➤ Nós estamos bem

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Eles me encaram com desconfiança enquanto me servem chá

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Eles me encaram com desconfiança enquanto me servem chá. Os gêmeos se prendem ao seu irmão mais novo como se sua vida dependesse disso. Claro que Ron está no mesmo lugar que Harry Potter. Que reviravolta estranha. Hermione Granger me encara com a sobrancelha erguida, postura rígida e olhar atento. Eles querem entrar na minha mente, posso senti-los tentando, mas eu não vou deixar acontecer não importa quem sejam. Diga-se de passagem, eu aprendi oclumência brincando. A casa está cheia, o senhor Olivaras está aqui, eu os ouvi mencionar, um elfo de gringotes, Grampo, e dois Lovegood's, a mais nova já me cumprimentou e está sentada do lado de Bill numa postura infantil, me encarando com curiosidade, eu também estou bem curiosa com a ferida em seu rosto. Uma outra loira — sendo esta francesa — que vivo esquecendo o nome sorri para mim, indecisa.

— Você quer biscoitos, querrida?— ela oferece. Gosto do sotaque dela. Sorrio e balanço a cabeça em negação.

Os rapazes já contaram nossa história, está entardecendo e o tempo parece ter parado, o que me é mais tortuoso. Eles só acreditaram em nós quando os gêmeos falaram de coisas que só os originais poderiam saber. Não, não somos uma farsa, por favor, não nos desintegrem com magia. Eu não sei bem como reagir, agora que todos sabem que os gêmeos terem morrido era minha culpa, eu podia estar sendo paranóica, mas eles realmente estavam me encarando o tempo todo. George já notou que eu estou desconfortável, mas ficou dividido entre se agarrar a Ron e vir me socorrer, seu olhar agoniado passava de mim para seu irmão. Eu entendi sua prioridade e tentei relaxar por conta própria para que ele não tivesse que largar o irmão. Acho que no seu lugar também iria temer que ele evaporasse.

— Então você pode fazer magia sem uma varinha agora?— me pergunta Bill, puxando assunto e quebrando o gelo glacial na sala.

— Sim, senhor— balanço a cabeça esfregando as mãos— Não sou uma bruxa muito mais poderosa, no entanto agora posso me virar sem varinha.

— Tudo isso por causa de uma maldição? Meu irmão matou mesmo você?— Ron muda de pergunta antes que eu responda, franzindo a testa, espremido entre os gêmeos que pareciam a ponto de se colar permanentemente a sua pele.

— Ela não está morta agora, está?— George puxa o cabelo do mais novo em repreensão— Fale direito, garoto.

— Desculpa— Ron faz careta— Mas você morreu mesmo?

— Sim... sim, eu morri.— sorrio sem jeito bebericando o chá de maracujá, estava tão doce que chegou a doer. Devolvo a xícara á mesa de centro que me separa da família e me deixa a vista de todos.

— Você parece com Harry Potter. Sua história, digo...— diz Luna Lovegood, inocentemente, piscando os grandes olhos azuis. Eu e o moreno nos olhamos. É.. até que sim.

— Sinto muito por você— Potter me diz, soa sarcástico, somos dois fodidos, eu entendi.

— Também sinto muito por você— levanto as sobrancelhas e aperto os lábios numa linha reta.

HUMAN, George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora