Capítulo 69 - Carlos

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Gatinhas e gatinhos,

Sei que estou em falta com vocês, mas meu computador realmente não me deixa postar. Hoje eu já estou desde seis horas tentando postar. estou conseguindo agora. Quase meia noite.

Beijokas e não fiquem muito bravos. Rs

DOIS DIAS depois de todo o nosso pesadelo acabar, estamos no São Thomas. Infelizmente não estamos a trabalho. Hoje a Julia terá alta.

Depois que toda a adrenalina do momento passou, a Julia desmaiou na ambulância. Quando eu achei que toda a minha preocupação havia acabado, isso acontece. Ela levou uma pancada na cabeça. Que droga! Porque ela teve que se machucar outra vez?

Deus! Se algo acontecesse com ela, não me perdoaria. Eu prometi não deixar ninguém a machucar novamente e não pude evitar.

Ela teve um corte no braço, que apesar de sangrar bastante, foi superficial. Torceu o tornozelo e levou uma pancada forte na perna, que a deixou bastante dolorida, porém não foi nada sério. Mas a pancada na cabeça. Isso realmente me assustou.

Neurologia não é a minha especialidade. Sabia que provavelmente ela estaria bem. Mas eu não conseguia olhar como um médico e sim como o homem.

O Luis a examinou e disse que estava tudo bem. Que ela perdeu os sentidos por todo o estresse que teve que suportar esse tempo em que esteve nas mãos do Matheus. Mas só consegui relaxar mesmo, depois que o Luis me mostrou todos os exames que comprovavam que a saúde dela estava ótima.

Até alguns minutos atrás, ainda tínhamos algumas visitas em seu quarto, que eu educadamente dispensei. Sei que as pessoas estão preocupadas com ela, mas agora ela precisa de descanso. E depois de todo o terror que eu passei achando que a perderia. Tudo que preciso, é de um tempo a sós com a minha moreninha.

Chegamos em casa um pouco depois das cinco da tarde. A Maria está nos esperando, com a mesa posta e um radiante sorriso no rosto.

- Estou tão feliz que esteja bem. Não sabe o quanto fiquei preocupada, Julinha.

- Está tudo bem agora. Eu só quero descansar um pouco.

- Oh! Você não vai subir pra descansar enquanto não tomar um belo lanche reforçado. Tem tudo o que você gosta Julinha.

Olho para a minha moreninha e vejo seu rosto emocionado. Ela abraça a Maria com um sorriso no rosto, e depois, senta-se a mesa olhando tudo o foi preparado para ela.

- Quer saber? O meu cansaço passou totalmente. E a minha fome, parece ter triplicado só de sentir o cheiro delicioso dessas panquecas. Obrigado Maria!

- Por nada Julia. Era a única coisa que eu poderia fazer, então...

- É tudo que eu preciso agora.

Ela olha pra mim com um sorriso nos lábios.

- Amor! Senta aqui do meu lado.

Ela diz estendendo a mão pra mim. O que eu não daria para que esse sorriso não saísse de seu rosto nunca mais. Beijo sua mão e sento-me ao seu lado.

- Eu vou deixar vocês tomarem café à vontade.

- Não mesmo Maria! Vem tomar café com a gente. E eu não aceito não como resposta. Você fez comida para um batalhão, vai ter que nos ajudar a comer.

É tão bom vê-la assim. Leve e tranqüila. Ela se livrou de um peso tão grande, não há mais sombra de tristeza em seus olhos. Acho que nunca a vi tão relaxada. Nem mesmo quando a conheci, na época em que achava que ela era feliz com o Ricardo.

Doutor do CoraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora