Carla: Talvez depois que eu receber essas várias desculpas múltiplas que você prometeu. — Arthur se abaixou e apertou minha bunda.Arthur: Não há nada mais que eu gostaria de fazer do que transar até ser desculpado.
O que aconteceu com Ana certamente poderia esperar até amanhã.
Dormimos na manhã seguinte só depois que o sol despontou no horizonte após termos trabalhado arduamente naquelas desculpas.
A água aquecida caía em meus músculos doloridos conforme estendi as duas mãos e me segurei na parede do chuveiro. Fechando meus olhos, repassei a maneira como Arthur parecia desolado na última noite. Eu não tinha certeza se foi a emoção da nossa conversa ou não, mas o sexo tinha sido especial, mais íntimo.
Menos como sexo e mais como fazer amor. O pensamento fez meu coração derreter. A última pessoa por quem eu senti isso foi Marcelo. Eu sabia que era ridículo, mas uma parte minha se sentiu culpada pelos sentimentos crescendo dentro de mim.
Arthur disse ontem à noite que queria deixar o passado para trás. E eu também quero. Mas, para fazer isso, eu precisava contar a ele que uma parte do meu coração sempre pertenceria a outro homem.
Eu estava no meio do caminho para o meu compromisso das onze horas para entrevistar um dos treinadores do time rival que jogaria contra o Flamengo quando recebi uma ligação dizendo que eles precisavam adiar até as duas da tarde.
Arthur já havia saído para o treino, assim, em vez de voltar para o meu quarto de hotel vazio, decidi parar por um segundo para uma muito necessária xícara de café. O interior da Starbucks cheirava a abóbora e outono, o que parecia estranho, considerando que estava caia uma leve chuvinha do lado de fora.
Carla: Eu vou querer um Cafezinho de brigadeiro. Eu ia pedir o bom e velho café normal, mas o cheiro me conquistou.
Xxx: Nem me fale. Eu já fiz três hoje.
Carla: Eu imagino.Xxx: Qual é o seu nome? — Ela apontou a caneta para um copo alto.
Carla: Carla.
Xxx: É um nome bonito. — Meus olhos procuraram seu crachá. "Puma". Ela me pegou olhando. — Sim. É o meu nome verdadeiro. Meus pais eram hippies.
Carla: É legal. Único. — Tentei parecer sincera.
Puma: Pelo menos eles me deram um nome do meio legal. Mas pode me chamar de Poo.
Eu sorri e me virei para o outro lado do balcão para esperar Poo (esse apelido, me fazendo lembrar de cocô, não soou tão legal assim) fazer o meu café com leite.
Me aconchegando em uma cadeira enorme de couro no canto, bebi meu Cafezinho de brigadeiro, e abri meu MacBook para acompanhar as notícias da manhã. Minha língua se encolheu quando o café quente queimou a ponta. Droga.
Quando entrei no feed de notícias ao vivo do mundo do sport, mal pude acreditar no que lia. Lá, na primeira página de um artigo de esportes, havia uma foto de Arthur e eu saindo do elevador no outro dia. Não estávamos de frente, mas de outro ângulo. Ainda assim, dava para ver claramente a mão dele na minha bunda.Então eu li a manchete: Repórter do SportTv em triângulo amoroso. Embaixo, havia algumas fotos da briga no vestiário. Uma mostrava Anderson contra um armário com o antebraço de Arthur pressionando seu pescoço. O rosto de Anderson tinha o mesmo sorriso presunçoso que ele me deu enquanto estava provocando Arthur. Merda.
Como é que alguém iria me levar a sério depois disso? Meu telefone começou a vibrar. Era do meu escritório.
Respirei fundo e atendi: Carla: Carla Diaz falando.
Keh: Você estava de calcinha? — Eu ampliei a foto no meu laptop, e não vi absolutamente nenhum traço de roupa íntima.
Graças a Deus. Deixei escapar um enorme suspiro.
Carla: Eu sou a piada do escritório?
Keh: Não tenho ideia. Eu fechei minha porta tão logo me deparei com isto no meu feed. Eu posso ter passado alguns minutos admirando o peito de Arthur antes de mudar o olhar para o seu traseiro.
Carla: Você deveria ser meus olhos e ouvidos Kelly!.
Keh: Depois de olhar para essa foto, eu prefiro ser seus peitos e bunda Carla Days.
Eu atualizei a Keh sobre tudo que havia acontecido, guardando os detalhes da disputa atual e passada de Arthur e Anderson para mim mesma. Eu não queria trair a confiança do Arthur; ele contou a história para a mulher com quem está saindo, não para uma jornalista que ia repassar a história. Foi melhor deixar em "os dois têm um passado complicado".
Keh: Ele vai voar de volta ou vai ficar te esperando até você terminar de cobrir o jogo de domingo?
Carla: Nossa volta está programada com a equipe após o jogo.
Keh: Eu não acho que ele tenha autorização para voar com a equipe.
Carla: Por que não?
Keh: Ah. O que diabos eu sei? O outro artigo dizia que jogadores suspensos não podem ter contato com quaisquer membros da equipe ou assistir ao jogo. Achei que o mandariam de volta de outro jeito.
Carla: Arthur não acha que vai ser suspenso, provavelmente terá apenas uma multa.
Keh: Uh... Eu acho que você não olhou mais nada além da sua bunda na tela, né? Arthur foi suspenso. Foi divulgado há uma hora.
Desliguei rapidamente e vasculhei o resto das notícias da manhã até que me deparei com o outro artigo que Keh estava se referindo. "Arthur Picoli volta para Casa".
O artigo dizia que ele tinha sido multado e suspenso por um jogo por violar a nova política de conduta pessoal da equipe. Anderson, por outro lado, só havia sido multado.
Merda.
Merda dupla.
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Aulas, Cria!!
FanfictionSinopse: Na primeira vez que encontrei Arthur Picoli ele estava no vestiário masculino. Foi a minha primeira entrevista como jornalista esportiva profissional. O famoso Atacante do Flamengo decidiu me mostrar tudo. E, por tudo, não quero dizer que e...