96 - M2

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NARA 💭

Fim de ano chegando, e eu só penso no recesso, saí hoje, 23 e só volto dia 03, tem coisa melhor? Com certeza não.

Ju: por mim a gente ia dia 26. -vamos viajar pra arraial, vai a gente e uns amigos do Juninho-
Amanda: por mim também, só não falo de ir antes se não minha mãe me mata.
Thay: também acho melhor ir dia 26, até o trânsito vai tá mais de boa.
Nara: tanto faz, se bem que meu apito aqui tá mudo né, por mim a gente ficava por aqui mesmo.
Thay: Tá assim com medo de ter recaída!
Ju: ai, vocês são tão atrasadas...
Nara: vai tomar no cu, Thaysa!
Amanda: atrasadas porque Juliana, pode ir contando.
Ju: eu não, vocês que lutem pra descobrir.
Thay: bora Nara, abre o bico, deu pro Eduardo né safada?
Nara: aí amigas! -eu comecei a ri- falhei na missão, mas nem quero conta mais, me deixou na casa dele e dormiu na casa da ex.
Ju: epa, conta a história direito. Vê se vocês não concordam comigo, porque estou achando a Nara errada. A filha dele tava doente... - a fifi comecou a contar toda história- eu acho que não foi pra tanto, ele errou, mas não foi intencional e ainda admitiu.
Thay: Ai Nara, tu deveria se colocar no lugar dele também né, filha dele, como a Ju disse, ele "errou" -fez aspas no ar- mas não foi um erro intencional, tu só vai parar com isso quando ele parar de correr atrás
Amanda: Também acho, Nara! Eu imagino que tu deve ter ficado no ódio, mas deveria relevar, ele não dormiu na casa da ex atoa.
Nara: mas ninguém sabe o que rolou lá, né?! Eu que não boto minha mão no fogo.
Ju: acho que nem teve clima pra nada, Nara. Ele ficou por preocupação mesmo, eu ouvi ele contando pro Juninho, disse que só se ele fosse maluco de fazer uma parada dessas.
Thay: eu que não falo mais nada, Nara fica nesse cu doce, todo dia uma briga, umas infantilidades, tô cheia.
Nara: então não fala ué, tô pedindo pra falar nada.
Thay: então também depois não vem chorar porque dele, porque na maioria das brigas você se comporta como uma menina mimada.
Nara: Ai, me poupe viu Thaysa, não queria me ouvir era só falar, mas pode deixar que eu não falo mais com você sobre isso não.
Thay: me poupe você, Nara! Não aguenta nem ouvir uma opinião contrária a sua que fica putinha, é mimada sim, não vou ficar passando a mão na tua cabeça vendo que tu tá errada.
Nara: e onde que eu tô errado aqui? Ah, pelo amor né Thaysa.
Ju: ih, gente! Bora parar vocês duas né?! Deus me livre, do nada.
Amanda: pois é, estavam de boa agora.
Nara: eu vou pra casa.
Ju: Nara, para com isso! Vocês duas são primas, gente, amigas! Que desnecessário isso, acho bom vocês pararem, coisa de criança, nem parecem duas adultas! -ela disse e ficamos todas caladas, ficou um clima chatão.

Não gostei da forma que a Thaysa falou comigo, meio que jogando na cara as vezes que estava ao meu lado, nunca fiz isso com ninguém, e obviamente não gosto se fizerem comigo.

Juninho chegou junto com o Eduardo pra variar e outros amigos deles, com algumas caixas de cervejas, colocou na mesa e já foi abrindo-

Juninho: qual foi que tão nessas caras de enterros?
Ju: as bonitas -apontou pra gente- resolveram se estranhar aí.
Juninho: tu também tá metida em toda confusão em -ele disse rindo e me olhando e eu dei um sorriso falso- isso é falta do mano, fica estressada.
Nara: vai pra merda!
Ju: Vão beber, vão! vocês tão precisando. -ela disse pegando cerveja e dando uma a cada, estávamos na área da casa, como eu estava num sofazinho sozinha, o outro já foi sentando do meu lado-

Edu: Desfaz essa cara aí, oh maluca! Brigou com a tua prima por que? -eu só dei uma olhada pra ele- Ih, vem pro meu lado não, pô, tô só querendo ajudar.
Nara: Tô na minha, tu que tá procurando aí.
Edu: tu é mo perturbada -ele disse rindo- não achou eu pra brigar, descontou em quem achou né?

Juninho: tão cochichando o que aí, desenrola essa parada mais tarde, irmão.
Edu: tô nem te entendo, mano, tua mulher é a Juliana. -ele disse e os outros dois riram-

Juninho: Ala, Matheus, tá igual Henrique ele, qualquer coisa fica putinho.
Henrique: Vem me meter não po, caô de vocês dois aí.
Matheus: Juninho fica atrás de guerra mesmo, pô! O mano tá na dele aí. -eles ficaram um zoando o outro, e logo acabou que a gente entrou no meio também.

O que a cerveja não faz, nada mais faz! Até eu e a Thaysa que tínhamos discutido tava como se nada tivesse acontecido conversando normakmente.

Amo o conceito de tudo ficar bem quando tem cachaça no meio, Eduardo tava lá fazendo carinho no meu cabelo e eu não tava nem brigando, pelo contrário, tava era pensando nesses últimos acontecimentos, ele errou e eu também peguei pesado demais, vou evitar tocar no assunto e aproveitar o meu momento com ele.

O clima tava descontraído e cheio de risos, toda hora uma zoeira desses meninos, eu toda hora era pauta porque eles zoavam o Eduardo, pareciam até que já nos conhecia e eu só os conheciam de vista mesmo, porque quando estava com Eduardo as vezes eles paravam pra se falar na rua.

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NARA. (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora