➤ Esses garotos

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CARTER

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CARTER

A semana que se passa tem lá seus altos e baixos.

Baixos como na vez que eu discuti com George porque ele não me deixou segurar a faca ao lavar a louça e me tirou de cena me empurrando de lado com o quadril.

— Você age como se eu fosse um perigo!— eu reclamei, irritadiça, tá que eu fiquei encarando a faca afiada por uns minutos atoa, mas não justifica. Eu não vou me matar. Não posso negar que me passa pela cabeça muitas vezes, mas eu tenho muita coisa para fazer, para reorganizar.

— Você é um perigo para você mesma e para os outros, minha moranguinho, é o fardo de ser gostosa. Gostosa e perigosa— ele sorri, debochado, sabe como me deixar sem palavras. Isso é muito irritante, às vezes.

Baixos como "eu parei de chorar, mas me isolei mais". Não faço por mal, mas tranquei a porta várias vezes para que George não se martirizasse comigo atoa enquanto sua vida não para de rodar. Ele está faltando no trabalho só para ficar em casa comigo.

Altos como ele me puxando para um beijo com a desculpa de que precisava checar se a torta que eu estava comendo era tão boa quanto eu fazia parecer, mesmo que ele estivesse com uma fatia da mesma no seu prato.

— Com seu gosto fica melhor— ele disse como justificativa. Eu quase me derreti, incapaz de conter por muito tempo meu sorriso.

— Que nojo.— Fred reclama. Tinha me esquecido que ele estava sentado à mesa conosco— Só é legal quando eu deixo os outros de vela— ele se levanta pegando seu prato e saindo do cômodo.

Altos quando ele lê para mim algum romance tanto trouxa quanto bruxo. George lê com paixão, é genuíno e completamente expressivo. Ele gosta de atuar para mim e comigo.

Altos como quando Fred jogou um bando de insetos na minha cama, mas George já tinha previsto que ele faria algo do tipo e nós fizemos o mesmo com ele. Ele foi esperto, verificou a cama antes de ir dormir, mas esta foi só fachada para que quando ele saísse do seu quarto para ir brigar conosco uma bomba de tinta colorida explodisse bem na sua cara. Ela está impregnada no seu cabelo até hoje.

George não cansa de deixar claro que eu sou sua protegida das pegadinhas do irmão. Quero ver até quando, e aposto como Fred também.

Altos como as outras vezes que eu dormi com George. Eu realmente dormi, sem pesadelos, sem demônios no escuro. Foi ontem, mas ainda conta porque é perto dele que minha mente consegue dar uma desligada. Paz? Ainda não, mas em parte algum sossego. Ele cantarola, gosta de mexer no meu cabelo quando eu deito a cabeça no seu colo e o observo, o deixo falar. Conversas supérfluas e leves definem nosso dia em parte. É legal quando Fred está aqui, mas ainda melhor quando eu estou só com ele.

Queria que fosse para sempre.

— Eu quero sair, Georgie— falo sentando-me do seu lado no sofá. Ele está mexendo com algumas poções, inclinado sobre a mesa de centro, isso é uma polissuco? Não arrisco a perguntar para conferir. Seus olhos encontram os meus, não há desconfiança, ele rapidamente se lembra da promessa que tinha me feito. Ainda não fomos visitar o túmulo dos meus pais. Ele olha para os pequenos caldeirões diante de si e então para mim. Cedo à curiosidade— O que você está fazendo?

HUMAN, George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora