➤ Eu não sei

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CARTER

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CARTER

Eu quero afundar minha cara na terra e não voltar nunca mais. Fred é um sacana, ainda estou envergonhada por imaginar que os outros estavam mesmo esperando para ver se George e eu transamos, mas tento não me concentrar demais nisso. Ron já ficou vermelho o suficiente por nós dois.

Estávamos todos perfeitamente acomodados sob o céu estrelado, os Weasley no holofote coordenando a reunião, relembrando de histórias de família, mencionando mais o irmão Charlie do que qualquer outra coisa, ou O Aventureiro, como apelidei em segredo. Bill estava falando de uma vez que ajudou o irmão com um dragão Meteoro-Chinês, teve até de se levantar pra extravasar a excitação da lembrança, contando dos feitiços de proteção e a adrenalina fazendo sua pele formigar, ele querendo sair, Charlie apenas tentando se aproximar, evidentemente Bill estava muito tenso naquele momento e agora falava como se tivesse sido épico, no bom sentido. Eles poderiam ter morrido... Será que eu me lembrarei das minhas lutas com tamanha empolgação no futuro?

Nem sei se espero que sim. No momento, não estou nada afim de pensar nisso.

Eu só desvio os olhos de Charlie um segundo porque sinto olhos queimando a minha pele, então me deparo com Harry Potter me encarando fixamente do outro lado da fogueira, o semblante do mais novo completamente sério. O encaro de volta de rabo de olho e minhas sobrancelhas se unem, o perguntando o que ele quer, George ri atrás de mim, estou acomodada no seu calor, não muito afim de sair de perto dele. Harry apenas aponta o queixo para a casa e se levanta, dá a volta pelos seus amigos tocando o ombro de Hermione e entra em casa, olha para trás e me chama mais uma vez sem que os outros reparem. O dou mais um minuto antes de decidir levantar. Acho que ele não quer mesmo que George esteja por perto, e movida pela curiosidade, manterei assim. Por enquanto.

— Vou no banheiro— sussurro para meu ruivo, ele beija minha bochecha e afrouxa o abraço que estava me dando para que eu me levante. Passa a mão na minha bunda para tirar o excesso de areia, não contesta nada, concentrado no que quer que Luna estivesse lhe falando naquele exato momento.

— Oh, querrida, pode levar os pratos pra mim, por favor?— Fleur pergunta discreta e timidamente, parece cansada, assinto e lhe sorrio pegando-os de sua mão— Obrigada e desculpa.

— Não é nada— murmuro ao me afastar. A casa toda está escura, Fred desapareceu da roda, talvez tenha ido mijar por aí. Limpo os pés no tapete e desvio-me de um senhor dos sonhos na porta dos fundos, entrando. Coloco os pratos na pia e acendo as velas fazendo um gesto com a mão, mas elas logo são apagadas de novo. Tive apenas um vislumbre do Potter escondido nas sombras, reprimi o pequeno susto— Queria falar comigo, Potter?— pergunto, cruzando os braços e me encostando na pia virada para a escuridão que ele se escondia me impedindo de ver até mesmo suas curvas.

— Queria me desculpar por hoje cedo de novo. Não devia ter te tratado daquele jeito, mas você era uma estranha num esconderijo que eu estou, então... Enfim, eu posso ter exagerado. Sinto muito mesmo.

HUMAN, George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora