HUMANA || Se a guerra não estivesse estourando, quem sabe eu não teria conhecido ele. Não há uma parte minha que se arrependa de ter conhecido ele. Meu garoto com os olhos de raposa. Meu George Weasley.
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WEASLEY
Não.
— Não— eu digo imediatamente o que minha mente não para de repetir— Nem fodendo. Não.
Harry Potter quer levar minha namorada que eu ainda estou recuperando para longe de mim? Nem por cima do meu cadáver!
Os outros ainda estão do lado de fora, sou arrastado pelos dois morenos para o meu quarto e o de Sophia para podermos discutir melhor. Me sentei na cama, Sophia se encostou na parede na minha frente e ajudou o Potter na sua narrativa do que estava acontecendo, do que eles estavam falando antes de eu chegar.
Que ideia mais louca. Tão louca quanto a de deixar três adolescentes de dezessete anos saírem por aí sozinhos para lutar contra o Lorde das Trevas. Além do meu irmão mais novo estar com ele há meses, e ele ter o coraçãozinho da minha irmã mais nova, Potter também achava que poderia precisar da minha namorada? Mais um pouco e eu teria que entortar a cara do escolhido, porque só pode ser uma implicância comigo e com quem me é importante! Levanto-me da cama, estressado, esfrego o rosto já sentindo que a simples notícia tinha acabado com meu dia. Sophia acompanha meus movimentos com o olhar cauteloso. Ela se mostrou muito imparcial o tempo todo, aprimorou bastante sua atuação, mas ainda não é impecável. Não tem como não envolver sentimentos numa proposta dessas.
— O que você acha disso?— pergunto, voltando-me para ela.
— Ele disse que poderia ter mais força comigo, não que eu sou necessária— ela diz, ainda buscando ser neutra.
Eu... não dá pra ter uma dr com o Potter me encarando, ele está me estressando já, isso não é muito seguro.
— Com licença, Potter— falo para o moreno o fulminando com o olhar sem querer querendo. Ele está colocando um doce muito tentador diante do rosto da minha namorada com humor instável e faminta por vingança — por mais que ela suprima isso.
— Até mais...— ele baixa a cabeça e sai do quarto, o acompanho para trancar a porta e para descontar a raiva momentaneamente acabo esmurrando a parede com força causando um baque não intencional. Precisei. Apoio-me na porta tentando me manter centrado, quero entender a situação direito. Fecho os olhos e respiro fundo três vezes levando certo tempo para me acalmar, mas Sophia me espera com paciência.
— E o que você está pensando disso?— pergunto de novo esperando uma resposta mais real, já mais calmo, volto a me sentar na cama. A mola range alto com meu peso.
— Não sei ainda. Acho que nem quero processar— ela suspira. Apoio meus cotovelos nos joelhos e a encaro.
— Eu não quero que você vá.— vou direto ao ponto. Ela balança a cabeça com um sorriso fraco nos lábios.
— Eu sei.— Sophia sussurra e eu vejo seus olhos brilhando. Eu estou pedindo demais por querer que ela fique comigo?
— Mas se for questão de força, eu poderia ir com vocês. Também precisaria de tempo para pensar em tudo e...
