➤ Me alcance

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WEASLEY

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WEASLEY

Mais um dia se inicia, ele está lindo, belíssimo! Vamos tomar café na sala de estar, Sophia aparece só mais tarde, depois das onze, Fred está ocupado procurando energético na cozinha, Angelina está sentada comigo no sofá, a garota recém chegada fica com a cara amarrada assim que olha na minha direção, me fulminando com os olhos castanhos. Não dormi com ela como parte da punição. Lhe lanço uma piscadela quando Angie não está olhando. Isso vai ser divertido demais.

Sophia pega seu suco de uva e um pedaço de bolo de laranja na mesa de centro e se senta no sofá entre Angelina e eu depois de cumprimentar a outra. Tenho que segurar a risada, ela falta me socar quando me afasto um pouco dela. Mas assim, ela me magoou de verdade mesmo que eu não vá demonstrar. Ela pode dizer que me ama, mas eu sei que não abriu mão daquele erro, eu só te dei um gostinho de como seria se ela me escolhesse acima das outras coisas e agora ela não vai ter mais. Por enquanto. Vou jogar assim, deixar que tudo o que acontecer daqui pra frente, seja escolha dela.

— Vocês não aguentaram dormir no chão, né, seus burgueses safados?— Fred diz retornando á sala— Bom dia para você também, Sophia!— ele diz numa censura de mãe dando a volta no sofá.

— Bom dia, Freddie— ela cumprimenta prendendo os cachos em um rabo de cavalo. Meu irmão sorri malicioso a medindo com a testa franzida, sigo seu olhar, confuso, e então noto os chupões marcando a pele dela. Ah. Sorrio e coço a nuca esperando para ver a implicância que meu adorável gêmeo vai arquitetar. Sophia não repara ou finge não reparar que estamos a encarando.

— Ah, rá! Vocês saíram pra transar, não é? Sabia que não tinha ouvido coisas! Soph, sua safada!— ele fala, Sophia se engasga com o suco e tosse compulsivamente sem conseguir respirar. Eu iria censurar Fred por se meter, mas só consigo rir da reação de Sophia. Ela me olha, vermelha e indignada, Angelina dá tapinhas leves nas suas costas enquanto ela bate nas minhas sem o mínimo de leveza.

— A gente..— tosse— não..— pausa para beber mais suco e limpar a garganta.

— A gente não transou, Freddie— eu completo por ela, a crise de riso que eu estou tendo não ajuda fazer com que meu gêmeo acredite em mim.

— Sério...— Fred começa mas sua namorada o interrompe.

— Não, Freddie. Isso não é da nossa conta— Angie arregala os olhos ajudando Sophia a se acalmar.

— Ah, qual é, não é como se eu e George tivéssemos segredos— ele debocha, Angelina franze a testa curiosa de repente. Sophia me bate de novo. Esse tapa ardeu na hora.

— AI! Eu não fiz nada— reclamo a lançando um indignado, passo a mão no braço e encolho os ombros.

— Para de rir!— ela diz parando de tossir.

— Para de ficar vermelha!— eu zombo afinando a voz— Você não ficou assim ontem a noite.

Ela perdeu as palavras por segundos magníficos.

— Você me paga— Sophia sibila e balança a cabeça negativamente, a cara do desgosto.

— Eu já disse como que vai ser— dou de ombros sorrindo com malícia— A escolha é toda sua em continuar agindo assim.

— Espera, o que aconteceu?— pede a criança intrometida que é meu gêmeo.

— Ela sabe bem— mando um beijinho para minha namorada, tão linda quando irritada, ela infla as narinas e cruza os braços— Eu vou pegar pesado— aviso, porque sou generoso.

— Isso é injusto, George.

— Injusto é o que você quer fazer comigo— acuso e é visível que ela bate com a língua nos dentes. Ah. É ótimo estar com a razão.

— O que ela fez?— Fred insiste, se mordendo de curiosidade.

— Eu ainda não fiz nada!— Sophia se defende.

— Ainda!— repito, cruzando os braços e perdendo o sorriso, inclino-me na sua direção, indignado— A bonita ainda reclama por eu estar me defendendo? Vai entender quando alguém te dá algo bom e do nada quer tirar isso de você, né?

— Eu não sei o que eu quero, está bem?— a garota se estressa.

— Tudo bem!— eu digo— Só é bom que saiba que vai ficar sem as duas coisas até se decidir! Espero que saiba o que é melhor para você, Sophia.

— O que está acontecendo!?— Fred geme vindo para o meu lado— Me conta!— ele me sacode— Você sabe como eu sou curioso!

— Então você não guarda nada do George?— Angelina pergunta de repente, cruzando os braços, chamando a atenção de todos para si. Fiquei confuso um momento, tinha me esquecido que ela estava ali, parece que eu poderia discutir ainda mais um pouco com Sophia. Fred nota que seu pescoço está na reta e fica alerta imediatamente.

— Eu não contei nada, meu amor— ele balança a cabeça, parece com medo.

— Do que? Daquilo?— pergunto só de sacanagem, não faço ideia do que eles estão falando. Fred me dá um murro no ombro— Au— faço careta, essa doeu muito. Angelina se levanta se retirando da sala com o queixo erguido.

— Eu vou arrancar sua outra orelha!— Fred sibila apontando para mim. Fofo. Ele corre atrás da namora e logo eu estou a sós com a minha novamente. Sophia cruza os braços e me encara.

— Você não vai mesmo tocar em mim?— pergunta. Balanço a cabeça e sem a olhar, volto a comer— George— ela tenta tocar meu ombro, mas eu escapo por pouco devorando a fatia de bolo que estava esfarelando da minha mão— Ruivo— ela faz bico, manhosa. Cambaleio ao ficar de pé e a encaro.

— Vai ser difícil para nós dois, linda— sorrio um tanto cínico e umedeço os lábios.

— Está parecendo muito fácil para você— ela resmunga.

— Você sabe que eu estou certo— coloco as mãos nos bolsos e tombo a cabeça de lado. Ela faz careta e se abraça— Eu também não quero me magoar, Sophia— quebro o silêncio que estava se estabelecendo após um minuto, ela me olha de lado, cautelosa— Então antes de me entregar cem por cento, preciso que você saiba o que quer. Não me entenda mal, está bem?

Sophia abaixa a cabeça, ela parece frágil demais, é difícil resistir à vontade de tocá-la, mas é algo que eu vou ter que levar para frente, por mim. Tenho o mínimo de amor próprio para saber quando tenho que me preservar de algo. Vou dar tempo para ela tentar, para ver o que ela vai fazer com essa liberdade; a gaiola está aberta. Se não for do jeito que eu espero e rezo para que seja... eu vou ter que seguir em frente. Eu sei o que eu quero. Preciso que ela me diga se quer o mesmo, tanto quanto eu.

— Sim— ela diz sem me olhar diretamente. Apenas assinto e me afasto, cerro os punhos. Não vou tocá-la, quero ver o esforço que ela pode fazer para me alcançar.

HUMAN, George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora