Arthur: Entrega logo o exame, Carla! — Ela tira o envelope da bolsa e só espero a confirmação da médica, me esparramando na cadeira confortável.Dra: Parabéns, meus jovens! Serão pais e espero que de uma linda menina como desejam!
Que médica mais simpática. Levanto da cadeira e vou abraçá-la, porque foi a primeira pessoa a me parabenizar.
Arthur: Obrigado, Doutora. Eu não podia ser um homem mais feliz!
Dra: Imagino! — Largo a médica antes que Carla dê na minha cabeça com a bolsa. — Acho melhor irmos às orientações, meu jovem. — Alisa o jaleco e eu volto para minha cadeira.
Nem deu tempo para me acomodar direito e levo um beliscão de Carla. É um bicho brabo mesmo, Senhor, preciso me lembrar, que são os hormônios.
Arthur: Quando vamos poder fazer o ultrassom? Eu pesquisei e fiquei sabendo que quanto mais cedo for feito, mais chances de saber a data exata do parto. — Quero programar tudo direitinho. — E precisamos saber informações sobre o teste de sexagem!
Carla: Teste de sexagem, Arthur? — Carla me olha e juro que quando sairmos daqui vai querer me matar, sempre me passa os maiores sermões, que finjo ouvir, porque tem horas que é melhor se fazer de peixe morto.
Dra: É um teste com seu sangue, Carla, e a partir de uma amostra de sangue, é perfeitamente possível saber o sexo do bebê. É um teste pouco difundido e apenas os pais desesperados escolhem fazê-lo. A maioria espera pelo ultrassom.
Carla: A senhora quer dizer desesperados como Arthur Picoli? — A médica sorri e sei que compreende minha aflição.
Dra: Mais ou menos isso, querida! Vamos logo ver como você está e como está o bebê, que não passa de um pontinho dentro de seu útero. —Pega o telefone e disca. — Bianca, por favor, veja se uma das salas de ultrassonografia está desocupada. Quero fazer um exame rápido em Carla. — Volta a colocar o fone no gancho. — Vamos tranquilizar esse pai de primeira viagem e dar uma espiadinha em nossa menininha.
Até a médica achava que era menina, que orgulho!
Dra: Depois conversamos mais.
Arthur: Doutora, tenho uma dúvida! A senhora sabe... Eu e a Carla podemos fazer aquilo...— Tento ser respeitoso com a médica, mas é difícil não dizer que gosto de foder com a mãe de minha filha. — Quero dizer, eu e a Carla podemos...
Dra: Podem sim! Com cuidado e nada de posições difíceis. Carla é uma mulher jovem e acredito que terá uma gravidez saudável. Até não se fazer necessário, vocês dois podem aproveitar e fazer sexo, fará bem ao bebê.
Arthur: Tem certeza? Porque não quero fazer nada errado!
Carla: Arthur, por favor, está me deixando envergonhada. — Carla me olha brava.
Arthur: Mas amor, se eu não tirar minhas dúvidas, como vou poder cuidar de você e da minha filha? O Dr. Goolge é bom, mas nem tanto, e não vou perder a oportunidade de esclarecer tudo com a médica.
Dra: Deixe ele, Carla! Gosto muito quando os pais querem acompanhar a gravidez e Arthur Picoli está de parabéns!
Arthur: Viu só amor! —Puxo sua mão contra minha boca. — Você que anda muito nervosa! São os hormônios da gravidez, não é doutora?
Fomos levados para uma sala com uns aparelhos estranhos e uma maca grande, onde Carla se deitou depois de vestir uma camisola.
Dra: O ultrassom tem que ser o transvaginal, Carla Diaz! É mais preciso na fase de gestação que você se encontra. — A médica fala, para logo em seguida passar uma gosma num aparelho que lembra um pau.
Arthur: Isso é seguro, doutora? — Olho desconfiado para o "negocinho".
Dra: Tão seguro quanto teu pênis!
Falei bobagem só pelo "respostão" que levei. Mas bem feito! Quem mandou me meter em assuntos de que não sou chamado? Carla não parece se sentir desconfortável. Seu único gesto foi segurar minha mão e me fitar com os olhos cheios de entusiasmo quando a doutora apontou para um pontinho minúsculo que ela afirmou ser nossa filha.
A emoção me tomou assim que a médica nos falou que o barulho era o coraçãozinho de nossa filha. Não aguentei e chorei. Era a coisa mais emocionante escutar o bater do coração da minha filha...
Minha filha! Uma parte minha e da mulher que amo. Euforia transbordava de dentro de mim.Estava extasiado e emocionado, de um jeito que fica até difícil expressar.
Acabei chorando porque não sou de ferro e posso ser um palhaço, mas tenho sentimentos e amava muito a nova vida que crescia no vente de minha mulher.
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Aulas, Cria!!
FanfictionSinopse: Na primeira vez que encontrei Arthur Picoli ele estava no vestiário masculino. Foi a minha primeira entrevista como jornalista esportiva profissional. O famoso Atacante do Flamengo decidiu me mostrar tudo. E, por tudo, não quero dizer que e...