Capítulo 106 :

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Arthur: Amor, vem cá! Não precisa chorar! — Arthur me abraça forte, mas tão forte que acabo por chorar ainda mais.

Carla: Eu estou grávida, Arthur! Grávida e nem sei se estou preparada para ter um filho.

Arthur: Como não, Carla? Você tem um aquário cheio de peixes na sua sala, se isso já não é uma prova de sua capacidade materna, o que seria? — Só ele mesmo para me fazer ri.

Carla: Seu besta! Eu estou falando serio Arthur, eu estou com medo! — Eu estava uma tremenda de uma bagunça, que nem Freud daria conta.

Arthur: Não precisa ter medo, amor! Vou estar com você todo o tempo e nós dois vamos enfrentar tudo juntos.

Arthur me beija na boca e toda minha vontade de matá-lo por ter sido tão inconsequente desaparece. A verdade é que eu havia sido tão ou mais inconsequente do que Arthur e não seria justo jogar toda a culpa nele.

Carla: Já pensou no que a maldita imprensa vai dizer de mim?! Vão falar que engravidei de propósito.

Arthur: Eu assumo toda a responsabilidade!

Carla: Não! Acho melhor não! — Só em pensar no que Arthur é capaz de declarar, sinto as bochechas esquentarem. — Já chega toda a coisa com a minha bunda estampada em sites de fofoca e você dizendo que sou sua melhor transa. —  Arthur, eu sei que você só quer me proteger, mas, pelo amor de Deus, eu não tenho a mesma cara de pau que você tem. Eu sou uma jornalista de Sports, as pessoas precisam me levar a serio.

Arthur: Tudo bem! — Até e estranho ele concordar comigo. Sempre tão louco que já devia estar acostumada. — Será tudo do seu jeito.

Carla: Verdade?

Arthur: Sim, amor! Para a mãe mais linda do mundo, eu faço qualquer coisa.

Carla: Então, vamos deixar essa coisa de casamento para depois do bebê nascer?

Custa nada tentar! Eu nem sei se estou preparada para casar com o Arthur. Conheci ele há alguns meses. Arthur se afasta, zangado com o que acabei de falar.

Arthur: Não vamos não, Dona Carla Diaz! Por mim, nós casávamos amanhã mesmo, mas sei lá, deve ter um monte de papel para encaminhar... Mas vamos casar antes do bebê nascer e vamos nos mudar para uma casa maior para que nossa filha possa ter um quarto lindo, todo rosa.

Carla: Arthur! Quem disse que vai ser menina? —  Toda a segurança de Arthur era de dar medo.

E acabo soltando uma risada em meio as lágrimas que se acumulavam em meus olhos. Os hormônios de uma mulher grávida eram uma loucura.

Arthur: Claro que é uma docinho, amor! Uma bem linda como a mãe! E é só a primeira de muitas que teremos, Carla.

Carla: Você é louco!

Arthur: Por você, Carla! Nunca pensei amar tanto uma mulher como amo você e nunca pensei encontrar a felicidade como encontro ao lado de você. Eu quero você ao meu lado, quero fazer de você minha esposa, quero que nossa filha cresça em um lar e quero ter uma família grande, com direito a tudo que uma família grande tem. Crianças precisam de alegria e de gente ao redor.

Carla: Arthur...

Arthur: Não, Carla, eu quero me casar com você, quero adotar um cachorro e um gato, e quero dar para nossa filha, tudo o que eu tive, uma família feliz.

Carla: Arthur... — Não sei nem o que falar para ele. Acho que prefiro quando ele fala suas safadezas.

A emoção toma conta do meu corpo, da minha alma e malditos hormônios que não se decidem se choram ou riem. Ele me puxa para um beijo enlouquecedor, exigindo minha entrega. E eu me deixo levar pelo calor do seu corpo colado ao meu, tentando aplacar a tormenta de emoções que me varrem.

Calor... Calor... Tesão... Paixão... Amor, sim eu amava Arthur  com todo o meu coração e o queria ao meu lado para sempre, mas também não queria me precipitar em nada e ser largada depois.

Não queria repetir a mesma historia do passado, tinha medo de perder Arthur, assim como perdi Marcelo. Sempre pensei que casamento era para uma vida toda e eu queria que com Arthur fosse para sempre.

Carla: Arthur... Eu preciso falar... Eu preciso dizer que eu amo você e quero ter esse filho, mas eu tenho medo de que você se arrependa mais tarde e não sei se vou conseguir superar se você me deixar. Todos sempre me deixaram para trás com uma pilha de problemas para lidar e...

Arthur: Sua boba! — Arthur seca minhas lágrimas com os lábios, despertando a parte sem vergonha que só pensa em safadeza.

Nunca fui uma desesperada por sexo antes, mas agora é só me tocar que pego fogo e imagino mil e uma coisas que posso fazer para provocá-lo, atiçá-lo para que me pegue no colo, arranque minhas roupas e me faça sentir borboletas no estômago.

Sempre achei que essa coisa de sentir borboletas no estômago e ver estrelas eram coisa de adolescente, que com o tempo passava,  mas eu sentia borboletas no estômago e enxergava constelações inteiras quando me entregava ao meu jogador, o mais safado, o mais lindo de todos.

Arthur: Jamais deixarei você, Carla! Você se infiltrou em minha pele, faz parte do que eu sou, do que eu quero ser. Por você, eu quero ser o melhor dos homens, amor! É com você que quero passar todos os dias de minha vida e chego a ter medo de que quando estivermos velhinhos, sabendo o quanto você é fogosa e o meu pau não quiser mais colaborar... Já pensou se você quiser me trocar por um velhinho que ainda dê no couro? — Solto uma gargalhada, rio tanto que chego a soluçar.

Carla: Você tinha que estragar o momento? Só você mesmo para pensar coisas do tipo!

Arthur não existia e foi essa parte impossível dele que me fez amá-lo tanto. Não existe cara feia ou dificuldade que o assuste. Leva a vida na esportiva e sempre procura tirar o melhor da situação.

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