➤ Você sabe

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O mundo parou de girar, não é possível! Eu não sei quanto tempo demora

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O mundo parou de girar, não é possível! Eu não sei quanto tempo demora. Tem um momento que pulseira parece a ponto de amputar minha mão, eu tento como louca achar uma saída da casa. A loja dos rapazes não é longe, eu preciso ir até eles. Eu agrido a porta a toda, mas a luta é inútil.

Entro em desespero, não consigo evitar o choro de pensar o pior. É tudo minha culpa, eu devia ter ido embora no dia seguinte! Sua medrosa, maldita e egoísta! Agora aqueles que lhe estenderam a mão estão pagando as consequências!

Meu Deus, George...

Eu me encolho, me ajoelho diante da porta trancada, passando mal. Por favor, por favor, não! Eu rezo, por Deus, Merlin, Zeus, por Helga, qualquer um que possa me ajudar. Ajudar eles, porque eu não posso.

Fred, por favor. Que este vermelho signifique que você esteja vivo.

Há um barulho na porta, eu me levanto de uma vez, afobada, pronta para lutar. A porta se escancara e os gêmeos cambaleiam para dentro. Parece que o ar só voltou para o meu cérebro nesse momento. Angelina e George dão amparo a um Fred que tropeça nos próprios pés e tem a cabeça sem amparo. Não vejo sangue, mas o ruivo está mais branco do que papel. Fecho a porta correndo quando o trio entra, a pulseira volta ao normal aos poucos, muito lentamente.

— O que houve?— pergunto, ansiosa.

— Angie?— George chama, pedindo sem falar para que ela me conte o que se passou.

— Você consegue?— a garota pergunta com cara de choro, a voz embargada. George olha para mim quando assente.

— Eu já venho— ele fala para mim como se fosse uma promessa e ajuda o irmão a andar para o quarto.

— Meu cérebro. Tá. Queimando— Fred reclama pausadamente, a voz rouca e distante. Não ouço mais além e os rapazes deixam nós duas para trás.

Angelina desmonta na minha frente, desesperada, cai de joelhos e parece se esquecer como que respira. Me ajoelho na frente dela e seguro seus ombros.

— Angelina...—  eu não sei o que fazer por ela. Quero tanto lhe ajudar. Meus cabelos molhados pesam em meus ombros, mas não mais do que a culpa.

A mulher está desnorteada, seus olhos vermelhos e as lágrimas transbordando sem parar.

— Espera— ela pede, ofegante, ela se ajeita, aponta a varinha para a porta e murmura feitiços de proteção. A casa toda parece estremecer. Dou a ela mais uns minutos, espero que não esteja com raiva de mim, mas ela se afasta do meu toque e eu sei que está. Não tiro sua razão, eu também estaria. É tudo culpa minha— Eles estão procurando você— seus olhos negros se cravam nos meus, confirmando meu medo. Perguntaria se Bellatrix estava com quem quer que os tenha atacado, mas sei que eles já estariam mortos se ela estivesse por perto.

— Eu sei. O que aconteceu com Fred?— pergunto piscando rapidamente. Angelina bufa, a raiva se faz mais presente e ela seca as lágrimas bruscamente.

HUMAN, George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora