Aulas, Cria!!

Capítulo 117 :

ARTHUR

Marcamos a data do casamento e a pedido de Carla seria uma cerimônia reservada em um local longe dos holofotes da imprensa.

Também havíamos nos mudado para uma casa maior, uma mansão com muitos quartos e piscina para a nossa filha se divertir no verão.

É claro que Carla reclamou, mas acabou convencida pelos argumentos em quanto eu a fazia gozar. Admiro seu desprendimento com os bens materiais, o que comprova que é uma mulher da porra em todos os sentidos.

Para a alegria de minha mãe, Carla havia deixado a organização do casamento por sua conta e pense em uma mulher feliz, multiplique por 10 e terá dona Beatriz, pura euforia e empolgação, ainda mais que ela teve pouco mais de 20 dias para organizar tudo.

Decidimos que devíamos nos casar antes do brasileirão começar. Dona Beatriz, toda linda ao meu lado, aguardava comigo a chegada de minha futura esposa.

Uma tenda havia sido montada nos jardins da cabana, o local perfeito para a celebração de nosso casamento. Infelizmente, a imprensa ficou sabendo e se aglomerava no portão principal. Carla não ia gostar de saber, mas eu não tinha muito o que fazer a respeito, era um homem público e seria estranho que não disputassem a tapa uma foto exclusiva da noiva.

Arthur: Por que ela não pode ser pontual como sempre? — Resmungo para minha mãe.

Beatriz: Porque é uma noiva e é tradição chegar atrasada meu filho. Então, sossegue o pito que ela não fugiu e chegará em breve.

E chegou como mamãe previu, deixando-me extasiado com sua beleza e sensualidade, porque Carla não estava vestida do jeito que as noivas costumam se vestir para seus casamentos, parecendo um bolo, perdida dentro de camadas e camadas de tecido.

As crianças estavam tão elegantes que até precisei apertar os olhos, não conhecia nenhuma, apenas o meu sobrinho, as outras so sabia que eram filhos de jogadores amigos meu.

Pedro, estava orgulhoso com o seu terno. Vinha na frente da tia, enquanto a garotinha ao seu lado jogava pétalas.

Carla, sorria, deixando-me totalmente extasiado com a sorte que o destino me reservou. Eram minha família e só podia jurar amor e proteção para o resto dos meus dias.

Na hora de proferir meu juramento, o fiz cantando, porque cantar um dom escondido. Carla chorou de emoção e apenas consegui puxá-la para meus braços antes do juiz de paz nos declarar marido e mulher.

Ela sempre foi minha mulher, desde a primeira vez que a tive, eu sabia que era para ser ela. Ao invés de dançar uma valsa clássica, acabamos envolvidos ao som de Evidências.

Arthur: Você está tão linda! — Falo em seu ouvido, aproveitando-me de um giro.

Carla: Você também! — Ela devolve o elogio com faíscas no olhar.

Estava feliz e garantiria que o fosse para o resto da vida. Dizem que o amor é construído ao longo dos anos, mas eu discordo. O amor quando é puro e forte acontece e não importa o tempo de convivência ou as expectativas, quando é para ser, será!

E foi assim com Carla. Era para ser ela e asseguraria que nunca quisesse me deixar.

Carla: Foi tudo tão rápido, Arthur, mas tão envolvente que acabei laçada por um jogador safado. — Sorri e meu coração tomba aos seus pés. — Qual foi o segredo para me laçar?

Arthur: Há uma coisa que nunca disse, mas gostaria que soubesse. — Puxo seu queixo com o dedo, querendo encará-la nos olhos. — Foi você que me laçou e tem me feito um homem cada vez mais apaixonado. Certa vez, em um desses rodeios da vida de que participei, um grande campeão me disse que não é o peão que doma o touro, mas o contrário. Você foi brava a ponto de domar o peão e tem meu respeito.

Carla: Devia brigar contigo por me comparar a um touro bravo, mas não consigo! —   Aconchega-se em meu peito, deixando-se ser conduzida; e se eu achava que não podia amar mais do que a amava, estava enganado.

Ali, com ela nos meus braços, carregando minha filha, descobri que o amor era mais do que uma canção bonita ou uma nota musical a ser tocada por grandes artistas, era real e tão envolvente que queria me fundir a ela. Não haveriam problemas ou distância capaz de nos separar, porque Carla era a mulher da minha vida.

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