CARLA DIAZCarla: Você não ouviu uma palavra do que eu disse? — gritei para Keh.
Estávamos no carro, dirigindo para um evento de caridade realizado anualmente em memória do ex-goleiro Alexandre Escobar Ferreira
.Escobar era goleiro do São Paulo que morreu em um acidente de carro, em julho de 1992.. O futebol brasileiro patrocinavam o evento de caridade desde então. A SporTv comprou três mesas esse ano. Foi o meu primeiro convite, mas Keh, como vice-presidente de Marketing, participava há anos.
Kerh: Eu ouvi. Ele é um babaca. Ele te mostrou o pau dele. Ele te envergonhou.
Carla: E ainda assim você me pergunta se eu sonhei com ele na noite passada?
Keh: Você sonhou Carla Days?
Carla: Não! — Talvez.
Keh: Eu sonharia. — Ela encolheu os ombros.
Carla: O cara é arrogante e grosseiro.
Keh: Parece que ele é o seu tipo.
Ela foi certeira. O meu histórico de encontros não era o melhor. Eu tendia a me sentir atraída por caras do tipo errado.
Carla: Não mais. Após esta longa desintoxicação, eu vou namorar apenas homens agradáveis, bem educados e confiáveis.
Keh: Eu vou apresentá-la para o melhor amigo do meu pai, o Senhor Ademar.
Carla: Que engraçadinha.
Keh: O quê? Ele é muito agradável. Eu juro. Tenho certeza de que é por isso que sua esposa se divorciou dele e se casou com o instrutor de dança de salão de quarenta e cinco anos. Ele era muito chato... quero dizer, agradável.
Carla: Eu vou manter Ademar em mente.
Keh: Então, o que você vai fazer na próxima semana se ele fizer isso de novo?
Carla: Ignorá-lo e continuar a entrevista. Eu esperava que ele fosse um idiota, mas não que me mostrasse o pau. Ele me pegou desprevenida. Vou estar preparada na próxima vez. Eu estou pronta para ele agora.
Se estivesse usando calcinha, ela poderia estar um pouco molhada só de eu pensar no corpo dele.
Keh: Você acha que ele vai estar lá hoje à noite?
Carla: Espero que não. — Uma minúscula parte sombria e masoquista do meu cérebro estava ansiosa para vê-lo. Embora eu jamais admitiria isso.
Foco Carla Diaz, Foco!
Minha mesa estava preenchida com uma interessante mistura de pessoas da Sportv e da Administração do Flamengo, incluindo o neto do proprietário do clube, o encantador Otavio Narvaz, que também era chefe de operações de radiodifusão, o que tecnicamente o fazia chefe do meu chefe, o Sr. Babaca.
Conversávamos há quase uma hora, e fiquei surpresa ao descobrir que tínhamos muito em comum. Nós dois fomos para Stanford, embora ele fosse alguns anos mais velho.
Nossos pais tinham sido jogadores profissionais quando eram jovens, e ambos morreram cedo. Quando tinham terminado de limpar os nossos pratos de jantar, Otavio se inclinou para mim.
Otavio: Quer dançar?
Comentem
VOCÊ ESTÁ LENDO
Aulas, Cria!!
FanfictionSinopse: Na primeira vez que encontrei Arthur Picoli ele estava no vestiário masculino. Foi a minha primeira entrevista como jornalista esportiva profissional. O famoso Atacante do Flamengo decidiu me mostrar tudo. E, por tudo, não quero dizer que e...