Capítulo 6 :

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Carla: Claro. Eu adoraria.

Na pista de dança, ele me conduziu numa dança lenta; tinha uma mão firme e definitivamente sabia como conduzir. E era muito agradável para os olhos também.  Bem preparado, inteligente e bonito — minha noite poderia ser pior.

Otavio: Eu gosto do seu cabelo preso. — Gentil também.

Carla: Obrigada. Você não fuma, não é? Porque eu tenho certeza de que, se eu chegar perto de um cigarro, posso pegar fogo com a quantidade de spray que o cabeleireiro teve que colocar para deixá-lo assim. — Ele sorriu.

Otavio: Não se preocupe. Sem cigarros para mim.

Por que não é este o tipo de cara com quem eu namoro?

Carla: Você tem entrevistas planejadas nesta temporada? Eu adoraria te observar e aprender mais. Suas entrevistas sempre parecem uma conversa casual na sala de estar, em vez de em um estúdio cheio de câmeras.

Otavio: Obrigado. Na verdade, não tenho nenhuma agendada até agora, mas você acabou de me dar uma razão para mudar isso.

Uma nova música tinha começado, e eu estava gostando da sua companhia quando uma voz atrás de mim disse:

Xxx: Posso interromper?

Minha cabeça virou, mesmo que eu não tivesse dúvida de a quem a voz grave pertencia.

Otavio: Eu odeio compartilhar, mas acho que monopolizei a mulher mais bonita do evento. — Ele soltou minha mão e deu um passo para trás com um aceno cortês. — Obrigado pela dança, Carla.

Novamente, Arthur Picoli me pegou desprevenida. Antes que eu percebesse, estava dançando com o arrogante idiota. Ele passou os braços em volta de mim e puxou meu corpo, apertando-o contra o seu, com mais força do que Otavio tinha me segurado.

Arthur: É bom ver você de novo, Carla Diaz. —O homem tinha coragem, não posso negar.

Carla: É bom ver você com roupas, Arthur Picoli. — Eu o olhei diretamente nos olhos.

Arthur: Você prefere sem?

Carla: Eu prefiro você do outro lado da sala. — Ele deu uma gargalhada.

Arthur: Isso é o que acontece quando você decide que quer ir ao vestiário dos homens. — Tentei me afastar, mas ele apertou sua mão e me segurou no lugar. Estiquei o pescoço.

Carla: Me deixe ir.

Arthur: Não.

Carla: Não?

Arthur: Isso. Não.

Carla: Eu posso gritar com toda a minha força.

Arthur: Eu gostaria de te ouvir gritar. — Seu tom deixou claro que significava que ele queria me fazer gritar enquanto eu estivesse debaixo dele.

Carla: Você é um babaca, sabia?

Arthur: Eu sei. Você me perguntou isso ontem. Para uma repórter, você deveria realmente tentar mudar as suas perguntas com mais frequência.

Meus olhos se arregalaram. Arthur desceu a mão para baixo na parte inferior das minhas costas antes de nos girar ao nosso redor na pista de dança.

O idiota sabe dançar.

Arthur: Você está saindo com alguém?

Carla: Você não pode estar falando sério. — Ele ignorou o meu comentário.

Arthur: Gostaria de jantar hoje à noite?

Carla: Nós acabamos de comer.

Arthur: Sobremesa, na minha casa, então? — Eu não pude deixar de rir.

Carla: Você bateu a cabeça no jogo de ontem?

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