CAPÍTULO 9

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Thomas

Anabertha Miller, eu sabia que escutara esse nome em algum lugar. Ela é totalmente o oposto de mim, ela é boa paciente e gentil já eu não gosto das pessoas e nem de me relacionar com ninguém.

Contudo com ela é diferente e eu não entendo por que, hoje desejo falou mais alto quando eu bati na porta do quarto dela, na aquela manhã ela estava tão linda e com olhar tão triste não sei o que deu em mim, quando eu vi eu estava quase beijando ela.

Se não fosse pelo seu amigo Matt eu e ela com certezas ainda estaríamos naquela quarto, quando ela me colocou para fora eu sabia que foi um erro ter ido atrás dela. 

Quando saí daquele quarto, resolvi visitar o meu pai no cemitério já se passaram 7 anos da morte dele, na época eu so tinha 17 anos, mas ele era o meu pai e ainda sinto dor pela perda dele.

Depois que ele morreu a minha mãe se casou com outro homem e esse maldito fez da minha vida um inferno, me colocou em Internato e sempre colocava minha mãe contra mim e ficava me dizendo que a culpa era minha pela, a morte do meu pai, eu passei anos pensando que essa era a verdade, quando eu voltava para casa era como se eu tivesse entrando no inferno.

Depois de tudo que aconteceu comigo eu mudei completamente fique frio por dentro e sem me importa com as pessoas, quando eu completei 20 anos fui internado no hospital por conta de uma overdose, eu pensei que a minha mãe ficaria do meu lado, mas foi totalmente ao contrário ela ficou dizendo que eu era um irresponsável que só trazia desgosto a ela.

E como sempre o marido dela ficava dizendo coisas que não eram verdades ao meu respeito, as pessoas me julgam como o errado por eu ser quem eu sou agora dizem que eu sou um viciado e uma pessoa ruim. Porém elas não imaginam o quanto eu estou quebrado por dentro… As existem motivos para você ficar assim. 

Quando vi ela no cemitério, ela parecia um anjo e ela estava de branco com os cabelos soltos, um casaco e um cachecol no pescoço para aquecela. Não fui até ela, fiquei esperando até ele terminar de conversar com algum parente dela que estava enterrado lá.

Quando vejo que ela se levantando do chão, os olhos dela começam a passear pelo cemitério até que param em mim.

Essa foi a minha deixa para chegar ate ela, conversamos um pouco e ela me contou que aqueles eram os pais dela e que já tinham se passado 7 anos da morte deles, a parte mais estranha para mim, foi quando ela disse que eles morreram em um acidente de carro e que um motorista bêbado bateu neles.

Isso lembro muito o jeito que o meu pai morreu, minha mãe nunca deixou eu dizer como ele morreu para todas as pessoas ele faleceu do coração por isso que mentir para ela naquele momento.

— Eu já vou indo — ela diz se afastando, não sei o que deu em mim de querer ela por perto para conversa.

Eu tenho amigos vários na realidade, mas nenhum deles tem a mesma leveza dela e eu só queria conversa com alguém, que fizesse eu esqueço de quem eu sou agora e fazer eu voltar a ser aquela pessoa de 7 anos atrás.

— Quer tomar um café comigo? — pergunto a ela…

 Horas depois

— O seu café e um bolo de chocolate — a garçonete coloca na frente dela.

Ela estava sentada na minha frente, tirou o casaco e cachecol e estava com os cabelos para trás, ela olhou para mim e depois para a garçonete.

— Desculpa, mas eu não pedi o bolo — ela diz, a garçonete olha para mim e ela automaticamente olha também.

— Eu que pedir, pensei que você gostasse de bolo de chocolate — digo para ela, a garçonete sai nos deixando a sós.

Ela olha para mim com uma cara de desconfiada, mas acaba sorrindo logo em seguida, ela fica linda sorrindo.

Sopro da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora