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— Teve uma vez que eu, Fred e George caçamos uns gnomos do jardim da'Toca e— Lino se interrompe para rir— e eu acabei jogando um para cima que caiu no ombro de George, antes que ele percebesse, o gnomo mordeu a nuca dele com toda a força! Nunca tinha visto ele chorar de dor, foi um dos melhores dias da minha vida!
— Deixe disso, eu nem chorei tanto assim— George reclama. Estamos de novo sentados a mesa e eu apenas ouço suas histórias e sorrio nos momentos devidos— Falando desse jeito, ela vai pensar que eu sou um fraco.
— Quem disse que já não acha?— Lino indaga levantando a sobrancelha. Os dois olham para mim.
— Não, ela me adora— George fala para o amigo e balança a cabeça— Eu sou muito gostoso, já está fisgada.
— Perdão?— sorrio, ficando desacreditada com sua audácia.
— Está perdoada— ele diz, reviro os olhos. Claro que ele não ia perder essa.
— E o Jordan que é o narcisista?— indago.
— Para você ver o que eu aturo!— Lino fala, socando o ombro de George. É descontraído ficar com os rapazes. Em qualquer outra ocasião, eu nunca teria ficado tão tranquila em uma casa cercada por rapazes, mas eles não são ruins. Eu posso sentir.
Há um barulho na sala, eu me levanto depressa, assustada, George segura meu pulso. Minhas mãos começam a tremer.
— Ei, está tudo bem— ele fala, eu o encaro, tentando me lembrar de como se respira— É só minha mãe— ele se levanta e estica o pescoço para fora da cozinha, me puxa consigo, mas eu resisto firmemente, minhas pernas travam. George para e me observa com cautela. Ele lentamente afasta a mão de mim.
Estávamos jantando. Houve um barulho forte, batidas firmes na porta da frente, meu pai foi quem se levantou para ir conferir, as memórias frescas me deixam perdida entre o agora e o passado. George se aproxima e toca minha bochecha com as pontas dos dedos. Eu não quero ir para a sala. Não. Por favor, não.
— Sophia?— ele chama, parece preocupado— Respire— ele recomenda. Eu nem tinha me tocado que não estava respirando. Inspiro fundo cerrando os punhos para parar de tremer.
— Georgie, querido!— chama a voz feminina. Uma senhora ruiva e rechonchuda aparece e eu me retraio mais ainda, seu sorriso vacila por um momento pela surpresa enquanto ela me mede— Ah, querida, você deve ser a Sophia Carter.
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HUMAN, George Weasley
FanfictionHUMANA || Se a guerra não estivesse estourando, quem sabe eu não teria conhecido ele. Não há uma parte minha que se arrependa de ter conhecido ele. Meu garoto com os olhos de raposa. Meu George Weasley.