➤ Pessoas gentis

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Eu mal consigo respirar quando acordo, mas pelo menos não há alvoroço

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Eu mal consigo respirar quando acordo, mas pelo menos não há alvoroço.

Apenas abro os olhos para me livrar do pesadelo. O quarto está claro, a porta ainda está fechada o que me sugere que nenhum dos rapazes tentou me acordar. Eu me sento na cama sentindo-me completamente dolorida e acabada e olho para os lados. O grande quarto é uma zona, mesmo que nada esteja espalhado, são montes de bagunça, cada um em seu canto. Há uma xícara de café na mesa de cabeceira ao meu lado. Ainda está fumegante, acho que eles só a deixaram para quando eu acordasse.

Eu hesito, mas com nada em mente, decido bebericar um pouco, minha garganta parece seca e é insuportável por um longo momento, mas eu tomo todo o café e depois deslizo para fora da cama. O calor abandona meu corpo e eu me abraço ao me arrepiar, parece muito convidativo voltar para a cama.

Pego um cobertor e o dobro no meio, o colocando sobre meus ombros. Minha mente está no modo mudo e meus ouvidos estão zunindo, mas eu ainda visualizo o pesadelo que foi a noite anterior, correr para deixar minha casa quando eu devia ter ficado e tentado lutar.

Passo a mão na parede quando saio do quarto de Fred, sentindo sua textura crespa do papel de parede na ponta dos dedos. Descendo as escadas à esquerda, ouço o barulho de papéis sendo remexidos e a ponta da pena os rabiscando. É uma casa estreita e um tanto pequena, pintada com cores quentes, a cara de grifinórios viver assim. Há silêncio quando os degraus acabam, os gêmeos me olham por cima do ombro, estão em um sofá vermelho, curvados sobre algo de frente a lareira, mas eu não consigo capitar nada em minha visão. Eles rapidamente se levantam e pulam por cima do sofá para virem em minha direção, prontos para me ajudar.

Eu penso por um momento, será que eles vão pensar que eu quero levar suas coisas? Ou que vou pedir para ficar por causa do cobertor em meus ombros?

Eu tiro o cobertor e estendo na direção de um deles.

Preciso de um momento para os diferenciar, pelo que peguei notas, George é o que fica mais sério, ele que tem o controle da situação, pensa mais antes de falar. Fred é mais direto nos toques, nas interrupções, ele não hesita, mas é igualmente cuidadoso na presença do irmão. George tem uma postura mais ereta do que o irmão. Fred tem um tique de piscar rapidamente vez ou outra como se precisasse ficar acordado. E o óbvio, George não tem mais a orelha esquerda.

— Bom dia, linda— é Fred quem cumprimenta primeiro.

— Conseguiu dormir?— pergunta George.

— Sim, obrigada— eu me abraço, George nota os pelos do meu braço se arrepiando, então pega o cobertor das mãos do irmão e o coloca por cima dos meus ombros— Não.— eu tento me afastar, mas George prende o cobertor nos meus ombros, mantendo-o com uma mão— Eu tenho que ir, George— resmungo segurando a mão dele e tentando abri-la.

HUMAN, George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora