia imaginar que ia ser louco em alguém assim, tu me enfeitiçou sua bandida! -eu sorri pra ele e o beijei-

Nara: te amo! -sussurrei e em seguida respirei fundo por senti outra pontada, dessa vez mais forte, mas disfarçei, e me endireitei na cama afim de achar uma posição confortável-

Edu: Tá sentindo alguma coisa? Fez uma cara estranha aí. -eu neguei-

Nara: Foi só uma pontadinha aqui -apontei pro local- mas tô bem, fica tranquilo.

Edu: certeza, amor? -ele me olhou preocupado e ei assenti sorrindo fraco- se tu quiser a gente vai no hospital.

Nara: Calma, Edu! Não é nada demais. -ele assentiu e disse que ia tomar banho.

Continuei deitada na mesma posição sem nem me mexer, só alisando minha barriga afim de não sentir mais nenhuma dor, acho que o estresse não fez bem pro meu bebê, ele estava bastante agitado.

Nara: Calma, filho! -eu falei baixinho e alisei minha barriga. Vou dizer que não tava com medo? Eu tava. Tentei ao máximo livrar meus pensamentos do que aconteceu hoje e fiquei tentando tirar todos os sentimentos ruins que me rodeavam, senti a dor ir se intensificando e ficando mais forte, dessa vez além das pontadas, senti também no pé da barriga, me encolhi na cama e apertei meus olhos respirando fundo afim de tentar fazer aquilo parar.-

Edu: Qual foi Nara, tá normal isso não, tá sentindo o que, fala logo! -ouvi o Eduardo falar, mas nem abri os olhos de tanta dor que eu tava sentindo-

Nara: Tô sentindo muita dor. -eu disse chorando- Meu filho Edu, tô com medo.

-
e aiiii?

O que vocês acham que vai acontecer? 👀

100 💭

NARA. (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora