CAPÍTULO 56

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Anabertha

Fico olhando o médico tentando ressuscitar ele, fecho meus olhos e oro para que Deus me ousa e não leve o meu amigo embora.

Continuo com os olhos fechados até escutar o som da máquina olha para ela e vejo os batimentos dele voltando ao normal, suspiro com alívio e olho para ele que abre aos poucos os olhos.

Tento chegar perto dele, mas uma enfermeira me impede pedindo que eu aguarde mais um pouco

— Senhor Matt, pode me escutar? — o médico pergunta a ele.

—Sim, — escuto dificuldade na sua voz ao falar, me viro para Thomas e o abraço com força e ele me abraça de volta sustentando todo o meu cansaço e medo.

— O senhor sofreu um acidente e está desacordado a dois dias — ele olha para o médico e assente e depois seu olhar cai em mim, primeiro ele olha direito talvez para ver se não é alucinação.

— Ana — ele me chama, tento ir para perto dele e dessa vez a enfermeira deixa.

— Matt — chego perto dele e pego a sua mão segurando com força e sinto ele abertando de volta.

— Porque você não me contou Ana? — ele me pergunta, seu olhar sai de mim para o Thomas que está parado no mesmo canto.

Os médicos já saíram do quarto avisando que passariam outra hora para ver como ele está.

— Eu sinto muito Matt — meus olhos se enchem de água de novo ao me lembra o porquê dele está aqui e que a culpa é minha.

— A culpa não foi sua my baby — sorrio ao escutar ele me chamando pelo meu apelido de infância, ele me chamava assim quando éramos pequenos e é muito raro escutar ele me chamar assim de novo — a culpa foi daquele infeliz, quando eu sair daqui… vou acabar com ele — ele termina de falar com dificuldade.

— Você não tem que se preocupar com nada Matt — escuto Thomas falar e levo meu olhar até ele que se aproxima de nós — Ele já está preso e tão cedo vai sair.

— Eu sei que ele está preso — Matt fala olho para ele sem entender, como ele ficou sabendo disso.

— Como você ficou sabendo disso? — pergunto a ele que tenta se mexer e geme de dor — Depois você me fala, agora descansar tá bom.

— Vou atrás de uma enfermeira — Thomas fala e sai da sala logo em seguida, olho para o Matt que está com os olhos fechados.

Pego meu celular e ligo para a Luci ela deve estar doida atrás de notícias...no segundo toque ela atende

"Ana oque foi? Ele piorou?" No momento que vou falar para ela se acalmar, Matt toca na minha mão e pega o celular e leva até a orelha.

"Você não vai se livrar de mim tão fácil assim minha bonequinha, eu prometi te da, um porre no dia do seu aniversário" começo a rir e depois paro, o aniversário da Luci é próxima semana Matt e eu alugamos um espaço bem grande no caso uma boate que vai estar aberta só para os convidados que já fizemos até a lista, Luci nem sonho com essa surpresa.

— Ela quer falar com você — Matt me entrega o telefone.

"Oi Luci"

"Graças a Deus ele acordou, estou saindo do trabalho agora lincon vai me levar até aí"

"Tudo bem, estamos te esperando"

"Tá certo, até daqui a pouco"

Ela desliga e eu guardo o celular na bolsa e volto a segurar a mão do Matt, ele me olha e sorrir.

— Eu prometi que nunca ia te deixar se lembra?

— Me lembro, obrigado por não ir — limpo a lágrima que desce pelo meu rosto.

— Nunca mais esconda nada de mim Ana, mesmo que isso me machuque nunca esconda de mim — ele fala com a feição séria.

Balanço a cabeça concordado com ele esta dizendo, uma enfermeira entra no quarto e vai até o soro que está nele e injeta uma injeção

— Esse remédio vai aliviar a sua dor, o senhor vai voltar a dormir por umas horas, mas depois vai acordar não se preocupe — ele fala e sai do quarto.

Seguro a mão dele até ele dormir, solto sua mão e vou até o corredor atrás do Thomas encontro ele sentado em uma das cadeiras e me sento do seu lado segurando a sua mão.

— Obrigado por esta aqui comigo — digo olhando nos seus olhos

— Tudo por você meu amor…

                                                  Continua...

Mais um capítulo amore, votem muito porfavor...
Até a próxima

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