Keh: Você está pronta, Carla Days? — Ela colocou a cabeça dentro do meu escritório.Carla: Pode apostar, Kelly.
A viagem até São Paulo levou cinco horas, embora tenha realmente passado mais rápido do que eu esperava. Keh era uma baita de uma companheira de viagem.
Ela não só fez um estoque essencial para a viagem, fini e mais uma porção de aperitivos, como também, de alguma forma, conseguiu manter minha mente livre de todas as coisas sobre Arthur Picoli, durante pelo menos algumas horas da viagem.
O nosso hotel era perto do estádio. O escritório de viagens corporativas tinha reservado vários quartos, sabendo que a cidade ia ser uma loucura durante os dias que antecedem os primeiros jogos do mata -mata.
Eu queria mudar para qualquer lugar que o Flamengo não se hospedasse, mas a cidade estava inteira reservada. Quando nos aproximamos do estádio, Keh abordou o assunto.
Keh: Vai ser impossível evitá-lo. Eu pesquisei as sorveterias mais próximas. Há um Bobs na quadra ao leste.
Carla: Obrigada. — Eu ri.
Keh: Posso te perguntar uma coisa?
Carla: Claro.
Keh: Você tem que prometer que não vai ficar chateada comigo. — Eu não gostei de como esse pedido soou.
Carla: Ok...
Keh: Você acredita que Arthur não trairia você, mas não acredita que ele superou a Ana?
Carla: Sim. — Não fazia sentido, mas, por alguma razão, era nisso que eu acreditava.
Keh: Você já se perguntou por que acredita nele sobre uma coisa, mas não sobre a outra?
Mesmo tendo gasto os últimos dias apenas pensando em tudo que aconteceu, se eu fosse honesta, eu realmente não tinha me perguntado por que confiava nele sobre uma coisa, mas não sobre a outra.
Carla: Eu acho que é porque sinto que ele pode controlar seus desejos, mas não seu coração.
Keh: Mas como você sabe que seu coração ainda a ama? — A pergunta pareceu ridícula para mim.
Carla: Ele a amava e perdeu. Por que ainda não a amaria? — Keh estendeu a mão e pegou a minha.
Keh: Docinho, você está falando de Arthur e Ana ou sobre você e Marcelo?
Otavio e Keh conversaram durante todo o jantar. Éramos seis da SportTv em uma reunião de negócios na churrascaria do hotel, embora nós realmente não conversássemos muito sobre negócios.
Eu tentei me divertir, mas um estado taciturno me acompanhou como uma sombra da qual eu não podia fugir.
Xxx: Qual é a sua opinião sobre isso, Carla? — Felipe, chefe da divisão de engenharia da estação, perguntou. E ele estava olhando para mim com expectativa, à espera de uma resposta.
Carla: Hum, me desculpe, você poderia repetir a pergunta? — Seus olhos se estreitaram.
Xxx: Você acha que os fins de campeonatos, a audiência e melhor durante a semana ou aos fins semana?
Carla: Ah. Eu acho que é melhor nos fins de semana. Porem, as pessoas querem algo para assistir durante essa semana, assim a publicidade é primordial. Mas é melhor para os jogadores que ela seja depois.
Felizmente, um dos chefes do departamento, entrou na conversa, então pude ficar de fora. Inclinei minha cabeça para trás enquanto bebi o último gole do meu vinho e olhei através do fundo da taça.
Havia uma agitação perto da frente do restaurante. Meu estômago se apertou ao ver rostos familiares. Rostos familiares de jogadores. O restaurante todo parou para assistir a hostess os acomodar. Seis grandes homens extraordinários vestidos em ternos, um mais alto do que o outro. Dei um enorme suspiro de alívio por não encontrar Arthur entre eles.
Até que vi que o grupo de seis estava sendo sentado em uma mesa para oito, com duas cadeiras vazias. Se eu estava distraída antes, agora era totalmente inútil enquanto olhava para a porta, esperando ver quem iria preencher os lugares vagos.
Keh estava sentada na minha diagonal, e seus olhos viram o meu pânico. Eu soube que isso ia acontecer no momento em que entraram pela porta. Fiquei olhando para o meu celular no meu colo, tentando me manter distraída com qualquer coisa, quando um leve murmúrio começou.
O som cresceu enquanto os homens caminhavam pelo restaurante. Arthur estava com o treinador. Ele não me viu no início, mas eu não conseguia desviar o olhar. Ele parecia triste, cansado e mesmo o seu normalmente arrogante sorriso estava longe de ser encontrado. Isso me feriu e de repente eu estava tão nervosa que poderia ser esmagada por uma onda de emoções, e não seria capaz de me controlar sentada no restaurante.
No meio do caminho para a mesa, ele parou. Vi seus olhos percorrem o lugar, procurando por algo. Desde o dia em que conheci Arthur, eu o sentia antes que pudesse vê-lo.
Parecia impossível, então pensei que era meu coração louco e romântico brincando comigo. Mas, quando seus olhos pousaram nos meus, eu sabia que não era louca. Ele tinha me sentido e me procurou.
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Aulas, Cria!!
FanfictionSinopse: Na primeira vez que encontrei Arthur Picoli ele estava no vestiário masculino. Foi a minha primeira entrevista como jornalista esportiva profissional. O famoso Atacante do Flamengo decidiu me mostrar tudo. E, por tudo, não quero dizer que e...