Capítulo 67 - Carlos

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 Gatinhas e gatinhos,

Atrasado, mas o capítulo está aí. E o próximo será um bônus do Matheus e da Bruna.

Beijokas e Boa Leitura!

Saímos da casa do Matheus e fomos para a delegacia, eu me sentia um inútil, não sabia o que fazer, queria sair pelas ruas procurando-a, mas não sabia por onde começar, não sabia que caminho seguir. Por onde eles foram?

O delegado fez algumas perguntas a mim, ao Gomes e ao Maurício. Mesmo eu não querendo, tivemos que abster o Maurício de qualquer coisa. Não dissemos ao delegado de seu envolvimento com as falcatruas do Matheus, somente que eles são irmãos. Falamos e falamos e não chegamos a sequer uma pista, a nada. Como pode isso?

Dentre as muitas perguntas do delegado, uma me chamou atenção. Nos perguntou se sabíamos de algum cúmplice do Matheus. Que merda! Havia esquecido completamente da Bruna, já tem algum tempo que ela foi embora, e isso, e todo o nervosismo da situação, acabou afugentando ela dos nossos pensamentos.

# A Bruna! Maurício, a Bruna não entrou mais em contato com você?

@ Não Carlos, depois daquela vez no Hotel em que eu contei a vocês, ela desapareceu. Nunca mais tive notícias.

# Não tem jeito de fazer contato com ela?

@ Eu não sei como.

# Não é possível que não tenha nada, como pode? Não termos uma pista sequer?

Durante horas acompanhamos as buscas, o delegado ligou para a prefeitura da cidade, e das cidades no entorno procurando por alguma casa ou propriedade no nome do Matheus, o que só nos fez perder tempo, pois não encontramos nada, os esforços estão sendo em vão, estou ficando cada vez mais desesperado. O dia já está indo embora. A sensação de impotência está me deixando mais nervoso ainda.

‘ Delegado. Tente Bruna Lima Rodrigues.’

Depois de mais tempo perdido não encontramos nada. Não é possível que ele não tenha deixado uma pista.

Quando o delegado se afasta e ficamos só eu, o Gomes e o Maurício podemos falar sem restrições.

# Não é possível Gomes, não temos nada.

Gomes pensa por um tempo e vira-se para o Maurício.

‘ Durante o tempo em que você ajudou o Matheus e mandou dinheiro, você não lembra de nada que o Matheus tenha feito, ele não comprou nenhum lugar?’

@ Não.. Eu não me lembro. Acho que não comprou nada..

# Merda! Esse cara não pode levar minha moreninha assim.. Não pode..

@ Espera! Tente Pedro Pereira Santos. O nome falso que eu usei durante o tempo em que ajudei o Matheus.

O delegado voltou a fazer as ligações para as prefeituras, não encontramos nada nas cidades próximas. Já tínhamos adentrado a madrugada. As minhas esperanças de encontrar algo aqui estão se extinguindo. A minha vontade é de entrar em meu carro e procurá-la. Sem parar de rodar até encontrá-la.  

@ Continuem em outras cidades, nas divisas, se ele fosse comprar uma casa, ou algo assim usaria um nome falso, tenho certeza.

Depois do que pra mim pareceu uma eternidade. O que realmente foi, pois um novo dia já havia amanhecido. Na verdade já tinha passado e bem do horário do almoço, tivemos uma resposta. O delegado veio com um semblante demonstrando alívio.

‘ A casa foi comprada há dois anos em nome de Pedro Pereira Santos, fica à seis horas daqui, uma cidade praiana, mas bem isolada. Não há uma delegacia no lugar. Mas também não é nossa jurisdição, não podemos ir até lá. Mas informarei a delegacia mais próxima. Eles estarão esperando por vocês.’

Doutor do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora