ARTHURCarla estava estranha. Sim, muito estranha.
Cochilava em qualquer canto e fazia umas combinações de comidas que nos deixavam de queixo caído. Maria parecia compreender e apenas fazia todas as vontades de Carla
Arthur: Você não pode achar normal a Carla comer calabresa com sorvete de chocolate, Maria! — Falei para Maria na esperança de que me explicasse o que acontecia. — Carla anda fissurada por sorvete de todos os sabores, até aí acho que é normal, quem não gosta de sorvete? Mas, misturar sorvete com calabresa, queijo e pepino não é uma coisa que as pessoas costumam fazer.
Maria: Querido! Para mulheres na situação em que Carla se encontra é muito comum.
Arthur: Ah Maria... Carla só anda estressada com o excesso de trabalho, mas não sei se ansiedade e estresse a fariam comer essas misturas esquisitas.
Maria: É um tolo mesmo! — Ela solta uma gargalhada.
Arthur: Eu, um tolo?!
Maria: Sim, você! Não percebe o óbvio, Arthur. Use essa cabecinha para pensar, que sei que serve para bem mais do que para dividir as orelhas.
Arthur: Poxa, Maria! Não dá para facilitar o meu lado e falar logo o que sabe?
Maria: Larga mão de ser lerdo, Arthur Picoli! O que vocês dois fazem mais do que nunca, quase todas as noites e nem vem com o papo de que não é bem assim, porque sei muito bem que os dois andam praticando muito no quarto aquela atividade que serve também para povoar o mundo...
Arthur: Eita, Maria! Você acha que a Carla está grávida?! — Senhor das chuteiras, pensa em um homem sortudo se isso for verdade!
Maria: É certo que Carla está grávida. Até hoje só vi mulheres grávidas comendo misturas estranhas. E se esse bebê puxar pra você, será um esfomeado.
Arthur: Não! Ela não pode estar grávida, Maria! Carla usa anticoncepcional.
Maria: Para com isso, Arthur! Anticoncepcional pode falhar e você sabe disso. E se vocês não usam camisinha...
Arthur: Maria, não precisa entrar em detalhes...
Caramba é estranho falar sobre sexo e tudo que envolve sexo com Maria. É estranho e não gosto, Parece que estou falando com minha vó, ou Marlene, lembrar de Marlene ainda me causava saudade. Maria se retira, dizendo que ira ao supermercado.
Maria me deixou confuso com toda a conversa de Carla estar esperando um filho meu.
Caramba, se for verdade, ela vai me matar ou me processar. O pior de tudo é que nem posso falar para Carla. Não posso falar assim de uma hora para outra, nem insinuar. Conheço minha brabeza e vou ter que preparar o terreno.
Por que Maria tem que meter essas ideias na minha cabeça? Fica me dando esperanças, e se não for nada mais do que uma lombriga na barriga de Carlinha como tem dito?
Pense na decepção de um jogador! Quero ser pai e só ainda não providenciei uma docinho porque Carla não quer. Tenho 27 anos e não quero esperar mais para ser pai. Quero aproveitar a infância dos meus filhos. Se esperar mais é bem capaz de a criança me levar para passear na pracinha de tão velho que vou estar.
Pego as chaves do carro, pois estava atrasado para o treino. Daria um jeito de conversar com a Carla, quando voltasse, nem que fosse a última coisa que fizesse na vida.
Para tudo tem jeito e meu jeito com Carla até agora havia sido sexo, o bom e velho sexo. Admito que descaradamente usava sexo para convencê-la, mas se estivesse grávida, não sei se sexo seria bom para o bebê.
Dirijo com os pensamentos todos focados em Carla grávida e no quanto ficará linda com uma barriga enorme, carregando meu filho. Eu pai, ainda não podia acreditar. Precisava me manter com os pés no chão, mas nunca fui desse tipo racional e eu só queria era chamar uma coletiva de imprensa e anunciar para o mundo que Arthur Picoli seria pai e de uma filha de Carla Diaz, a mulher mais incrível de todas.
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Aulas, Cria!!
FanfictionSinopse: Na primeira vez que encontrei Arthur Picoli ele estava no vestiário masculino. Foi a minha primeira entrevista como jornalista esportiva profissional. O famoso Atacante do Flamengo decidiu me mostrar tudo. E, por tudo, não quero dizer que e...