Capítulo 125 :

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Se fosse mesmo possível, meu coração inchou um pouco mais no meu peito quando encontrei minha família no andar de cima. Ao chegar à porta do nosso quarto, ouvi Arthur conversar com a nossa filha ele não tinha me ouvido subir. Afastei-me da porta e o ouvi trocar a fralda da nossa filha.

Arthur: Você fede, sabia, bebezinha? Sua mãe sempre cheira muito bem. É por causa disso que provavelmente você vai ter uma irmã ou irmão apenas dois anos mais novo do que você. — Cobri minha boca para abafar o riso. — O que há com este pó? Eu nunca consigo fazer esta coisa sair. — Eu o ouvi bater no pote de plástico algumas vezes e, em seguida: — Merda. — Eu o imaginei abanando uma nuvem de talco branco.

O rasgar da fita de plástico soou de um lado e depois do outro. Maria Clara riu.

Arthur: O que você acha que é tão engraçado, hein? Você é a única sem dentes. — Nossa filha tem recém dois anos, ainda não tinha sua caria dentaria completa.

A cadeira de balanço rangeu, e eu sabia que ele tinha sentado com ela em seu colo. Os dois passavam muito tempo nessa cadeira recentemente. Ele gostava de contar à nossa filha histórias loucas quando pensava que ninguém mais estava escutando.

Arthur começou a contar a Clarinha alguma história sobre Marlene, a queda acidental de seus dentes dentro da lixeira, e eu deixei os dois terem o seu tempo juntos e escapei de volta para baixo. Um pouco mais tarde, Arthur desceu. Sua camisa preta estava metade branca com pó de talco. Ele me puxou para um beijo, então se inclinou e beijou minha barriga.

Arthur: Maria Clara adormeceu há pouco. Há quanto tempo você está em casa? — Eu passei meus braços em volta do seu pescoço.

Carla: Tempo suficiente para ver Maya deitada na almofada gigante que esta na sala. Eu amei. Obrigada. Eu ganhei um prêmio?

Arthur: Um grande. Vou lhe dar mais tarde. — Ele piscou. — Você abriu sua caixa?

Carla: Na verdade, não. Eu queria lhe dar o seu presente primeiro. — Fui até a bolsa que tinha deixado na porta e tirei uma caixa branca simples envolvida com uma fita vermelha.

Arthur: Levei a Maria Clara para o parque na metade do dia para que ela pudesse dormir mais cedo. — Ele balançou a caixa. — Espero que tenha uma lingerie de pelúcia sexy para você aqui.

Carla: Teria de ser um ursinho de maternidade neste momento. — Minha barriga estava definitivamente maior desta vez. Eu a esfreguei. — Não acho que maternidade e conjuntos de pelúcia sexy combinariam muito.

Arthur: Você está louca. Eu acho que você está sexy pra cacete desse jeito. Curvas extras. — Suas mãos ficaram em concha, o gesto universal para grandes seios. — Seios extras. Eu a deixaria assim por anos. Bati em seu abdômen. Duro como pedra. Eu realmente era uma mulher de sorte.

Carla: Abra o meu presente, pervertido. — Arthur desfez o laço e abriu a caixa. Ele coçou o queixo, em seguida, pegou a luva marrom de couro.

Arthur: Você sabe que isso é uma luva de beisebol, certo? Eu jogo futebol.

Carla: Espertinho. — Peguei a bola da caixa e entreguei a ele. — O centro da bola é feito de algodão. Para o nosso aniversário de dois anos.

Arthur: Ah. Obrigado, querida. — Ele se inclinou para me beijar, mas coloquei a mão em seu peito e o parei.

Carla: Experimente a luva.

Ele fez beicinho para a minha rejeição, mas fez o que pedi. Deslizando os dedos para dentro, ele encontrou o meu segundo presente. Depois que removeu os papéis da luva, ele colocou-os sobre a mesa.

Carla: Esses não são enchimento. São o seu presente de aniversário de papel.

A testa de Arthur enrugou enquanto ele desenrolava a primeira de uma série de impressões de ultrassom. Ele olhou para a foto e depois de volta para mim.

Arthur: O que é isso?

Carla: Eu tive que fazer um teste de urina no obstetra hoje. Só para verificar o meu açúcar no sangue. Minha contagem foi normal, mas a médica fez uma ultrassonografia para verificar o meu nível de fluido.

Arthur: Tudo certo?

Carla: Sim. Mas dê uma olhada mais de perto na foto. — Ele a segurou perto de seu rosto.

Arthur: Aquilo é...

Carla: Um pênis. — Os olhos de Arthur se alargaram. Ele nunca admitiria que queria que esse bebê fosse um menino.

Com toda honestidade, ele ficaria perfeitamente feliz com uma casa cheia de meninas saudáveis. Como ele diz, cheia de docinhos. Ele me surpreendeu ao me levantar e me girar.

Arthur: Um pau! Meu bebê tem um pau! — Eu ri.

Carla: Esse é um bom jeito de se referir a isso. — Quando ele finalmente me colocou no chão, falou para o meu ventre.

Arthur: Você ouviu isso, garoto? Você vai ser um homem.

Carla: Hum... Acho que ele vai ser um menino primeiro. — Meu louco marido me pegou de novo e me virou novamente, desta vez gritando.

Arthur: Um menino, nós vamos ter um menino! Um menino, nós vamos ter um menino! — Eu ri.

Quando ele me colocou para baixo, abriu as portas de correr que levavam para o quintal e gritou para quem pudesse ouvi-lo.

Arthur: Um menino. É um menino, porra! Eu tenho a porra de um casal! — Ele gritava tão alto que o bairro inteiro provavelmente sabia agora.

Nem me importava dessa vez de sair na mídia.  Adorei ter dado a ele este presente. Éramos tão abençoados, não havia muito mais a fazer na vida. Nós encontramos o amor verdadeiro, tínhamos uma menina saudável e um menino a caminho, além de amigos que adorávamos e empregos que amávamos.

Éramos felizes além dos nossos sonhos. Sonhos que não eram sequer imagináveis por nenhum de nós há apenas três anos. Quando Arthur parou de gritar, caminhou até mim e segurou meu rosto entre as mãos, falando baixinho.

Arthur: Eu te amo, Carla Picoli.

Carla: Por que você está sussurrando agora? — provoquei. — Não quer que o mundo inteiro ouça o quanto você me ama?

Ele beijou meus lábios.

Arthur: Você não ouviu? Eu acabei de dizer a eles.

  FIM.......

Obrigada por fazerem parte disso, Espero que tenham gostado dessa história, obrigada a cada um de vocês pelos comentários!

CARTHUR VIVE!!!

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