CAPITULO 10

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Anabertha

Ele estava na minha frente com um olhar distante, depois que saímos do cemitério viemos para um café que fica bem do lado. Nunca imaginei conta da minha vida para ninguém, contudo com ele eu não conseguir me segurar e a acabei contando algumas coisas…

— Eu não gosto de falar da minha vida — ele disse, tudo bem as vezes as pessoas não gostam mesmo.

— Tudo bem, então me conta coisas que não são muito sérias? — digo para ele, olhar dele muda como se uma nuvem preta tivesse passando por ele.

— Eu já disse NÃO quero falar sobre mim, é difícil entender — ele diz batendo na mesa, ele tira um cigarro de dentro da jaqueta e acende ele começa a fumar na minha frente, eu odeio esse cheiro de maconha odeio.

— Eu só te fiz uma pergunta, não precisa ser tão idiota assim — digo para ele, que dá uma tragada e sorrir.

— Vai se acostumando princesa — ele diz em forma de ironia. Eu não entendo ele em menos de uma hora ele mudou e voltou a ser o mesmo idiota de sempre.

— Só para você ficar sabendo eu não sou obrigada a me acostumar com as suas idiotices — digo para ele, começo a pega minhas coisas que estão na cadeira, chego perto dele e falo — Essa foi a última vez que sentei para conversa com você, só para te lembrar foi você que me chamou, foi você que disse querer conversa comigo… adeus Thomas e até nunca mais. 

Saio da cafeteria como um furacão, olho em volta atrás de um táxi, eu sou muito idiota eu pensei por um momento eu pensei que poderia ter uma conversa normal com ele, mas ele só sabe ser um filho da puta ignorante. 

Sou puxada pelo braço e meu corpo vai ao encontro do dele, sua respiração bate no meu rosto, olhos dele estam na minha boca e sobem até os meus olhos, ele continua me segurando perto dele…

Eu não sei o que me fascina tanto nele.

— Eu... — ele começa mas não continua como se as palavras tivesse fugido da boca dele.

— Você o que ? — eu pergunto a ele.

— Eu não posso falar com você, eu não posso — ele me diz, ele se afasta um pouco de mim, mas as suas mãos não me soltam.

— Então não fale — digo tirando a mão dele do meu braço, chamo o táxi que para na minha frente, abro a porta, mas antes de entra olho para ele.

Que continua no mesmo canto me encarando, entro do táxi sem olhar para trás… 

Na manhã seguinte 

Acordo com o despertador tocando que nem um louco, desligo ele e levanto da cama amarro meu cabelo em um rab de cavalo e vou até o banheiro e tomo meu banho e escovo os dentes, coloco uma calça preta e uma blusa de cola alta branca, pego os meus livros é minha bolsa que estavam na cadeira e vou para minha aula…

Do dormitório até o Campos não demora tanto, chego em menos de 20 minutos e vou direto para a minha aula. 

Lúcia estava sentada no canto de sempre, abro um sorriso para ela que retribui..

— Pensei que você não ia vir hoje — ela me diz, Lúcia pode não ser a minha melhor amiga, mas eu gosto muito dela e ela é tão doce e gentil até mais do que eu…

— Não posso ficar faltando, então levantei a cabeça e vim — digo para ela. Não posso ficar deitada sofrendo pelo, o que olivia disse eu não tenho culpa de nada do que me aconteceu…

— Ah! — ela diz do nada me assustando — o Thomas Anderson perguntou por você ontem, eu disse que não sabia notícias suas e que também estava muito preocupada… Ele perguntou a onde era seu dormitório e eu disse — ela me diz, então foi assim que ele descobriu a onde eu estava.

— Você não é do tipo que fala qualquer coisa para uma pessoa sem saber o motivo, o que realmente ele disse para você — pergunto a ela.

Lúcia não é do tipo que sai dizendo as coisas para pessoas aleatórias sem motivo, ela nunca diria onde eu moro sem saber as porque antes.

— Ok, ele me disse que vocês estavam ficando mas você não disse a ele onde morava, ele estava preocupado com você e queria te ver — ela diz, meu deus o caro mentiu só para me achar… será que ele é um psicopata seguidor.

— Ah sim, — falo,se ele quer entrar nesse joguinho, beleza…

O professor chega na sala faltando pouco minutos para 8 h, minha cabeça estava longe daquela sala pensando que já é a segunda vez que eu e ele quase nos beijamos e como o destino está colocando ele no meu caminho direto, na “boate”, no meu quarto e no cemitério…

Ele parece tão diferente do que as pessoas dizem, ele foi simpático comigo e tem um sorriso que poucas pessoas viram. Contudo do nada ele muda quando é para falar da família dele ou até dele mesmo…

— Senhorita Anabertha — escuto o professor me chamando, saiu dos meus pensamentos e olho para ele.

— Sim, professor — digo. — Estou perguntando a sua opinião sobre o livro romeu e julieta do William Shakespeare — ele me pergunta, na realidade eu não sou muito fã do livro romeu e julieta.

— Sendo sincera professor não é um livro que me fascina muito, só julgo que é uma história de amor muito trágica — digo para ele que só balança a cabeça concordado. 

Final da aula

— Você viu o Matt hoje — Lúcia me pergunta, eu acredito que ela deve saber que o matt não gosta de mulheres assim ela segue.

— Lúcia tenho que te contar uma coisa em relação ao Matt. — digo a ela, que me olha com esperança… Aí meu Deus tô com do dela, mas ela tem que saber.

— Lúcia, o matt é gay — digo a ela, o sorriso dela vai desaparecendo gradualmente.

— Você sabia e não me contou? Me deixou criar esperança nele, sabendo que ele nunca ficaria comigo — ela diz, ela começa a sair mas eu a puxo pelo braço.

— Você acha mesmo que se eu soubesse que ele é gay antes, eu não teria te contado? — pergunto a ela que balança a cabeça negando.

— Aí que triste eu me apaixonei por um, cara que é gay, eu tenho muito azar na vida — ela diz rindo e começo a rir também e a abraço.

— Você vai encontrar alguém legal — digo para ela.

— Tomara — ela diz, saímos da sala juntas entretanto ela vai para um canto e eu vou para a biblioteca, chegando lá eu deixo minha bolsa em uma mesa e começo a procura um livro.

— Ana — escuto alguém me chamar, olho para trás.

— Você — digo olhando para ele…

Mais um capítulo finalizado com sucesso, desculpa a demora gente mas eu estou começando a ficar sem tempo por conta da faculdade e dos estágios que eu estou correndo atrás...
Mas o livro vai continuar
Bjs e um cheiro
Até daqui a pouco

Sopro da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora