Arthur: Isso está no caminho. — Ele estendeu a mão, e, com um puxão rápido, arrancou minha calcinha nova.Antes que eu pudesse responder que eu teria tirado, ele caiu de joelhos e enterrou o rosto entre as minhas pernas.
Ah, Deus.
Ele me devorou. Lambendo e chupando, as mãos seguraram meu quadril para me manter no lugar quando eu comecei a me mexer. Eu preciso me mexer. Mas, quanto mais eu resistia, mais forte ele me segurava e mais agressivamente sua língua me atacava.
Era frustrante, e eu precisava girar o quadril para encontrar seu ritmo. Percebendo que eu não ia a qualquer lugar, afundei meus dedos em seus cabelos, tentando ter algum controle. Ele riu quando puxei o cabelo dele para mover sua cabeça ligeiramente para cima, mas entendeu o recado e mudou seu foco para o meu clitóris dolorido.
Alternando entre vibração e sucção, ele me levou ao orgasmo. E eu só estava dentro de seu apartamento há menos de dez minutos. Ele me levou para a cama depois disso, e fizemos sexo.
Bom sexo.
Não. Sexo maravilhoso.
O tipo de sexo em que ele procurava meu rosto enquanto deslizava para fora do meu corpo com suavidade e, em seguida, quando os meus olhos se abriam, os nossos olhares se encontravam e ele sorria para mim. Sem fôlego e lindo.
Depois, ele tirou o cabelo do meu rosto quando deitamos lado a lado e ficamos um de frente para o outro.
Arthur: Obrigado por me dar isso. — Eu sorri.
Carla: Obrigada a você por me dar isso. — Ele riu.
Arthur: Você sabe o que eu quis dizer: por me deixar me perder em você por um tempo. E não reclamar quando eu basicamente te ataquei quando você entrou pela porta.
Reclamar? Ele era louco?
Carla: Eu posso pensar em maneiras piores de ser recebida. — Ele beijou meus lábios suavemente.
Arthur: Hoje vai ser ruim. — Apoiei minha cabeça no cotovelo para ouvir. — Eles estão nos preparando para a ideia de remover todos os tubos e deixá-la morrer pacificamente.
Carla: Eu sinto muito. Essa é uma decisão tão difícil para você tomar.
Arthur: Não sou o único que está tendo a necessidade de tomá-la.
Carla: Eu pensei que você fosse o guardião legal.
Arthur: Sou, mas ela assinou uma procuração de cuidados de saúde anos atrás, antes de começar a mostrar sinais de demência.
Carla: Ah. Quem toma suas decisões de saúde, então?
Arthur: Ana. — Fazia sentido.
Carla: Ela está lidando bem com as coisas?
Arthur: Está chateada, mas está se segurando até agora. Eu não tenho certeza se ela voltaria algum dia se fugisse agora. — Eu balancei a cabeça.
Carla: Há quanto tempo ela está limpa?
Arthur: Ela disse que há onze meses.
Carla: Você acredita nela?
Arthur: Acho que sim. Ela parece mais com a Ana que eu conheci há muito tempo.
Tive uma sensação desconfortável. A Ana que ele conhecia era a Ana por quem ele se apaixonou. Se Marcelo não tivesse morrido e voltasse para a minha vida amanhã, o que eu faria com uma segunda chance?
Ficamos na cama por um pouco mais de tempo e afastei o ciúme imaturo que surgia.
Carla: Conte-me sobre ela.
Arthur: Marlene? Ela é muito resistente e suave ao mesmo tempo. Ela fez coisas boas para as pessoas, mas nunca queria que ninguém soubesse que as fez. Minha mãe costumava dizer que altruísmo era escrito errado, ele deveria ser escrito a.n.ô.n.i.m.o. — Foi assim que Marlene viveu. Quando Ana estava em uma de suas farras, ela costumava frequentar um edifício abandonado. Era um inferno, não tinha aquecimento nem água, e ainda assim um punhado de viciados o chamavam de casa.
— Em um janeiro com neve, e Marlene insistiu em ir comigo procurar Ana. Quando entramos, o lugar estava congelando. A maioria das pessoas pelas quais passamos tinha jornais empilhados em cima delas para se aquecer. Nós levamos Ana para casa, e alguns dias depois eu voltei para tirá-la de lá outra vez. Só que fui sem dizer a Marlene da segunda vez. Quando entrei, todo mundo tinha um casaco: eles estavam todos vestindo casacos de Marlene. Ela tinha voltado no dia seguinte sem me dizer e doou todos os seus casacos.
Carla: Uau. Ela parece uma bela pessoa.
Arthur: Ela é. Isso a matou também, ir a esses lugares. Ela teve que assistir à neta seguir os passos da filha. Estou feliz que ela conseguiu ver Ana sóbria por algumas semanas antes que isto acontecesse.
Carla: Eu também. — Nós conversamos sobre Marlene até que eu estava atrasada para o trabalho. — Eu preciso me lavar e ir para o escritório.
Arthur: Tome um banho comigo.
Carla: Eu já estou atrasada, e você queria chegar ao hospital quando o horário de visita começasse. Tomar banho juntos definitivamente não é uma boa ideia.
Arthur: Você provavelmente está certa.
Carla: Eu só vou prender meu cabelo e tomar uma ducha. Vou usar o banheiro de hóspede. — Arthur fez beicinho.
Arthur: Eu gosto de você com meu perfume.
Tomei um banho rápido e estava prestes a sair quando algo brilhante perto do ralo chamou minha atenção. No início, pensei que era uma moeda, mas, quando me inclinei para pegá-lo, percebi que era um colar preso no ralo.
Eu o desembaracei, e, quando o levantei, um pingente caiu no chão. Um pingente com a forma da letra A.
Eu tinha certeza que não era A de Arthur
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Aulas, Cria!!
FanfictionSinopse: Na primeira vez que encontrei Arthur Picoli ele estava no vestiário masculino. Foi a minha primeira entrevista como jornalista esportiva profissional. O famoso Atacante do Flamengo decidiu me mostrar tudo. E, por tudo, não quero dizer que e...