Carla: Parece que você trabalha rápido. — Ele me guiou pelo corredor em direção ao restaurante e se inclinou para mim enquanto falava. Sua voz era rouca.Arthur: Na verdade, eu gosto de ter esse tempo para mim. — O timbre de sua voz fez meus dedos se encolherem dentro dos sapatos.
Uma parte de mim de repente desejou que eu não estivesse vestida como uma professora de sessenta anos. Nós sentamos à nossa mesa no belo restaurante, e uma garçonete veio pegar nosso pedido de bebidas. Ela bateu os longos cílios para Arthur e me deu uma rápida olhada, sem dúvida com inveja da minha roupa.
Xxx: O que posso fazer por você esta noite, Sr. Picoli? — Sério? Que nojo.
Arthur: Oi, Mari. — Ele olhou para mim. — Você gosta de vinho tinto?
Carla: Considero que é um dos cinco principais grupos de alimentos.
Ele pediu uma garrafa de um vinho que eu nunca tinha ouvido falar. A garçonete foi pela lateral da mesa, serviu uma taça e deixou a garrafa no balde ao lado da mesa.
Carla: Você não vai beber nada? — Minha pergunta foi dirigida a Arthur, mas, antes que ele respondesse, Mari se intrometeu.
Mari: Ele só bebe nas noites de terça-feira. — Ela ergueu o queixo, orgulhosa de si mesma por saber a resposta.
Arthur: Treino — Arthur explicou.
Nós relaxamos em uma conversa fácil, o nosso fluxo natural levando a esportes. Discutindo sobre os grandes nomes de todos os tempos, experimentamos o jantar um do outro, sem pararmos nossas brincadeiras. O tema da conversa, eventualmente, mudou para o novo grande receptor de Arthur.
Arthur: Ele faz o passe, eu faço o gol. Nós não precisamos ser amigos.
Carla: Vocês precisam ter confiança um no outro. Meu pai sempre disse que seu passe era como sua esposa, ele precisava de um parceiro em quem pudesse confiar para tomar as decisões certas.
Arthur: Eu tenho que confiar em suas habilidades, não em sua moralidade.
Carla: Então é essa a questão? Sua moral? — Arthur se recostou na cadeira e cruzou os braços.
Arthur: É uma entrevista? Esta merda vai estar amanhã no ar?
Carla: Não. Desculpe. Foi força do hábito. Eu cresci discutindo sobre futebol. Eu, na verdade, só sei fazer isso, se for sincera.
Arthur: Acho que eu também. O que mais você gosta de fazer?
Carla: Não tenho muito tempo livre hoje em dia. Entre as viagens e todas as pesquisas e estatísticas das quais tenho que me manter informada, não há muito tempo para nada, apenas trabalhar e dormir ultimamente. Eu não tiro uma folga há dois meses.
Arthur: O que você faria se estivesse livre por um dia?
Carla: Humm. Eu amo museus e passeios de bicicleta. Mas, se tivesse um dia inteiro de folga, eu provavelmente iria gastar na cama, assistindo filmes.
Arthur: Que tipo de filmes?
Carla: Filmes de ação, terror de segunda categoria. Quanto mais escrachado, melhor.
Arthur: Sério?
Carla: Sério. — Eu toquei meu copo de vinho antes de levá-lo aos lábios. — E você? O que você faria num dia sem treino ou jogos?
Eu sabia, por crescer com um pai jogador, que um dia como esse era uma raridade durante a temporada de futebol. Mesmo em "recuperação", dias depois de um jogo, os jogadores tinham filmes para assistir sobre o último jogo para se preparar para o próximo.
Arthur: Eu passaria na cama também.
Carla: O que assistiria?
Arthur: Seu rosto enquanto eu afundo dentro de você.
Eu estava no meio de um longo gole do vinho e engasguei. Pelo menos isso e a crise de tosse me deram uma desculpa para o meu rosto ficar tão vermelho quanto uma beterraba.
Arthur: Você está bem? — Levei um minuto, e minha voz estava um pouco rouca quando respondi, mas finalmente recuperei a compostura.
Carla: Por que você diz coisas assim? — Ele deu de ombros.
Arthur: Porque é verdade. Se eu pudesse fazer qualquer coisa que quisesse em um dia de folga, eu faria... com você.
Carla: Você tem uma boca suja.
Arthur: Esta boca suja quer fazer coisas sujas com você.
Eu me sentia no topo de uma montanha-russa prestes a descer uma colina íngreme... só que esse sentimento ansioso e animado não estava no meu estômago, mas na minha calcinha.
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Aulas, Cria!!
FanficSinopse: Na primeira vez que encontrei Arthur Picoli ele estava no vestiário masculino. Foi a minha primeira entrevista como jornalista esportiva profissional. O famoso Atacante do Flamengo decidiu me mostrar tudo. E, por tudo, não quero dizer que e...