CAPITULO 26

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Thomas

Voltamos para a cozinha, ela me ajudou a colocar as coisas na mesa e pegou o café e colocou em duas xícaras.

Nós sentamos, segurei a mão dela e ela sorrir para mim, ela tem o direito de saber algumas coisas da minha vida. Assim como eu tenho que saber da vida dela, eu sei que não vai ser fácil, mas uma hora isso ia ter que acontecer.

— Você me perguntou porque que eu tenho essas crises de pânico e os pesadelos — digo para ela que abaixa a xícara para presta atenção no que eu estava falando.

— Não conte por medo que eu vá embora! só se você quiser mesmo. Eu não vou te julgar — Ela diz apertando a minha mão na sua, tiro a minha mão da sua e faço carinho no seu rosto.

— Quando eu tinha 21 anos, eu conheci umas pessoas erradas que me deram drogas, então eu fui para um quarto de hotel que eu mesmo paguei e fiquei usando la com eles... — digo, respiro fundo para continuar. Ela segura a minha mão e aperta.

— Continuando eu exagerei na dosagem por esta triste com a morte do meu pai e outras coisas, nesse dia eu tive a minha primeira overdose. Os, caras que estavam comigo, tinham saído por um momento atrás de mais e me deixaram sozinho, eu usei tanto mais tanto que isso aconteceu… Eu sentia muita falta de ar e estava morrendo e naquela momento eu só não morrer porque uma camareira entro na mesma hora e chamou uma ambulância fui levado para o hospital às presas. — termino de dizer, ela está quieta não dizia uma palavra.

Ela fez a única coisa que ninguém nunca fez.

— Eu te entendo, quando meus pais morreram eu era muito nova. Fui morar com a minha tia que não me queria de jeito nenhum e ela sempre deixa isso muito claro, uma vez uma noite enquanto estávamos jantando ela bebi muito vinho e já estava bem alterada. Ela começou a dizer que eu fui a pior coisa que aconteceu na vida dela, eu era só uma menina e fui pedir desculpa ela se descontrolou e me bateu muito. Ela acabou me empurrando e vaso dela se quebrou e entrou vidros no meu braço ela não me levou no hospital, disse que eu me virasse. Eu menti quando disse que a primeira vez que eu vi a mãe do Matt foi quando ela me viu na escada… — ela diz, mas para, balanço a cabeça dizendo a ela que tudo bem se ela quiser para de falar.

— Eu vou continuar, eu estava com o braço sagrando muito e doendo sai de casa e toquei a campanhia da casa da dona Rebecca ela atendeu e tomou um susto quando viu uma garotinha tô cheia de sangue e pedindo por ajuda, ela chamou o marido de o senhor Roberto e eles me levaram para o hospital e lá trataram de mim, depois disso eu entrei em depressão e só saí por conta do Matt que me tirou e trouxe alegria de novo — ela termina de dizer, agora eu entendi porque que ela disse que nunca me julgaria ela é tão quebrada como eu.

O jeito que a vida dela foi depois que os pais dela morreram não foi totalmente igual à minha mais ela passou por muita coisa também.

— Nossa, como você aguentou passar por tudo isso e continuar assim — pergunto a ela é impossível após ser tão maltrato você continua do mesmo jeito.

— Eu não tenho motivo para ter o coração de pedra Thomas ou para ter raiva de Deus, eu sei que passei por muitas coisas na vida. Coisas que no futuro eu pretendo contar para você, mas em nenhum momento eu me deixei ser dominada pelo mal que me perseguia diariamente — ela diz, ela não é de verdade.

Ela deve ser um caralho de um anjo cheio de mágoas que veio me mostra que ninguém é perfeito até mesmo ela que sempre anda com um sorriso no rosto.

— Eu e a minha mãe não nos falamos como antes, porque quando meu pai morreu ela se sentiu muito culpada e se esqueceu de mim. Fiquei com babás e nunca mais eu soube o que era ter o amor dela, e eu fiquei sozinho sem ninguém por isso que não gosto de falar da minha família. Porque depois que meu pai morreu eu não tive mais felicidades — digo para ela que está com os olhos cheios de água, ela se levanta e se senta no meu colo e me abraça, retribuir puxando ela para mais perto de mim.

— Eu sinto muito mesmo, eu espero que um dia você consiga ser feliz Thomas. Você não é uma pessoa ruim as pessoas simplesmente não entendem você — ela diz, ainda estamos abraçados, passo a mão nos cabelos dela e sinto lágrimas caindo no meu ombro.

— Olha para mim — peço a ela que sai do abraço e me olha, seguro o rosto dela e limpo as suas lágrimas.

— Eu finalmente sei o que é ser feliz depois que eu conheci você Ana, mas você tem que saber que eu tenho muitos problemas. Problemas que podem atingir você de uma tal maneira que nunca vou me perdoa. — digo para ela, ela segura meu rosto e me beija num beijo lento.

Sua língua invade a minha enfio meus dedos no seu cabelo trazendo ela para mais perto de mim, ela encerra o beijo com selinho demorado.

Ela continua com a testa colada na minha e ficamos escutando a respiração um do outro .

— Você trouxe um colorido novo para minha vida — digo para ela. Abro meus olhos e olho para ela que sorrir para mim...

— Obrigada por me contar — ela diz fazendo carinho no meu rosto com as pontas dos dedos.

— De nada meu amor — digo para ela que me dá um selinho.  Seu celular começa a tocar, ela sai do meu colo e pega sua bolsa a abrindo e tirando o celular de dentro.

— Matt, o que foi é a sua mãe? — ela diz na hora que atende o celular. 

— O que? — ela diz com a expressão em choque, me levanto e fico do lado dela.

Mais um capítulo e cheio de revelações...
Até amanhã
Um cheiro

Sopro da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora