➤ Confiança

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WEASLEY

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WEASLEY

Bato na porta do meu quarto horas depois que ela saiu da sala, não resisto à ansiedade e enfio a cabeça para espiar o cômodo, quero ter certeza que ela não foi embora. Não vamos trabalhar hoje, não confio de deixá-la e Fred ainda está um tanto perturbado, mesmo que consiga esconder isso muito bem na frente da Carter e da namorada.

Sophia está sentada na minha cama, abraçando as pernas contra o peito e encarando os próprios pés. Ela leva um momento para levantar o olhar para mim.

— Oi, George— ela murmura.

— Oi— eu respondo. Nós dois ficamos parados nos encarando. Enorme é o alívio em ver que ela não foi embora. Minha mãe está chegando, tudo vai se organizar— Bem, eu só queria ver como você está... Eu vou...— eu hesito prestes a sair, não tinha o que ver ali. Ela quer ficar sozinha.

— Não— ela pede, eu volto de imediato— Pode ficar, por favor? Eu gosto da sua companhia.

Sorrio e entro de vez no quarto fechando a porta atrás de mim. Dou uma corridinha e pulo na cama, me sentando de frente para ela. Eu quero muito perguntar como ela está, mas não tenho certeza se ela quer dizer.

Então faço o que faço de melhor. Vou distraí-la. Como um truque de mágico trouxa que o Potter me mostrou um dia, coloco um cacho atrás da orelha dela e finjo que de lá tirei mais um chiclete. O sorriso de Sophia é suave e breve. Ela não está com o bom humor para isso, mas também não quer me magoar.

— Eu comi um— ela comenta, voltando a olhar para seus pés— Eu gostei— ela acrescenta mais baixinho. Controlo meu sorriso o melhor que posso.

— Não me diga que engoliu— arregalei os olhos, ela me olhou, desconfiada.

— O que? Ele vai grudar nas minhas entranhas?— fala um tanto sarcástica, faço careta e balanço a mão em sinal de mais ou menos. Consigo manter a seriedade até lhe causar certo medo, mas logo dou risada, me curvando. Ela me bate. Que mãozinha pesada!

— Au! Ei— a censuro e agarro seu pulso— Eu gosto de uns tapas, mas nos momentos apropriados. Nem me pagou um jantar!

Piadas de duplo sentido. Ah, minhas favoritas. Todo mundo entende, as garotas mais rápido, umas, como Sophia, tendem a arregalar os olhos de surpresa e depois a risada envergonhada. Adoro como ela não esperava por essa. Ela cora e enterra o rosto nas mãos, resisti em soltá-la.

Ela ri, é silencioso e eu só tenho certeza disso porque seus ombros tremem. Ela se ajeita, um tanto vermelha e me empurra de brincadeira.

— Você é impossível!— ela balança a cabeça.

— Eu sei que sou bom demais para ser verdade— me gabo, dando de ombros. Quero fazê-la sorrir por mais tempo, cerro os olhos para ela, pensando em um meio de conseguir isso— Eu te mostrei a minha parte favorita da casa?— finjo pensar.

HUMAN, George WeasleyOnde histórias criam vida. Descubra agora